Indo para o aeroporto de Baltra, olha o que vemos! |
Não me canso das iguanas. |
Indo embora de Galápagos, me vem à mente a analogia
óbvia. Uma ilha linda, abençoada por Deus, com uma natureza exuberante, com uma
vida selvagem que luta por seu direito ao seu espaço e à sua sobrevivência. Linda
e com sérios problemas ambientais, fruto do crescimento do turismo e do desejo
de acúmulo por parte dos ilhéus. Fruto também de hábitos mais ou menos antigos,
mas de qualquer forma pouco amigáveis com a natureza.
Para cumprir com suas
obrigações ambientais, os ilhéus têm sido constrangidos por legislações
restritivas. Ter um carro exige um calvário de justificativas (sim, não se pode
simplesmente comprar um carro), e a bicicleta se torna uma necessidade.
Construir, só com certos requisitos. A agricultura deve incorporar práticas de
proteção ambiental. Os de fora da ilha não podem simplesmente se mudar para cá. Todas estas e muitas outras regulações causam
desconforto, soam como afronta à liberdade.
Bela Ilha. Planeta Azul. |
A óbvia analogia é com a Terra. O que escrevi
acima se aplica ao nosso planeta/ilha. Se as legislações ambientais nos
constrangem é porque a realidade da "ilha" assim exige. Insistirmos
em nosso direito de fazer o que sempre fizemos é fruto da nossa resistência em
perder conforto individual em favor das necessidades coletivas e da nossa
dificuldade em trocar o passado pelo futuro. Infantilidade nossa, o futuro
sempre chega.
Foi muito bom ter estado aqui em Galápagos, ainda
que por breves dias. Reforçou minha percepção que somos todos ilhéus.
Fui, este ano não conto mais. Veremos o que 2016 nos reserva.
Fui, este ano não conto mais. Veremos o que 2016 nos reserva.
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