Pesquisar este blog

terça-feira, 31 de maio de 2011

TORONTO - segunda, 30 de maio/2011

          Mais uma dezena de pessoas atracaram no porto hoje. Assim, como tem as despedidas, existem as chegadas. Hoje, segunda, vários chegaram à escola. Gente de diferentes partes, jovens, buscando melhorar seu inglês, conhecerem pessoas e lugares, passarem momentos agradáveis. Não necessariamente nesta ordem. Divertido, faz da segunda, normalmente enfadonha, um dia agitado, movido pela curiosidade tanto dos que chegam quanto dos que estão.
           Depois das minhas quase seis horas de aula, rodeado de japoneses e coreanos, aceitei um convite de alguns colegas para ir à praia, que fica no lado leste da cidade. Praia de lago, o Lago Ontário. Para vocês terem uma ideia, o Lago Ontário é 50 vezes maior do que a Baía de Guanabara. Tem mais de 18 mil km². Ou seja, muito grande. Se eu atravessasse do ponto no qual eu estava hoje, chegaria perto de Nova York. Demoraria um pouco, mas chegaria.
         O ponto da praia em que fui hoje era na altura da Woodbine St., tem  uma bela faixa de areia, não muito clara e uma água limpa e fria. Depois dizem que carioca não trabalha, mas hoje, segunda-feira, em uma praia apenas razoável, água fria, com um tempo no máximo mais ou menos, vento e a praia bem cheinha. Não lotada, mas dada às condições, até que tinha bastante gente.
          Acho que não dou bola fora se digo que para os Brasileiros em geral, e ainda mais para quem nasceu em Niterói e vive em Torres, ir à praia no Canadá não é o programa mais indicado. Fiquei apenas uma hora e voltei sozinho para casa. A galera que foi comigo ficou por lá. Eram uma coreana e um coreano, duas brasileiras, um mexicano, um suíço, uma espanhola e um espanhol. Eclético né?
         De noite, resolvi “cozinhar” em casa. Tomei uma moosehead - cerveja canadense - e comi uma comida indiana pré-preparada que comprei no mercado de produtos orgânicos. À base de queijo e vegetais, estava sensacional! De entrada um queijo cheddar canadense com pão integral, de sobremesa uma torta de mousse de chocolate com cranberries que comprei em uma cafeteria da Church St. É o mínimo que eu mereço pelo meu esforço e dedicação aos estudos, não?
        Tem anoitecido cada dia mais tarde, visivelmente, e a temperatura tem subido. Aumentaram minhas esperanças de ver algo de verão por aqui.
        Fui, amanhã aula de inglês até as três da tarde, depois tenho que ir à feira de produtores orgânicos da Carbbagetown. 

segunda-feira, 30 de maio de 2011

TORONTO - domingo, 28 de maio de 2011

Elgin Theatre
        Hoje, domingo, completei uma semana por aqui. E, possivelmente em homenagem a isto, foi dia de doors open Toronto. Inúmeros lugares da cidade abrem suas portas para o público gratuitamente. Dezenas de outras cidades do país fazem o mesmo em diferentes finais de semana ao longo do ano, mesmo que eu não esteja nelas. É muito legal ver as pessoas, famílias e grupos andando pela cidade, entrando e saindo de diferentes lugares, às vezes até formando filas naqueles mais concorridos.
Na real não é por minha causa. Era brincadeira. A iniciativa parte da percepção que as pessoas têm direto a conhecer determinados lugares, mesmo não tendo dinheiro para pagar por isto, não fazendo parte de determinada congregação ou não trabalhando neste local. Museus, prédios públicos, Igrejas, empresas privadas, teatros e outros. Eu fui a vários lugares, caminhei das nove da manhã até quatro e meia da tarde, tendo parado apenas para um rápido café e quando era o caso para ouvir as explicações sobre os locais. Não vou descrever todos, apenas mencionar o que mais gostei, o Teatro Elgin & Winter Garden, que fica na Young St. É o único Teatro em operação no mundo que possui dois palcos, que operam de forma separada e simultaneamente. Muito, muito legal. O Winter Garden, que fica no andar superior, possui uma decoração que te faz sentir em um jardim, muito original, nunca havia visto nada parecido. Dos outros lugares que fui vou postar apenas fotos, possivelmente amanhã, já que todos os três que estavam comigo tinham máquina fotográfica.
Winter Garden Theatre
Estes três com quem fiz o passeio são Brasileiros, o que não ajuda nada ao meu projeto de estudar Inglês. Domingo, sempre rola uma relaxada. Não deveria, mas rolou. Por isto que agora já estou aqui, estudando um pouco e tentando recuperar o prejuízo. Enquanto estudo tem um chocolate olhando para mim. Comprei hoje em uma loja de chocolates artesanais no distillery district. Ele é feito de chocolate amargo, cereja nativa, cranberries e barberies (duas outras frutas tipo berries) e polvilhado com Sumac, um tempero ligeiramente ácido. Seu poder de sedução me convenceu. Vou ver um filme, bem acompanhado, e depois dormir. Amanhã tem aula.

Winter Garden Theatre


Winter Garden Theatre

Winter Garden Theatre

domingo, 29 de maio de 2011

TORONTO - sábado, 28 de maio de 2011

Feira de agricultores do St Lawrence 
Hoje é sábado-feira. É o dia que rola mais feira, mas tiraram a feira do sábado... enfim, acordei cedo e fui para a feira! Sábado de manhã é dia de feira do Produtor no St. Lawrence Market, aquele que comentei outro dia que tem bancas de comidas as mais diversas, e gostosas, de diferentes lugares do mundo. Na verdade a feira do produtor é em um espaço específico, em frente ao St. Lawrence. Pois bem, sete e meia da manhã já estava lá. Aproveitei para aprender nomes de algumas plantas em inglês.

pimentões coloridos
Depois de ver a feira fui tomar café da manhã no St. Lawrence Market. Eu e todo mundo. Estava bem cheio, parece que é programa do sábado de manhã para muita gente por aqui. Eu fui pelo simples, um expresso e um croissant de chocolate. Bem honesto. O mercado estava fervilhando e havia ainda mais coisas interessantes do que nos dias da semana que eu fui, como, por exemplo, salmão orgânico do pacífico e salmão orgânico do Atlântico. Que onda né? Legal as pessoas perceberem a diferença entre um e outro. E vi também uma banca, grande, só de mostarda, dezenas de sabores. Comprei a mais forte, quando eu abrir conto se é boa ou não.
De lá fui a um shopping fazer o que todo Brasileiro faz quando viaja, principalmente para América do Norte: compras. Realmente o preço das roupas aqui dá uma raiva...
De tardinha, que nesta época aqui dura umas 4 horas, até quase nove, quando escurece, fui ao Queen`s Park, uma área verde muito legal, grande, que circunda o Parlamento de Toronto. Tem este nome em homenagem à Rainha. Acho isto muito doido, mas o Chefe de Estado aqui é a Rainha da Inglaterra. Sim, o Canadá é uma Monarquia, e a Rainha é Elizabeth II. Até menos de 30 anos atrás uma mudança no que era então a constituição Canadense deveria ser aprovada pelo Parlamento Inglês!
minha loja de orgânicos por aqui!
Do Queen`s Park fui à Little Italy. Um dos bairros mais conhecidos aqui, onde se concentram Cafés e Restaurantes Italianos. Estava alegre e cheio de gente. Tomei um sorvete sensacional, inclonável, na Sorveteria Siciliana. Na Itália, a Sicília, é conhecida como a Região com o melhor sorvete. Ao menos isto é o que afirmam os Sicilianos. Na volta, passei pela Rua Kensigton, na lojinha de produtos orgânicos que havia ido segunda passada. Fiz umas comprinhas básicas. Yougurte de blueberry nativo, suco de maça e chocolate 75% cacau. No caminho de retorno pude ver que a Rainbow Village (vila do arco-íris) estava efervescente. Parece que a noite promete! Legal estar perto deste point, estou com a auto-estima lá encima.
Agora estou em casa. Vou dormir. Amanhã não vou acordar tão cedo, mas quero aproveitar o doors open Toronto. Uma vez por ano mais de 150 lugares da cidade abrem suas portas à visitação. Museus, hotéis de luxo, estação de tratamento de água, estúdio de televisão, prefeitura, etc. E é durante este fim de semana, tenho que ver algumas coisas, mas  ainda não sei quais.
 Falei pouco Inglês hoje, e isto não me ajuda nada nada!

sábado, 28 de maio de 2011

TORONTO - sexta, 27 de maio/2011

Despedidas em uma sexta-feira
 "Tantas idas e vindas meu Deus, tantas voltas... viajar é preciso, é preciso...”. Este é um som de Renato Teixeira. “E assim, chegar e partir são só dois lados da mesma viagem. O trem que chega é o mesmo trem da partida”. Este é de Milton Nascimento. Hoje é sexta-feira.  Todo mundo gosta de sexta feira. Querem ouvir um som legal sobre sexta-feira? Procurem The Cure, “Friday, I’m in Love”. Dia de relaxar, esperar o fim de semana, de renovar expectativas...
 Enfim, hoje é sexta-feira... sempre cai bem, né? Mas em uma escola de línguas a sexta tem um tom de despedida. As pessoas vêm estudar e se programam para ficarem umas semanas, alguns meses estudando... e tudo termina em uma sexta-feira. E toda sexta-feira é o dia de um término para alguns. Este era o clima hoje na escola. Fotos, entrega de diplomas, trocas de email e promessas de amizades eternas. Não sejamos restritos em nosso conceito de eterno. Que seja eterno enquanto dure, disse o poeta. Que seja eterno enquanto dure, repetiu o compositor sertanejo.
 Sexta-feira é show, por definição. Mas a sexta-feira de hoje teve um tom melancólico.
 Depois das minhas seis horas de aula, e sem aceitar o convite para nenhum dos almoços, karaokês (os orientais adoram karaokês) ou jantares de despedida, fui caminhar um pouco. Não muito, o tempo não estava bom, chovia fino, mas sem parar. Perto da escola, sentei para tomar uma cerveja, onde já estavam alguns alunos, na Church St., entre a Wellesley e Carlton St. Eu havia visto que as placas indicativas das ruas estavam decoradas com as cores do arco-íris. Mas só depois de sentar no pub e receber os olhares de alguns homens reparei que estava em um bairro “amigável” com os gays. Não é a primeira vez que acontece isto comigo. Sento em um bar que acho legal e quando vejo estou em um bar ou um local gay. Normalmente são bem decorados, boa comida e são divertidos, bom astral. Sei que não sou gay. Acho também que não sou lésbica. Devo ser simpatizante então. Tudo bem. Doesn’t matter.
 Sábado e domingo. Eu poderia ter optado por ir à Montreal, Quebec e Otawa. Ou talvez visitar Niagara Falls. Ou mesmo New YorK, que é mais ou menos perto. Mas achei melhor ficar por Toronto. A esta altura do campeonato, tendo visitado mais de 30 países e conhecendo apenas alguns deles, dou mais valor a conhecer melhor um lugar do que flotar por diferentes lugares.
 Amanhã quero acordar cedo e ver a feira dos produtores do St Lawrence Market. Depois pretendo fazer compras, algumas roupas e uma câmera fotográfica, e ainda visitar a Little Italy
 Não tenho homework este fim-de-semana, mas pretendo estudar. O bom é que no meu caso estudar pode ser ouvir música, ir ao cinema ou conversar com um estranho na rua. Desde que seja em inglês.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

TORONTO - quinta, 26 de maio de 2011

No estádio de Beisebol. Estádio lindo, jogo chato demais...
        Neste meu quinto dia de estudante amanheceu chovendo. Como me recuso a ter um guarda-chuva, adereço quase obrigatório na primavera de Toronto, me molhei só em atravessar a avenida para chegar à escola. Acho que era um prenúncio do que estava por vir...
É que logo depois, no intervalo da aula, alguns brasileiros que também estudam por aqui me chamaram para ir a uma festa brasileira, de noite: “vai ser muito legal, só tem brasileiro lá, toca pagode, axé e até sertanejo. E, às dez da noite, servem uma feijoada. Sério?, perguntei”. Sério! Vocês podem acreditar nisto? Bom, falei vamos sim, que legal! Cool!
Daqui a pouco eu vou...
          Bom, para vocês terem uma ideia da minha animação com esta festa resolvi ir assistir a um jogo de Beisebol. Beisebol é chato demais! Para quem não está familiarizado com o esporte é uma espécie de taco, destes que jogamos na rua, aí no Brasil, só que um pouco mais sofisticado. Não as regras, que são até simples, mas o entorno. O campo é grande, gramado impecável. O Estádio, impressionante, nunca tinha visto nada igual. Bonito, grande, cobertura móvel, lojas, lanchonetes, banheiros limpíssimos. Chama-se Roger Centre. Mas é ainda chamado por aqui de SkyDome. Rogers é uma das maiores empresas do Canadá, atua no setor de telecomunicações e assumiu o controle do Estádio em 2005, segundo eles próprios afirmam no site deles, em um gesto quase benevolente... sacaram? Roger Centre, da Rogers... é como chamar o Maracanã de TIM Center...
         O jogo durou 3 horas, e o time da casa, os Blues Jays, perderam. Chato demais, mas não me arrependo. Valeu para conhecer o Estádio. E a opção era um composto de axé, pagode, sertanejo e feijoada!
        Com isto, de ir para o jogo, acabei não caminhando hoje, mas fui às minhas seis horas de aula de inglês. Estava legal. Não comentei antes, mas tenho dois professores e uma professora. Um é Indiano, o outro Canadense e ela é de origem Asiática. Isto é Toronto.
          Ah, deixa eu contar. Almocei em um restaurante, simples, especializado em comida do oriente médio. Bom e barato. Gostei. Fica na Wellesley St, quase esquina com a Jarvis St. Muito legal esta opção de cada dia poder escolher um restaurante de um lugar diferente do mundo, todos próximos de onde você está e com preços acessíveis.
            Amanhã tenho prova... vou estudar!


quarta-feira, 25 de maio de 2011

TORONTO - Quarta, 25 de maio de 2011


 Resumindo o dia de hoje, o quarto por aqui: estudei e caminhei. Mais caminhei do que estudei. Mas antes de entrar em detalhes, um comentário: estudar é muito show! Sentar em uma cadeira escolar, ouvir o professor, aprender, rir um pouco com os comentários mais ou menos engraçados do professor ou dos outros alunos. Voltar para casa no fim do dia preocupado com o homework ou com a próxima prova... pouco bom...!!!
 De manhã nossa aula foi fora, no bairro. Com uma lista de tarefas na mão, tipo qual preço da gasolina no posto tal, qual oferta do dia no restaurante da esquina desta com aquela rua, qual será o dia que o cinema funcionará por 24 horas, qual preço do chá médio em uma determinada lanchonete. E ganhava bônus a equipe que conseguisse mais guardanapos de uma lista de lanchonetes que nos foi dada. E assim fuimos, um grupo de jovens, mi incluído, pela rua, nesta espécie de caça ao tesouro. E se foram três horas da minha vida... não foram as melhores, mas estava divertido!
 De tarde, depois das três, fui tentar achar uma feira que me indicaram. Não achei, mas achei um parque bem legal, separado pelo Rio Don, o Riverdale Park. No seu lado leste tem uma imitação de uma fazenda do século XIX, interessante. Um paraíso para as famílias com crianças. Grande, são 3 hectares no meio da cidade. Todas as terças rola uma feira orgânica, quem sabe volto lá na próxima semana.  O bairro onde está a fazenda se chama Cabbagetown, e é lindo. Faz a gente se sentir nestes filmes americanos de cidades pequenas, de 150 anos atrás.
 Depois, voltei para o St. Lawrence Market, o mesmo de ontem. Fui comer frutas. Chique, né? Hoje escolhi cerejas orgânicas. Deliciosas. Caras, mas deliciosas. Trouxe um pouco para casa, vai ser meu breakfast amanhã. Não fiquei muito lá, o tempo aqui virou, estava começando a chover, preferi voltar cedo. Na volta comi comida Japonesa, de novo, só que desta vez pedi certo... correta, o melhor dos três restaurantes de comida japonesa que comi até agora.
 São quase nove e chove muito lá fora. Nem ligo. Tenho iogurte, granola, chocolate, água e internet. Kit sobrevivência completo!
 Notaram algumas expressões em inglês e alguns erros gramaticais? Desculpem, já estou esquecendo o português... vou nessa, estou preocupado porque tenho que fazer meu homework, se não perco pontos na avaliação de amanhã! E vou dormir cedo, amanhã tem aula!

terça-feira, 24 de maio de 2011

TORONTO - terça, 24 de maio/2011

St. Lawrence Market

  E aqui vai meu terceiro dia em Toronto. Movimentado. Comecei indo a aula de inglês, não sem antes passar por um teste que avaliou meus desconhecimentos. Acho que eles não entenderam nada do meu teste, pois me colocaram para fazer três aulas de básico, uma de avançado e uma de gírias e expressões. Pelo menos não sou só eu que não sei se sei ou não sei inglês...
   Claro, sou o velho da turma... a maioria orientais, japoneses e coreanos, jovens, passando uma temporada de alguns meses, um ou dois anos por aqui. Alguns também do Oriente Médio, uns poucos latinos ou europeus. Não sou o único, mas somos poucos os que estão aqui por 3, 4 semanas, misturando férias e aulas de inglês.
   Depois saí para caminhar. O clima agradável, as ruas planas e o desejo de me exercitar um pouco me estimulam a fazer a pé o que normalmente se faria de metrô ou ônibus por aqui. Veremos se mantenho o pique nas três semanas.
     Agora estou nas imediações do St. Lawrence Market. SENSACIONAL. Um mercado, não muito grande, com comidinhas de diferentes lugares do mundo. Kefir de pêssego, feito aqui, mel da Nova Zelândia, pastel de santa clara, queijos franceses e quitutes ucranianos são alguns exemplos. Eu comi apenas uvas, tipo itália, orgânicas, docinhas, deliciosas! Já almocei um sanduíche árabe hoje, não quis me exceder muito. Sai do mercado e peguei o rumo de casa, pelo caminho mais longo, claro. Dei de cara com a CN Tower. Parei neste café que estou justamente porque daqui posso vê-la. Legal. Ate 2007 era o prédio mais alto do mundo, depois foi superado por um construído em Dubai, o que soa como óbvio. Ainda não subi lá, qualquer dia vou. É considerado um passeio obrigatório por aqui. Mas meu prazer é caminhar e descobrir lugares legais e menos badalados. Quando surge a vontade, se surge, vou nestes pontos chamados de obrigatórios.
    Vou continuar meu role. São cinco e pouco por aqui, e tem sol até depois das oito. Quero passar este agradável fim de dia caminhando, e pensando, e seguindo a canção...
   Agora, hora de dormir. Na minha caminhada de volta, uma cena mística: entrei em uma loja da Victoria’s Secret. Um visual meio de uma boite futurista, jogo de luzes, quase tudo em tons de rosa. Entrei e tive a impressão que em algum momento ia dar de cara com Jane Fonda vestida de Barbarella (sim, eu vi este filme, confesso). Fiquei rindo, enquanto a jovem atendente me perguntava “may I help you?”. "Não minha filha, você não pode me ajudar, o mundo está acabando, você não está vendo, e vai começar por esta loja". Pensei, mas não falei...
    Sim, lembram das uvas orgânicas porque não podia me exceder muito? Pois terminou em pizza. Dois pedaços, grandes, de pepperoni, com coca-cola!!! Sou adicto da incoerência...
 Depois continuei meu retorno ao quartinho... pela Younge St., uma espécie de quinta avenida daqui. Caminhando entre gentes agitadas, com compras, celulares e sorvetes na mão. Assim caminha a humanidade.

TORONTO - segunda, 23 de maio/2011



Meu segundo dia em Toronto. Resolvi caminhar de novo. Com ajuda do Google map - como fazíamos antes dele mesmo? Já esqueci... - resolvi ir ate o mercado da Rua Kensigton e o Bairro Chinês. Agora estou em um café na Rua Kensigton, depois de passar por Chinatown. Definitivamente o mundo será dos chineses. Há poucos dias, estava em Cuenca, interior do Equador e vi algumas lojas de produtos chineses, depois fui a Areia Branca, pequena cidade do interior do RN e adivinha? Loja de produtos Chineses. 
Eu sei que todos sabemos disto, mas ver assim, em quinze dias, em lugares tão diferentes me faz realizar mais claramente: o mundo será deles. Quando um estado, com o tamanho do chinês, com a organização, planejamento e paciência cultural que os caracteriza, participa do jogo do mercado livre, não tem como segurar... Esta é para mim e a grande sacada deles, eles não interveem no mercado, eles participam. O lojista chinês de Cuenca não chegou lá à toa. Foi beneficiado por uma política do governo chinês, de incentivo a este tipo de atividade. Subsídios, facilidade de importação, sabe-se lá mais o que. Se uma fabrica de carros chineses se instala no Brasil, com uma considerável rede de concessionárias, preços competitivos, etc., esta não é apenas uma ação da iniciativa privada, mas parte de uma decisão de estado. E que Estado! Minha frase de suposto efeito neste caso é: quando vier o imperialismo chinês, teremos saudade do Bush...
Voltando a Toronto, depois do bairro chinês vim aqui procurar o tal mercado da Kensigton. Ainda não achei, pois parei aqui em um café, precisava de um double expresso. A origem era colombiana e estava bom. Não excelente, mas bom. Enquanto escrevo aqui no café desfilam chineses pela calçada, entremeados com negros, indianos, brancos, e o que mais existir. Sim, definitivamente a mescla aqui é grande, Toronto de fato tem muitas caras. Vou procurar o tal mercado. Ah, sim, antes que me esqueça, acabei de achar uma loja de produtos orgânicos, bem legal. Comprei chocolates, claro, cookies, de chocolate, claro, suco e um macarrão instantâneo, para momentos de emergência no quarto...
Agora já estou no quarto, são quase dez da noite. Vou dormir. Caminhei muito hoje. Quando acima disse que não estava ainda no mercado, é porque eu não sabia o que estava procurando... na real não é um mercado é a tal rua Kensigton e seus arredores cheia de lojinhas, chiques e/ou alternativas, indianas, tibetanas, brechós. Vários restaurantes e cafés que servem desde um expresso até uma pupusa, de comida tibetana a tamales, de shushis a tacos!
Depois segui de volta para a Rua Yonge, aquela movimentada que comentei ontem, errei o caminho, o que me fez caminhar ainda mais, mas descobri lugares bem interessantes. E ainda passei em uma loja GAP e comprei uma roupinha básica, já que trouxe pouca coisa na mala.
Ah, e não era macarrão instantâneo, era arroz indiano...
Fui, amanhã tem aula.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

TORONTO - domingo, 22 de maio/2011

Distillery District
     Cheguei e, claro, um primeiro momento de atolação. Não matei onde estava a chave do meu quarto, apesar do email bem explicadinho que recebi. É que é um hostel, não tem recepcionista, estas bobagens... recebi o email explicando um local onde deveria pegar a chave, do prédio e do quarto. Mas fiquei uma hora em frente ao prédio, de seis às sete da manhã, pensando no que fazer, já que não achava a chave, que estava há dois metros de mim... bem, enfim, achei, depois de ligar para um telefone de emergência e intuir o que me disseram, e entrei no quarto... não digo nada, apenas celebro os bons hotéis que existem no mundo!
     Sem nada para fazer no quarto, sai para caminhar. Segundo momento de atolação. Peguei o caminho errado... caminhei um monte e cheguei em uma feira, bem legal. Primeira coisa que vi: uma banca de produtos orgânicos! Eu mereço!
     Na real esta feira é famosa por aqui, no Distillery District. Muito simpática, tanto as bancas quanto o astral e as lojas, que vendem principalmente móveis, objetos de decoração, artesanatos. Bem legal. Tomei uma limonada com uma pie de limão, sensacionais. Não me perguntem por que esta combinação, acho que pensei em algo no estilo tom sobre tom...
Euzinho, no Distillery District
  Depois deste breve repasto resolvi seguir minha peregrinação. Terceira atolação do dia: peguei de novo um caminho errado, caminhei  muito, sem saber onde estava indo. Sem um bom mapa, domingo, chovendo, com meu parco inglês... para encurtar a história, cheguei no quarto morto, às cinco da tarde, sem almoçar, com as coxinhas assadas e com uma baita sensação de looser
  Mas, como para bom perdedor, três atolações em um dia não bastam, regressei ao campo de batalha: fui caminhar mais. Desta vez, esperto, fui para o lado oposto do que eu havia ido pela manhã. E? Em duas quadras achei a tal da Av. Yonge, que é a mais agitada da cidade. Compras, gente na rua (o que aqui não tem muito – gente), bares, restaurantes. Show! Senti que o jogo estava mudando. Comprei uma toalha, de algodão egípcio, porque eu mereço, e um bom travesseiro, porque o do quarto é terrível. Resolvi almoçar. Escolhi um simpático restaurante Japonês. Pedi Sashimi. E... adivinhem? Na real eu gosto é de Sushi! Errei o pedido! Gol do adversário...Passei em um mercado, comprei chocolate, orgânico claro, e aqui estou, pronto para dormir.
   Deu de hoje, amanhã tem mais.