Pesquisar este blog

sábado, 28 de janeiro de 2023

Puerto Varas, Santiago e Mendoza, 26, 27 e 28 de janeiro de 2023

 

Em um dos miradores que permite ver o Aconcágua


Hoje, sábado, dia 28 de janeiro, foi um dia daqueles que ficarão gravados na memória. Eu já havia ouvido muitas vezes sobre a beleza da estrada que liga Santiago do Chile a Mendoza, Argentina. Mas, ainda que eu tivesse preparado para algo muito bonito, fui pego de surpresa. Ela é mais que isso. E me fez pensar na beleza.

Desci do carro na "Los Caracoles" para
tirar esta foto!
É que passar em estradas que se aventuram entre a Cordilheira dos Andes é uma experiência realmente única. Eu já havia feito isso em outros momentos, pelo Peru ou pelo Equador, mas se tem algo que não me cansa é a beleza imponente dessas majestosas montanhas.

Não deve ser por outra razão que são cultuadas como Deuses por todas os povos originários desta região. Velam por todo ser que habita suas paragens. E eu acho mesmo que é assim, o que está sob sua vista são por essas montanhas cuidados.

A estrada ora opta por costear as montanhas, o que tem algo de assustador, porque nos sentimos entre uma parede de pedra, enorme, e um penhasco nada convidativo, e ora decide passar por entre as enormes formações rochosas. Um dos trechos que bordeia as montanhas, bastante conhecido, chamado de Los Caracoles, no final do lado chileno, na subida, com um sem-número de curvas em forma de ferradura, ou cotovelo, é realmente de tirar o fôlego.

Outro trecho na "Los Caracoles"

Assim que chegamos no lado argentino paramos no Parque Provincial do Aconcágua, essa que é conhecida como a mais alta montanha do continente, a partir do nível do mar. Paramos e andamos pela trilha proposta, mas fomos por apenas uma hora de ida, outra de volta. Não fizemos o que acho que dele valer muito a pena, que é a caminhada de um dia, montanhas adentro, buscando os ângulos mais precisos para melhor admirar o literalmente divino Aconcágua!

Muitos tuneis, alguns feitos
apenas para evitar as 
pedras que caem. 
Depois do parque, passamos pela aduana argentina e começamos a descer o morro.

Chegamos a mais de três mil metros de altitude e, na descida, um momento tenso... começou a cair uma forte chuva e muitas das altas montanhas são instáveis, enormes paredes de pedregulhos soltos, e as placas na estrada avisam permanentemente do risco de “derrumbes”. Vi uma pedra no meio do asfalto e senti o potencial de muitas mais caírem. A chuva intensa provocou alguns “rios” sobre a estrada, exigindo que baixássemos bem a velocidade. Enfim, foi, como disse, tenso, mas relativamente rápido, logo parou a chuva. Mas os batimentos cardíacos... esses seguiram acelerados por um tempo...

Banca do mercado de peixes em Puerto Montt
Nem contei de ontem e anteontem. Vou falar rápido, só para registrar. Quinta-feira passamos entre Puerto Varas e Puerto Montt, onde fomos comer no Kiel, restaurante à beira do pacífico. Muito bom, lindo lugar. Ontem, sexta, às dez da manhã, depois de um belo café da manhã no Radisson Hotel, nos despedimos da linda região dos lagos e fomos para a estrada. O objetivo era percorrer os 1050 quilômetros até Santiago. Bingo! Eram 21h quando fizemos check-in no Novotel Providencia. Viagem tranquila, estrada segura, bem cuidada, com bons postos de serviço e total segurança.

Paisagem jovem! Para esses morros
deslizarem não precisa muito...

Vou terminar esta crônica com um comentário sobre a beleza das estradas da região dos lagos e do trecho da cordilheira que percorremos hoje. A estrada entre Bariloche e Epuyen, é um deslumbre. Bariloche é um deslumbre, com suas montanhas e lagos multicolores. Epuyen e seus lagos, cercados de verde vida por toda parte, é um visual único. Único! Mas as montanhas dos andes seco, sem vida, pedras e pedras de todos os tamanhos, formatos e cores, é outra forma de beleza. Impacta, assusta, acelera o peito e tira o fôlego. Como um mar bravio, de altas ondas, que mesmo visto de longe gera temor. Ana chamou a atenção que as montanhas, enormes, em alguns ângulos da estrada, parece que irão, de alguma forma, te devorar. Dois visuais incríveis e distintos… a beleza da região dos lagos é acolhedora… te dá vontade de sentar e apreciar, te gera paz, como um banho morno. O que vi hoje foi banho frio no calor, que gera desconforto e acelera a respiração, ao mesmo tempo que é apreciado. Deslumbra os olhos e mexe com as entranhas. Não sei, ainda estou sob os efeitos das horas de estrada de hoje, da sensação de incômodo de estar correndo algum risco em meio a juventude da formação geológica, visivelmente imatura, e ao mesmo tempo tendo a certeza de estar vendo alguma cenas das mais bonita que vi na vida.

E você? Prefere a beleza que agita ou a que acalma? Mar bravio ou lago manso?

Fui, amanhã falo de Mendoza, onde chegamos às sete da noite.

Já um pouco mais baixo, uns 2 mil metros,
direção Mendoza

Visual da estrada


Aconcágua ao fundo

Eu e Ele...

Ana ao lado de um altar a PACHAMAMA



Montanha ultra colorida, no Parque do Aconcágua


Nascer do sol em Puerto Varas

Da janela do quarto do hotel em Puerto Varas, Osorno ao fundo

E não demos sorte de achar um
restaurante indiano ao lado 
do hotel Em Santiago¹


quinta-feira, 26 de janeiro de 2023

Frutillar e Puerto Varas, 23, 24 e 25 de janeiro de 2023

 

No lago de todos los santos, no Parque Nacional Vicente
Pérez Rosalis 

Depois do inesquecível fim de semana astral e austral com Maria e Pipo, partimos rumo ao Chile. A ideia inicial era dormir em Villa Angostura, perto de Bariloche, mas não gostamos do visual da cidade, do pó que pairava no ar, das ruas cheias de gente e dos hotéis que vimos. Assim, partimos para Frutillar, região dos lagos, sul do Chile.

Frutillar, o lago e, ao fundo, o seu lindo teatro
Chegamos tarde, porque além dos 600 km desde Epuyen, tivemos que cruzar uma fronteira que nos levou quase duas horas. Mas nove da noite, aqui ainda dia, já estávamos instalados no simpático hotel, também de nome Frutillar, e jantando no Club Alemán, uma bela casa e um belo restaurante. Ana comeu salmão e eu “una milanesa”. Tomamos um vinho enquanto víamos a noite se fazer presente sobre o belo lago Llanquihue.

Casa em Frutillar
Eu havia estado em Frutillar em 2003, por apenas algumas horas. Guardava uma bela recordação e não me decepcionei. A cidade é linda, toda ao redor do lago e com fortíssimos traços alemãs. As casas de madeira com arquitetura alemã uma beleza à parte, que se junta com a exuberância do lago. Que lindo ver uma cidade que prioriza manter suas origens e não busca a modernidade a qualquer preço.

Na terça de manhã, ontem, passamos entre acordar tarde, tomar café da manhã, dar uma volta pelas margens do lago e seu simpático comércio e zarparmos para Puerto Varas. Perto, pela linda estrada vicinal que circunda o lago, não mais que 50 quilômetros.

Em Puerto Varas, fomos direto ao hotel Cabañas del Lago. O quarto, o bar, o restaurante, tudo com uma impecável vista. 

Deixamos as coisas no quarto e saímos para uma rodada pela cidade. Espetáculo! O mesmo lago Llanquihue, parece que é o segundo em tamanho do país, a mesma arquitetura alemã, mas maior e, portanto, menos aconchegante que Frutillar. Por outro lado, com muito mais opções de comércio e serviços.

À noite, na verdade longo entardecer, comemos no próprio quarto, com sua maravilhosa vista.

Salto do Petrohué
Hoje, pela manhã, quarta-feira, optamos por dar a volta no lago. Foram uns 120 km, sempre pelas estradas vicinais. Neste trajeto, passamos nos Saltos del Petrohué e na base do vulcão Osorno. Pena que haviam muitas nuvens no céu, o que nos impediu de ver o Osorno em sua plenitude. Mas subimos uns 12km de carro e caminhei mais uns 300 metros, e pude chegar razoavelmente perto. Um deslumbre. Vou repetir: realmente uma lástima não estar com o céu limpo.

Agora, fim de tarde, na verdade passado das oito do que costuma ser noite, estou aqui escrevendo no bar do hotel, com esta vista da foto abaixo, enquanto Ana faz suas coisas no celular. Sou obrigado a usar a mesma palavra: espetáculo. Amanhã, ficamos por aqui, sexta começamos a regressar, mas antes passamos dois dias em Mendoza, dormindo uma noite na estrada, já que são cerca de 1500km até lá!

Escrevendo no bar do hotel 
Cabanas do Lago


Entardecer, dez da noite, do quarto do hotel


Saltos do Petrohue

Vulcão Osorno

Da base do vulcão Osorno, olhando para baixo

Da base do vulcão Osorno, olhando para baixo

No Lago de todos os santos

terça-feira, 24 de janeiro de 2023

Epuyen, 21 e 22 de janeiro de 2023

 

Lago Epuyen, lado da casa de Marcela e Uberto

Já foi dito que quem tem amigos tem tudo. Também muito se fala que a Patagônia é uma das regiões mais bonitas do mundo. Passar um fim de semana na Patagônia com amigos especiais é uma receita feita para dar certo. E deu, muito certo!

Mesinha da cabana, onde comecei a 
escrever meu próximo livro.
A cabana de Pipo e Maria é um pedacinho de paraíso. Simplicidade e bom gosto gerando luxo. O entorno exala paz, e a janela do cômodo único dá para um lindo gramado, com pássaros selvagens que por vezes dão o ar da graça, e algumas árvores ao fundo. Ali comecei escrever meu próximo romance. Aguardem.

Sobre o fim de semana: sábado fomos visitar um casal de amigos de Pipo e Maria. Diego e Alumina. Eles são donos da https://www.cabañashaciaelsur.com.ar

Visual da horta da casa de Alumina
e Diogo
Deem uma olhada nesse link e vejam a beleza que não vou tentar descrever aqui. Ele também é agricultor e construtor, ela massagista e terapeuta, com um centro holístico em El Bolsón, a cidade onde nasceram e vivem, ao sul de Bariloche.

Conversamos muito, tomamos vinho e comemos um belo assado. Na volta ainda fomos, com Maria, à festa do artesão, em Epuyen. Uma “fiesta de pueblo”, que me mostrou uma Argentina que eu não conhecia, mais indígena e interiorana. Compramos cerâmicas, chocolates, queijo e ouvimos música.

Festa dos artesãos!
Hoje, domingo, foi o ponto alto da viagem. Passamos a manhã na nossa cabana e por volta do meio-dia passamos na casa de Maria. Outra Maria, vizinha que está hospedando nossos anfitriões que preferiram sair da cabana e nos deixar sozinhos, mais à vontade, já que o espaço é pequeno. Casa lindíssima, pessoa lindíssima. Daí fomos até a beira do lago Epuyen, onde Uberto nos buscou na sua pequena lancha para irmos à sua casa, dele e da Marcela, do outro lado do lago. Junto estavam Lucas e Jillian, outro casal de amigos dos amigos, a essa altura já amigos!

Ana e Marcela de prosa...
E foi ali, do outro lado do lago, que passamos o dia. Outra vez um assado e vinho (afinal, estamos na Argentina!), mas também saladas, verduras, sorvete, bolo, brownie, chá, sucos… passamos o dia comendo, conversando e aproveitando a paisagem.

Esses casais de amigos se conheceram em sua época hippie, viajando pelo mundo. Ouvir suas histórias me fez sentir-me sem histórias para contar, eu que normalmente acho que vivi muitos bons causos. É que essa galera saiu para viajar com menos de vinte anos, rodou mundo, sem dinheiro e apostando na generosidade da vida e de quem passassem por eles. Era a forma de dizer não ao “sistema” ao qual de alguma forma precisavam se opor. Estou falando do fim dos sessenta e início dos setenta, essa galera é de uma geração anterior a minha. Se opuseram ao sistema e me sinto meio devedor deles. Considero que a Agricultura Orgânica ou, se preferem, a Agroecologia, é um pouco a ponte que une esse movimento que eles vivenciaram aos dias atuais.

Não posso contar aqui tudo que ouvi. Mas ouvir Pipo e Uberto contando de como, no início dos setenta, conheceram um tal de Alceu Valença em um bar do Leblon e acabaram com a chave do seu apartamento para passar uma noite por lá é impagável. Ouvir Jillian e Lucas contando de como fizeram para voltar da Índia para a Europa, sem uma rúpia no bolso, de carona, é quase inacreditável! Ela com hepatite, eles cruzando Paquistão, Afeganistão, Rússia, para chegar a Roma… meses e meses… sem grana… que onda! Ouvir Maria, a nossa nova amiga de 80 anos, falando sobre seu tempo de viagens, também na onda hippie, pela Califórnia, foi igualmente único. E o documentário sobre música que Uberto fez em Cuba nos anos oitenta, em pleno momento de força do regime Cubano? Histórias e histórias… emolduradas pelas montanhas e pelo lago Epuyen. Ah, tomamos um banho no lago, água fria, mas suportável. Sensacional!

Voltamos a cruzar o lago, regressamos com esse dia incrustado na memória. Esse não se apaga, tampouco se paga. Mais uma dívida com Maria e Pipo!

E agora de noite ainda fomos no restaurante do camping aqui perto da “nossa” cabana. As duas Marias, Pipo, Ana e eu. Tomar uma cerveja artesanal e comer uma batata frita. Apenas para esticar um dia que merecia ser esticado. Ou eternizado.

Esse foi meu fim de semana patagônico, por essas lindas terras austrais. Olhem as todos e vejam se exagero quando falo da beleza do lugar...

Amanhã seguimos para Villa Angostura, em direção ao Chile!



Ana e Maria, na festa dos artesãos

Lago Epuyen, visto desde o terreno de Maria e Pipo

Lago Epuyen, viso desde a casa de Marcela e Uberto

Praia da casa de Marcela e Uberto, Lago Epuyen

Janela da sala, casa da Marcela
e do Uberto


Para lembrar deste dia!



sábado, 21 de janeiro de 2023

Estrada de Neuquén a Epuyen, 20 de janeiro de 2023

 

Vista da estrada de Bariloche para Epuyen

Hoje foi dia de 600 quilômetros entre Neuquén e Epuyen. Sem sombra de dúvidas, uma das paisagens mais incríveis que já vimos. Quase toda a estrada circunda lagos e rios, com águas que assumem diferente colorações. Da mesma forma as montanhas, com múltiplos formatos e cores. A imponência das mais altas, e não são poucas, causam admiração e respeito. Não é sem razão que povos de montanha as reverenciam como Deuses.

De onde estou escrevendo agora!

 
Chegar a Epuyen e encontrar Pipo e Maria foi um enorme prazer. Os conheci em 1994, quando estive em Buenos Aires em um evento para falar sobre o trabalho que fazíamos com Agricultura Orgânica. Passamos o agradabilíssimo fim de tarde em uma mesa de madeira rústica, em meio ao jardim cuidado com esmero pela Maria. Abrimos um espumante para comemorar, conversamos sobre nossas histórias e sobre a vida, esperando o sol que por essas bandas insiste em deitar tarde. Eram nove horas quando fomos a um restaurante em um camping vizinho, comer trutas com batatas, tomar cerveja local e seguir falando do viver e da vida. Se juntou a nós Maria, outra Maria, uma senhora de origem suíça, amiga dos nossos anfitriões, que vive aqui na região há décadas. Jantar para lá de agradável.

Dormimos na casa-cabana deles, que foram justamente dormir na casa desta amiga para nos liberar o espaço. Um dos lugares mais aprazíveis que já me hospedei. Luxo? Isso aqui é um luxo total, cabana de madeira e pedra, toda feita artesanalmente, decoração primorosa, geladeira só com produtos orgânicos, paisagem exalando paz, silêncio só quebrado pelos pássaros.  

Durante o jantar Maria nos contou de quando organizou a festa de Quino, o famoso escritor pai da Mafalda e das duas vezes que serviu comida para Ringo Star, sim, Ringo Star, quando ela era dona do EL Rincón Orgánico, uma loja, delivery e catering de comida orgânica que marcou época em Buenos Ares, até ela decidir se desfazer do negócio.

Me dou conta agora que nem tenho fotos com eles, para postar. Vou corrigir isso amanhã, mas hoje foi daqueles encontros que não são necessárias fotos para ficarem guardados na memória.

Bancada da cozinha!

Visual da cozinha

Janela sobre a mesa de comer!


Cama!


Buenos Aires e Neuquén, 18 e 19 de janeiro de 2023

 

Visual da intermináveis estradas de Buenos Aires para o sul
     O dia de passeio em Buenos Aires foi tão agradável quanto pode ser. Nos concentramos por caminhar por Palermo e suas variações, Palermo Soho e Palermo Holywood. Tomamos um café na Cocu Boulangerie, que havíamos lido ter a melhor media-luna da cidade. Achei engraçado a melhor media-luna ser em uma franquia Francesa, uma espécie de golpe fatal que decreta a superioridade do croissant.

    Depois, um rolêzinho mais e almoçamos, já quase três da tarde, no Don Júlio, considerado um dos melhores restaurantes da américa Latina e do mundo. Comi uma carme maravilhosa, mas exagerei... o pedaço era enorme, quis comer a maior parte e meu corpo está até agora tentando digerir... ah, o pecado capital da gula... Ana, mas comedida, comeu queijo e pimentões “a la parrilla” e pão. Ela passa bem...

De fato Don Júlio vale a fama, comida muito boa e cuidado nos detalhes, como Moet Chandon para quem está esperando, tomates ao azeite e sal, empanadas e pãezinhos servidos por conta da casa. Mas não considero carne, por melhor que seja, algo que aguce nosso paladar, e possa nos dar uma experiência sensorial diferente. Se você me convidar agora para uma carne no Don Júlio

No final da tarde pegamos o carro e fomos ver o Obelisco, a Plaza de Mayo e a Casa Rosada.

Plaza de Mayo e Casa Rosada

Dormimos cedo, eu ainda passando mal pelo bifinho que comi, e às seis da manhã saímos em direção a Patagônia, objetivo Neuquém, a 1.150 km. Foi tenso, mas rolou bem. As estradas são muito ermas. Trechos bonitos, outros nem tanto, pela aridez da paisagem. Mas sempre interessante. A parte mais dura é a chamada “ruta del desierto”. Começa pouco depois de Santa Rosa, Província de La Pampa e vai até a Província de Rio Negro. São 260 km, com um ou dois postos de gasolina nos primeiros trinta quilômetros, depois nada, nada, nada. Nem uma árvore. Um sol inclemente. Sem sinal de celular... dá até certo receio de algum problema no carro ou de outra natureza, mas rolou tudo bem. O medo é também fruto do desconhecido. Para completar o dia ainda pegamos tempestade, com ventos e raios, no trecho final da viagem. Mas deu tudo certo e aqui estamos, oito da noite, em Neuquén, no Cyan Soho Hotel. Neuquén é uma bela cidade, mas que não tivemos tempo nem disposição para explorar. Amanhã temos que sair cedo em direção ao Sul, passar por Bariloche e seguir para Epuyen, ver nossos amigos Pipo e Maria.

Formações rochosas na província de Rio Negro, direção Neuquén

Muitas e muitas plantações de girassol,
ao sul de Buenos Aires

Mate, mate e mate! Loja em Palermo