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segunda-feira, 2 de agosto de 2021

São Tomé e Lisboa, 31 de julho e 01 e 02 de agosto de 2021

 

Atividade durante nosso curso da semana!

E, em uma espécie de presente por bom comportamento, ainda pude desfrutar de um dia em Lisboa.

Feira de produtos locais e biológicos
O fim de semana em São Tomé misturou trabalho e passeio. No sábado, de manhã, fui visitar uma loja de produtos biológicos e/ou locais, a Qua Tela, e a feira, que foi organizada em frente à loja, com produtores certificados pelo Sistema Participativo de Garantia em São Tomé. Um resultado do projeto no qual me envolvi aqui, o OM4D (Organics Market for Develepment), capitaneado pela IFOAM, com apoio da cooperação Holandesa.

E, durante o dia, fizemos muitas coisinhas mais: visitamos a loja de chocolate Diogo Vaz, famosa por aqui, fomos almoçar no excelente São João do Angolares, o mesmo que escrevi aqui sábado passado sobre ele. Tão bom que tive que regressar! Fiquei feliz que o chef, figura conhecida por aqui, fez referência ao livro que eu havia dado a ele e disse que está a ler!

As crianças, "pegando na branca".
Na volta, uma parada na praia “sete ondas”. Sou obrigado a contar uma curiosidade: nesta praia, a Bárbara saiu para caminhar na areia e a Flávia colocou biquíni e foi ao mar. Em pouco tempo, nos juntamos outra vez e ficamos conversando, na areia, com um pai, local, e suas duas pequenas filhas. Em dado momento, eu disse que estava na hora de irmos. O pai respondeu para mim: “sim, nós também”. E, ato contínuo, dirigiu-se às duas meninas: “tá, pega na branca e vamos embora!”.  As crianças queriam muito tocar no cabelo e pele da Flávia, que estava de biquíni! Alisaram ela, sentaram no colo, demos tchau e nos fomos. Adorei a cena! “Tá, pega na branca e vamos embora!”. Sensacional!

Para fechar a semana de curso, o Carlos Tavares, agroecólogo, amigo e anfitrião da semana, nos convidou para jantar em sua casa no sábado à noite. Excelente, falamos da vida, da agricultura biológica… tudo regado a ótima comida local, bebidas, música e danças! Uma festa!

Lagoa Azul
Sobre o domingo, vou apenas comentar que estive, pela terceira vez, na praia denominada lagoa azul. Linda, belo banho de mar para terminar a semana! 

E hoje, Lisboa… almocei um bacalhau espetacular com um vinho da região do Douro, no excelente restaurante Martinho da Arcada. Mas o melhor que me aconteceu foi o seguinte: desci na estação do Metrô no bairro Chiado e quando saí estava em frente ao “Café A Brasileira”. Local frequentado por Fernando Pessoa, no início do século XX. Mas o legal, o legal mesmo, é que lembrei que um dos meus contos que está no livro “Perspectivas” (Editora Hope), intitulado “O dia que não terminou” se passa em Lisboa, e tem um diálogo entre os três personagens do conto, Álvaro, Lídia e o próprio Pessoa que se passa nesse café. Fui obrigado a entrar… a mesa em que visualizei a conversa estava ocupada, sentei em uma próxima. Abri o conto e li… momento emocionante para mim… 

Frenado Pessoa, café "A Brasileira"

E foi isso, assim termino minha primeira viagem em tempos de Covid. Nada está igual, tudo está diferente. Infelizmente, não diferente o bastante para mudar o estilo de vida que nos levou à situação de crise climática e sanitária que estamos. Fazer o quê? Assim caminhamos nós, a humanidade.

Nenhuma viagem marcada, bem possível que o Caminhando e Contando dê uma parada de mais uns meses!



Água Pedras, pastel de nata e café...

vinho

bacalhau!


sexta-feira, 30 de julho de 2021

São Tomé, São Tomé e Príncipe, 28, 29 e 30 de julho de 2021

 

Ministro da Agricultura de STP, recebendo o Vozes 2!

Três dias intensos na atividades do curso: quarta-feira, quinta e hoje, sexta. Ontem fomos à campo, em dois lugares. Um deles foi uma propriedade chamada “Terra Batata”, de propriedade de uma Igreja Nova Apostólica -  holandesa. Uma área onde esta Igreja aporta recursos, buscando que sua prática e resultados inspirem outras unidades produtivas a seguirem seu exemplo de agricultura biológica. Uma comunidade rural que fica a uma altitude considerável para a realidade da ilha, cerca de mil metros. 

Café. na Terra Batata.

Em tempos antigos, pertencentes a Roça Monte Café, uma das mais importantes fazendas de São Tomé na época colonial, especializada, como diz o nome, em café. E fomos visitar também a área da família do Sr Antônio. Olha que pujante a natureza e que bonitinho o espaço de comercialização da família. Ele é também produtor de hortaliças. Sobre a foto com cenouras e cebolas: fazer o quê? Se existe demanda tem quem plante, mesmo sendo cultivos pouco conectados com o ecossistema local. Mas… para isso também existe o conhecimento Agroecológico, fazer que esse cultivo exógeno seja o mais elegante possível. E, no que vi do manejo do Sr. Antônio, ele captou muito bem esse encaixe entre a agricultura inserida na exuberância do trópico úmido com espécies de hortaliças de origens distantes dessa realidade. 

Cebola, cenoura...

Durante o curso, as conversas, palestras e trabalhos em grupo giraram ao redor do objetivo, já comentando no post anterior, de São Tomé e Príncipe vir a ser um país com 100% de sua área agrícola reconhecida como orgânica (biológica, no termo mais usado por aqui). Eu vibro muito com a ideia de um país do continente africano, financeiramente pobre, vir a ser o primeiro a banir o uso de agrotóxicos, adubos químicos de alta solubilidade e organismos modificados geneticamente. Será um luxo, não é?

Pela tarde de hoje, sexta-feira, como atividade final do curso, foi organizada uma mesa redonda entre os alunos e alunas, representantes do poder público e do campo da produção e transformação. Eu, em mais de três décadas de trabalho na área, nunca havia participado de uma reunião nacional, com a presença do Ministro da Agricultura, com o objetivo de converter a agricultura do país, integralmente, à agricultura orgânica. Só para deixar registrado, nos dados de 2019, os últimos que temos, São Tomé e Príncipe aparece com 25% da sua área com cultivos orgânicos, o que o põe como terceiro lugar na lista dos países com maior percentual de área certificada como orgânica.

Mesa redonda - STP 100% Bio

No fim da mesa redonda, uma sessão de autógrafos dos meus Vozes da Agricultura Ecológica... se eu gosto? Gosto, muito, de ver essas vozes ecoando por aí...

E, confesso aqui o que confessei de público, na minha fala durante a mesa redonda, cheguei a ficar emocionado. Esse pequeno país é de fato cativante, pela sua instigante história, por seu povo bacana, sua natureza intensa, sua culinária tão saborosa quanto peculiar. Amanhã tem trabalho ainda de manhã, depois pegar meu teste de Covid, que fiz hoje e começar o trecho de volta, no domingo. Mas deve ter tempo ainda de bons papos e boas comidas!

Barbara, amiga de Ifoam, comprando na banca - em frente
à propriedade


terça-feira, 27 de julho de 2021

São Tomé, São Tomé e Príncipe, 26 e 27 de julho de 2021.

 

No campo, durante o curso.

Dando prosseguimento à minha semana aqui em São Tomé, ontem e hoje foi dia de curso. Estou aqui na qualidade de formador, junto com duas amigas que trabalham em Ifoam, a Flávia e a Bárbara. São 12 formandos/as, em um curso de Formação de Lideranças em Agroecologia e Agricultura Biológica. Mas… nessa vida, “formar” e “ser formado” é uma dança cotidiana, estamos nela, levando e sendo levados. Assim temos trabalhado, da forma mais horizontal possível! São Tomé e Príncipe está em um processo interessante de buscar ser o país com a maior área, em termos percentuais, com produção orgânica no mundo.

Roça Monte Café, onde fica a Cecafab
    Em 2018, quando estive aqui pela primeira vez, lancei essa ideia/desafio. Em 2019, na minha segunda vinda, retornamos o assunto inclusive em uma reunião com o Ministro. Pegou, estou surpreso como estão a falar nisso… ideia já comprada, inclusive, por algumas lideranças políticas. Com receio das falhas e armadilhas da memória, fui obrigado ontem a perguntar para Flávia quem foi que começou a falar nessa ideia da agricultura de São Tomé e Príncipe ser 100% orgânica e ela me respondeu: “você!”. Sim, acho mesmo que foi e não me surpreende, nas minhas estratégias de trabalho sempre lancei mão desse método de estimular o caminhar a partir dessas metas ousadas, às vezes até estimulando o que considero uma saudável competição. Deixa eu ressaltar que, em determinado feito social, em uma conquista coletiva, importa pouco quem teve a ideia. O alcance do objetivo só se fez possível pela dedicação de tantas e tantos, que se envolvem nos inúmeros momentos necessários para isso.

Enfim, veremos até onde a ideia se materializa.

No curso, ontem, falei o que considero ser o eixo fundamental para o desenvolvimento da agricultura orgânica aqui, nessa ilha, onde o ecossistema que predomina é o trópico úmido com solos vulcânicos: a agricultura de biomassa. E que o insumo com o qual mais eles devem se preocupar para viabilizar esse desiderato é a informação de qualidade. 

Pimenta. Banana e mamão, além
outras companhias

Hoje, pela tarde, fomos visitar duas Cooperativas muito interessantes. Uma que trabalha com Pimenta do Reino e outra com café. A Coopiba e a Cecafeb. Junto com o Cacau e, mais recentemente, a baunilha, os quatro cultivos mais importantes do país.

Chamou mais minha atenção conhecer a cooperativa que trabalha com pimenta. É uma planta trepadeira, de nome científico Piper nigrum. Vimos o processamento dos seus frutos que, junto com o ponto de colheita, irá determinar a cor do produto final: verde, preta, branca ou vermelha, cada uma delas com suas particularidades, apesar de serem provenientes da mesma planta. Uma das diferenças, além da cor, é o teor de piperina, ou seja, quão forte ela ficará. Fiquei pensando como essa espécie provocou intensos movimentos no mundo, obrigando homens a transladarem-se a mares desconhecidos e pouco amigáveis, buscando satisfazerem suas necessidades de lucro ou sobrevivência, atendendo a paladares exigentes ou curiosos. Já foi moeda e é um tipo de commodities do mundo antigo. O maior produtor mundial é a Índia, mas o Brasil, principalmente na região norte, produz também grandes quantidades.

Pimentas, secando, com suas diferentes cores!

Falando em paladar exigente, no almoço de hoje uma particularidade da culinária local: feijoada de peixe. Feijão mulato, peixe e especificarias. Delicioso… E eu sempre aprendi que peixe e feijão não combinam… mentira pura… não é incomum que nossa cultura alimentar nos engane, impedindo-nos de aventuras por determinados gostos ou combinações, dizendo, por exemplo que abacate só com leite, manga nunca com leite, fazendo-nos escolher entre coentro ou salsinha e coisas dessa natureza.

Bem, o dia foi cheio, teria mais para contar, mas nunca dou conta de contar tudo… fico por aqui, hora de preparar o trabalho de amanhã!

 

domingo, 25 de julho de 2021

São Tomé, São Tomé e Príncipe, 25 de julho de 2021

Uma das tantas praias de São Tomé

São Tomé e Príncipe é um pequeno país, conformado por duas ilhas. A ilha de São Tomé e a ilha de Príncipe. As duas juntas perfazem uma área de mil quilômetros quadrados. Só pra dar um exemplo, o município de Vacaria, no RS, possui três vezes essa área. Sim, é uma país com uma extensão territorial muito pequena. O que não o deixa menos interessante, talvez seja exatamente o contrário, esse tamanho lhe dá um toque todo especial.

Casa típica, colonial, na cidade
Essas ilhas eram desabitadas e na chamada época dos “descobrimentos” foi colonizada por Portugal, ainda no século XV, que a utilizou como local de “aclimatação” dos negros escravizados em outras partes, principalmente Angola. No início, para colonizar a ilha, foram enviados degredados portugueses, que colaboravam nessa “domesticação” dos negros que chegavam. Isso dos 1500 até os 1800. Posteriormente, com o sucesso obtido com algumas culturas no Brasil, como cana de açúcar, café e cacau, começaram esses cultivos também por aqui. O modelito, aquele já nosso conhecido: portugueses, com trânsito na corte, ganhavam ou compravam, a troco de quase nada, terra, escravos e privilégios, com a obrigação de gerar riquezas e pagar tributos. Chegavam aqui, organizavam suas “roças” (fazendas), deixavam tudo na mão de um capataz local, e voltavam para a metrópole. Via de regra, vinham aqui uma vez por ano, ou menos, de preferência na gravana, estação onde as chuvas dão trégua e o calor ameniza. Os que possuíam menos terras viviam seus momentos de glória, ainda que caricata, nessa distante, calorenta e embicharada ilha tropical. As roças mais “fortes”, com cana, café e, principalmente, cacau, davam aos seus proprietários recursos que lhes permitiam uma vida burguesa na terra pátria ou Paris, centro de interesse das cortes europeias.

Praia suja... de onde o lixo?
Meu ou teu... trazido pelo mar...
Hoje, domingo, caminhei cedo pela cidade. O visual geral é pobre. As ruas não são limpas nem particularmente sujas, ainda que em alguns pontos vemos um acúmulo de lixo indesejado. Muitas casas decadentes, com suas paredes descascadas clamando por pintura e madeiras lutando contra os indesejados cupins. Coisas da vida: trópico unido, a vida aqui vive com muita pressa, instala-se e se desenvolve com muito vigor. Em Belém ou Manaus não é nada diferente! Na rua, vê-se alguns pedintes, algumas pessoas dormindo sob as marquises. Outra vez, nada diferente do que vemos no Brasil. Mas sim, vou reforçar para que não reste dúvidas: o visual geral é bem mais pobre do que normalmente vemos em nosso país.

No final da manhã, fui ao escritório da Adappa, ONG local, onde será a maior parte das atividades de formação nesta semana. Já havia estado nesse local na última vez que estive por aqui, mas era necessário ver o espaço reformado e preparar algumas das atividades da semana. Bom lembrar que estou aqui a trabalho… pela tarde fiquei no quarto, entre descansar um pouco e preparar algo das palestras e dinâmicas da semana. Pela noite, chegaram a Flávia e a Bárbara, provenientes da Alemanha. Trabalharemos em equipe esses dias e nos reunimos brevemente durante o jantar para alguns ajustes necessários.

Restaurante Pirata - muito bom
atum com pure de batata dobe
e alguns legumes
Mas tive sim tempo para almoçar bem, no restaurante Pirata. Um filé de atum com purê de batata doce, precedido de um tipo de rissoles, feito com massa de farinha de milho e fruta pão, com recheio de peixe. Acompanha um molho à base de coco e ervas locais. O local muito agradável, em uma varanda de madeira praticamente sobre o mar.


sábado, 24 de julho de 2021

São Tomé, São Tomé e Príncipe, 23 e 24 de julho de 2021


Visual da praia desde o Restaurante de São João de Angolares

Quase dois anos depois, volto a fazer uma viagem internacional. Nesse momento que, desejamos, seja do desfilar da retaguarda da COVID 19.

E a ousadia de viajar nesse momento, com variantes de nomes gregos rondando por aí, se justificou para mim por duas razões. A primeira por ser a trabalho, a segunda por ser em São Tomé e Príncipe. Pela terceira vez estou nesse simpático país do Continente Africano, que de continente tem pouco, já que está fincado no meio do Atlântico e rodeado de água por todos os lados.

Estou aqui convidado pela Ifoam - Organics International, para colaborar em um curso de cinco dias de duração, sobre Agricultura Biológica. Cheguei ontem à noite e fui jantar no Papa Figo um dos bons restaurantes de São Tomé. Peixe grelhado e banana frita… pensa… para acompanhar uma Rosema, a cerveja local.

Pé de Baunilha, ainda jovem.

 O curso começa segunda, mas hoje, sábado, 24 de julho, foi dia de visitar uma roça. Fui com meu amigo Carlos Tavares, meu anfitrião aqui da ilha, visitar sua lavoura de baunilha. Bacana, né? É sim.

A Baunilha, nome científico Vanilla planifólia, é uma planta que vem do que hoje é México e de outros países centro americanos. É tipo uma orquídea trepadeira. Os frutos são vagens de 10/15 cm de comprimento e exalam aquele odor e sabor característico, que vem de uma substância que se chama... Vanilina! Mesmo tendo a indústria aprendido a fazer vanilina sintética, a natural segue muito procurada, fazendo com que a baunilha seja um dos três produtos agrícolas mais caros do mundo.  

Depois de ver sua lavoura de baunilha, cultivada sob uma pujante floresta tropical, fomos ver outros lugares interessantes, na parte sul da Ilha. Um deles a Roça São João de Angolares. O termo “roça”, nesse contexto, significa as antigas propriedades portuguesas, com lavouras extensivas e mão de obra africana, no caso de São Tomé, principalmente oriunda de Angola. Essas propriedades têm suas casas grandes, senzalas e estruturas de apoio. No caso específico da Roça São João de Angolares, ela foi transformada em uma pousada e restaurante, de propriedade do ativista cultural, artista e cozinhador, segundo sua própria definição, João Carlos Silva. Bom, que lugar, que comida, que bom papo com o proprietário... claro que aproveitei e deixei com ele um “Vozes da Agricultura Ecológica”... achei que tinha tudo a ver e presenteei com muito prazer. 

Sobre o menu, foram vários pratos degustação antes do principal, seguido de duas sobremesas, tudo muito bom, com uma mescla (fusion?) do local e do global que só os grandes chefs sabem fazer. Já havia estado nesse restaurante e gostado tanto que pretendia mesmo voltar. Que bom que foi logo no primeiro almoço desse meu regresso a essa ilha, que sigo achando para lá de interessante.

Teria mais para contar... mas vou deixar algumas fotos com legendas contando de outros lugares em que fui hoje.

Para terminar, vou dizer que não posso negar que viajar nessa época está diferente. Minha sensação é que a diferença não está na máscara de uso continuo (médio…) ou de outros pontos no tal protocolo de segurança, cumprido de forma tosca, em todos voos e aeroporto em que passei. Acho que a diferença é mais fruto do medo, da ansiedade, dos meses de menos gente na vida de boa parte de nós, daqueles que vez ou outra andam de avião. Inegável que buscar alegria do futuro está um pouco mais difícil, ou no mínimo arriscado. Penso que a geração pós segunda guerra não tinha vivido um momento de tanto receio do que vem… é interessante o peso que o porvir joga nas nossas vidas. O presente complicado é aliviado na perspectiva do futuro ameno. Se a perspectiva desse último nos falta, a ansiedade aumenta. A tal ponto que, talvez por necessidade, estamos sempre projetando um futuro melhor. Seja acreditando em Deus ou na vacina…

Bom, deixa para lá, durante essa semana vou contando mais enquanto caminho por São Tomé!

Um dos pratos degustação - atum, saladinha de
abobrinha, sementes de abóboras torradas...
um pedacinho de abacate com geleia de 
maracujá, azeite e limão.

Banana recheada com frango e bacon, feijão
também com frango e bacon, um 
bolinho a base de amendoim

Prato principal: marlim, grão de bico, batata
doce assada, farinha de mandioca

Uma das sobremesas: banana bêbada,
com cacau, geleia, e mais... que eu não lembro!

uma das construções de uma "Roça", nesse caso abandonada...