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terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Galápagos, 07 de dezembro de 2015.

Pelicanos ao redor de um pequeno mercado de
peixes, em Puerto Ayora.
Hoje foi dia de passear em Galápagos. Passeio aqui significa curtir a ilha que você está ou pegar um barco para visitar outra ilha. Foi a minha opção de hoje. Estou na Ilha de Santa Cruz. Contratei o passeio e as seis e meia da manhã passaram para me pegar com um microônibus. Quarenta minutos ate o porto. Aí subimos em um pequeno catamarã e fomos navegando por duas horas e meia até a ilha de San Bartolome
Vista do pacífico, a partir da Ilha de Bartolome 
É considerada a vista mais bonita de Galápagos. No ponto mais alto da ilha está um mirante. Mas toda a subida é muito bonita. E cansativa, ainda mais em um sol equatorial, às onze da manhã. Além do mar multicor, a paisagem lunar (não nos esqueçamos que são ilhas vulcânicas jovens) e os pássaros que se vê tornam o conjunto indescritível. Que vou falar? Lindo? Interessante? Realmente me falta a palavra exata. Deve ser porque estou em Galápagos.
A vida e seu incessante desejo de viver.
Depois de subir até este ponto mais alto e descer, voltamos ao barco e fomos para a Ilha de Santiago. Aí era para curtir a praia e fazer um pouco de snorkeling. Claro que o visual embaixo da água era lindo, como sempre é nestes picos, mas não foi o snorkeling mais impressionante da minha vida. Bonito ou Noronha batem.
Visual do alto da lha de Bartolome.
Por cima da água me pareceu mais único. Queria curtir também um pouco da praia, da areia e saí da água. Estes passeios são relativamente curtos, por questão de preservação o turista tem tempo limite para ficar nos locais. Assim, somos obrigados a fazer tudo um pouco correndo, o que não é o ideal. Mas faz parte.
Da areia da praia pude ver pássaros, lobos marinhos e pinguins, estes dois últimos nadando, ali, a um ou dois metros da areia. Muito legal, parece que eles vêm para se exibir. Os pinguins são destes bem pequenos, os adultos tem uns 40 cm. Nadam rápido, vão e vem como que se divertindo
Leonardo de Caprio.
Do Catamarã, tanto na ida quanto na volta vimos tartarugas marinhas. Enormes. Na volta do barco fiquei em uma das duas pranchas da proa, sentado, bem seguro, e, como o vento levantou um pouco o mar, a onda batia e uma cortina de água me cobria. Só o tal do Pacífico na minha frente. Me diverti muito, parecia um brinquedo de parque de diversão. E de sobra ainda me senti meio Leonardo de Caprio... Deve ser porque estou em Galápagos.
Como estou em Bella Vista, uma vila rural que fica a 7km de Puerto Ayora, a capital da ilha e onde está o movimento, resolvi aproveitar o fim do dia e passear. A cidade é pequena e muito agradável. 
Fui ver os pelicanos pedindo comida nas bancas do pequeno mercado de peixes, caminhei um pouco pela rua principal e dei uma passada para dar uma espiada no mesmo lobo marinho que ontem se exibiu no deck dos molhes. Para fechar com chave de ouro resolvi comer uns camarões ao alho, acompanhados de uma pilsener, uma cerveja equatoriana bem ruinzinha. Mas só por ser local, está valendo. Por aqui é época de lagosta, claro que não saio daqui sem comer uma, prometo.
Puerto Ayora, de noite
Saindo dos passeios, vou contar uma das tantas coisas interessantes que ouvi aqui. Ninguém pode se mudar para Galápagos. Quem vivia aqui até 1997, tudo bem. Depois disto, para vir viver aqui, só casando ou sendo convidado para um trabalho, temporário, desde que no arquipélago não exista alguém capaz de executar este trabalho. As implicações são muitas. Flor por exemplo, esposa de José, meus anfitriões, não pode trabalhar. Pôde vir morar com ele, mas não pode competir em emprego com um ilhéu. Sacou?
Depois falam mal das segundas feiras, hoje foi um belo dia. Deve ser porque estou em Galápagos.
Vou dormir. Cansado.

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