Ana e Joce descansando na Biofach |
Hoje é aniversário do meu pai. Comecei o dia
conversando com ele, bem cedo, em prece.
Sal, de diferentes cores e origens |
Pretendia só passear hoje, mas acabei não resistindo e
voltando à Biofach pela manhã. É
que o ultimo dia da Feira é o dia dos presentinhos. Como é proibida a venda, já
que é uma feira de negócios, os estandes são mais generosos em distribuir seus
produtos de exposição, já que tão pouco lhes interessa levar de volta para
casa. E eu sou do tipo que adora uma amostra grátis. Me diverti com bolsas de
pano, miniaturas de azeite de oliva, cafés em grãos, chocolates, camisetas,
yogurtes. Só para registrar vi um estande muito interessante, que vende sal.
De trinta lugares diferentes do mundo, extraídos de minas. Branco, rosa,
azulado, laranja, cinza, negro. Sim, sal negro, de rochas vulcânicas do Havaí. São estes
detalhes que tornam esta feira tão interessante.
Depois de me despedir da Biofach comecei minha tarde
com uma volta na praça central. Bonita, ampla, aspecto medieval, com uma
imponente Igreja e onde funciona uma feira, com produtos frescos, processados e
algo de comida pronta. Aqui acontece a maior feira de produtos natalinos da
Alemanha, dever ser muito legal de ver.
Hauptmarkt (Mercado Central) |
Chama a atenção o tamanho da praça, para uma cidade
murada. É chamada de mercado central e foi construída com este objetivo, de ser
um mercado, ainda no século XIV.
Segundo li, este lugar era um bairro judeu, que foi
destruído, com seus moradores sendo mortos ou expulsos para que esta praça
fosse construída. Me surpreendi que nesta época já existia esta repulsa aos
Judeus, mas como não conheço direito esta história, melhor não me arriscar a
contar mais ou a dar uma opinião.
comendo meu apfelstrudel |
Desta praça caminhamos em direção ao Castelo da
cidade, tomamos à esquerda e chegamos em uma linda rua, a WeiBgerbergasse.
Arquitetura cheia de detalhes, em pedra e madeira, cores tranquilas, requinte discreto. Para quem
conhece Buenos Aires, um caminito à
moda germânica. Sem comércio, quase ninguém caminhando por ela. Não fosse o
frio, passaria mais tempo ali. Mas a temperatura de zero grau me fez procurar
um café para comer um apfelstrudel.
Aquele folheado de maçã, típico da Alemanha. Estava bom, servido quente,
acompanhado de sorvete e pana. Mas melhor que o strudel
estava o lugar. Sentamos fora, com estes cobertores que nos oferecem para
aliviar o frio, vendo as pessoas e suas sacolas de compras passearem bem
agasalhadas pelas duas ruas de pedestres que se cruzam em frente ao café que
escolhemos. Bela fotografia de uma elegante paisagem urbana, lindo momento.
visual desde a minha mesa no café |
O
anoitecer substituindo a tarde cinzenta, as luzes se acendendo aos poucos e o
movimento se diluindo me deixaram nostálgico. Deve ter algo da rebordosa de fim
de feira também, aliado ao fato de hoje ser sábado. Como disse o poetinha,
porque hoje é sábado. O bom é que bem acompanhado a nostalgia é das boas,
agradáveis. Após o café, já anoitecendo, Ana e Joce foram para outro lado e
retornamos, eu e minhas sensações, caminhando para o hotel.
Agora estou aqui lendo, escrevendo, tomando uma
cerveja com Ana no hall do hotel. Lá
fora o frio segue. Amanhã vamos só passear e descansar.
a romantica WeiBgerbergasse |
Essa do cobertor, amei!!!
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