Conversando na Biofach - Jocelei Pontel, Rogério Dias, Hugo Valdes, Laércio Meirelles, André Gonçalves, Fábio Meirelles |
Uma das
coisas que comumente ouço quando participo de algum evento sobre Agricultura
Orgânica é sobre sua viabilidade técnica ou econômica. Poderá a Agricultura
Orgânica alimentar o mundo? Pode-se produzir desta forma em extensões maiores
de terra? É possível produzir tomate, maçã, laranja ou morango desta forma? É
rentável economicamente? A vontade que tenho quando ouço estas e outras
perguntas semelhantes é nem perder meu tempo respondendo e sugerir ao
interlocutor comprar uma passagem e visitar a Biofach. Aqui estas falsas percepções sobre o potencial da
Agricultura Orgânica são definitivamente enterradas.
Passamos todo
o dia visitando a Feira. E visitamos apenas uma quinta parte dela. É de fato é
impressionante a quantidade e diversidade de produtos expostos. São 2400
estandes, provenientes de cerca de 80 países, e mais de 40.000 visitantes, que
chegam de 130 países. Ou seja, o mundo todo está aqui.
linda exposição de verduras e frutas |
Azeites
essenciais do Sri Lanka, diferentes tipos de arroz da Tailândia, inúmeros
molhos e massas Italianas, cafés de todas as procedências possíveis, sucos
diversos, queijos, yougurtes, vinhos, carnes, roupas, cosméticos, frutas,
cervejas, grãos os mais diversos, azeites de oliva varietais, chás de toda
ordem. E chocolate, muito chocolate. E o bom é que podemos provar o que
quisermos. Passamos o dia olhando tudo isto, conversando com expositores e
visitantes. E comendo. E bebendo. O bom é que é não engorda, é orgânico...
Me chamou
atenção o foco nos alimentos nutracêuticos. Não é um conceito novo, e é
bastante natural que chegasse ao mundo dos alimentos orgânicos, mas vale anotar
que é uma tendência que se confirma. E é forte também a presença de produtos
livres de glúten, de qualidade, saborosos.
Jocelei Pontel e papinha de bebes, orgânica, |
Claro que
existem considerações menos entusiásticas a serem feitas ao redor da feira, mas
estas ficam para outro momento. Hoje estou de boa, e a feira contribuiu para
aumentar meu otimismo na humanidade. Análises criticas nem sempre são
oportunas.
No fim da
tarde passeamos pela cidade, temperatura em torno de zero grau. É quase uma
praxe dar esta passeada em algum momento do dia, o centro histórico é realmente
lindo. E terminamos a jornada em uma reunião-jantar no restaurante Heilig-Geist-Spital, que significa “Hospital
do Espírito Santo”. É porque o prédio era um hospital na idade média. Bonito,
altivo, construído com pedras e com solidas madeiras em seu interior, ao lado e
com uma parte sobre o Rio Pegnitz,
que corta a cidade.
A Alemanha é
um país muito interessante, mas seu ponto alto definitivamente não está na
culinária. Hoje comemos um prato típico: joelho de porco com chucrute e um tipo
de bolo de batata. Pelo menos também não engorda, é local...
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