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quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Nuremberg, 13 de fevereiro de 2013.

Conversando na Biofach - Jocelei Pontel, Rogério Dias,
Hugo Valdes, Laércio  Meirelles, André Gonçalves,
 Fábio Meirelles

Uma das coisas que comumente ouço quando participo de algum evento sobre Agricultura Orgânica é sobre sua viabilidade técnica ou econômica. Poderá a Agricultura Orgânica alimentar o mundo? Pode-se produzir desta forma em extensões maiores de terra? É possível produzir tomate, maçã, laranja ou morango desta forma? É rentável economicamente? A vontade que tenho quando ouço estas e outras perguntas semelhantes é nem perder meu tempo respondendo e sugerir ao interlocutor comprar uma passagem e visitar a Biofach. Aqui estas falsas percepções sobre o potencial da Agricultura Orgânica são definitivamente enterradas.
Passamos todo o dia visitando a Feira. E visitamos apenas uma quinta parte dela. É de fato é impressionante a quantidade e diversidade de produtos expostos. São 2400 estandes, provenientes de cerca de 80 países, e mais de 40.000 visitantes, que chegam de 130 países. Ou seja, o mundo todo está aqui.
linda exposição de verduras e frutas
Azeites essenciais do Sri Lanka, diferentes tipos de arroz da Tailândia, inúmeros molhos e massas Italianas, cafés de todas as procedências possíveis, sucos diversos, queijos, yougurtes, vinhos, carnes, roupas, cosméticos, frutas, cervejas, grãos os mais diversos, azeites de oliva varietais, chás de toda ordem. E chocolate, muito chocolate. E o bom é que podemos provar o que quisermos. Passamos o dia olhando tudo isto, conversando com expositores e visitantes. E comendo. E bebendo. O bom é que é não engorda, é orgânico...
Me chamou atenção o foco nos alimentos nutracêuticos. Não é um conceito novo, e é bastante natural que chegasse ao mundo dos alimentos orgânicos, mas vale anotar que é uma tendência que se confirma. E é forte também a presença de produtos livres de glúten, de qualidade, saborosos.
Jocelei Pontel e papinha de bebes, orgânica,
Claro que existem considerações menos entusiásticas a serem feitas ao redor da feira, mas estas ficam para outro momento. Hoje estou de boa, e a feira contribuiu para aumentar meu otimismo na humanidade. Análises criticas nem sempre são oportunas.
No fim da tarde passeamos pela cidade, temperatura em torno de zero grau. É quase uma praxe dar esta passeada em algum momento do dia, o centro histórico é realmente lindo. E terminamos a jornada em uma reunião-jantar no restaurante Heilig-Geist-Spital, que significa “Hospital do Espírito Santo”. É porque o prédio era um hospital na idade média. Bonito, altivo, construído com pedras e com solidas madeiras em seu interior, ao lado e com uma parte sobre o Rio Pegnitz, que corta a cidade.
A Alemanha é um país muito interessante, mas seu ponto alto definitivamente não está na culinária. Hoje comemos um prato típico: joelho de porco com chucrute e um tipo de bolo de batata. Pelo menos também não engorda, é local...

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