Vulcão Poás, ao fundo, à direita, nuvens e no horizonte o mar caribe. |
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Parque Nacional Vulcão Poás, foi minha principal atividade do dia de hoje,
minha despedida desta breve semana aqui na Costa Rica. O vulcão Poás é, dentre os quatro que existem neste país (os outros são Irazu, Arenal e Turrialba), o que tem a maior cratera. Tem
1700 metros de diâmetro. Nela se formou um lago, cor turquesa, que tem uma das
águas mais ácidas do mundo, podendo seu ph
chegar a quase zero em algumas ocasiões.
Para ver
este vulcão é importante que o céu esteja limpo, porque pela sua altitude, 2500
metros, é comum que as nuvens impeçam que vejamos o lago. Mas como a vida
costuma me tratar bem, o dia hoje amanheceu lindo e durante o tempo que passei
lá não tinha nenhuma nuvem impedindo a vista. O vulcão está ainda ativo, e do
lago sai uma fumaça com forte cheiro de enxofre. Do local que observamos o vulcão
se poder ver o mar do Caribe no horizonte. Visual de primeira.
Lago Boto |
Ao lado do
Poás tem outro lago, chamado Boto, que é o nome da etnia indígena original
desta área. Os Botos. Lindo também, rodeado de verde. Deste lago podemos fazer
uma caminhada de 1800 metros em direção à entrada do Parque. No meio da floresta,
neste caso um bosque tropical nublado (significa que está sempre cheio de
nuvens), onde pude ver esquilos, alguns pássaros, muitas árvores e algumas folhagens
enormes. Olhem a foto que postei abaixo da folha de uma samambaia.
Raízes aéreas |
A sensação
que tive andando por esta trilha é que a vida aqui fica enlouquecida com a
quantidade de nutrientes originários do vulcão, o sol intenso e a chuva
constante. E brota por todos os lados. Raízes aéreas aos montes, que são mais comuns
em manguezais, onde são usadas pelas plantas para se fixarem melhor no solo
encharcado. Aqui não saquei porque tantas destas raízes, acho que deve ser
principalmente pela umidade do ambiente.
O passeio
me lembrou do Planeta Simbiótico, um livro genial. Escrito por Lynn Margullis,
ela basicamente defende a tese de que a vida se instalou no planeta pela
cooperação e não pela competição. Pela simbiose, um cooperando com o outro. Não
é o mais forte que sobrevive, mas sim aquele que mais se afina com a lógica da interdependência.
No meu passeio de hoje quase pude ver este sentido de colaboração e interdependência presente quase sempre na natureza. Seria legal viver em uma sociedade
simbiótica.
Luz no fim da floresta... |
E de tarde
ainda tive tempo para umas comprinhas pelo centro de Alanjuela, principalmente cafés, já que estou na Costa Rica. Legal
o centro da cidade, bem simpático, passeei pela praça e vi a Igreja. Agora já
estou no aeroporto, daqui a pouco meu voo decola. Faço um pit stop no Rio de Janeiro,
em pleno carnaval e em quatro dias já embarco para a Nuremberg, Alemanha. Não
disse que a vida me trata bem?
Da Alemanha
conto mais.
eu e o vulcão Poás |
eu e o esquilo nos conhecendo |
Praça e Igreja, Alanjuela |
folha de uma samambaia. enorme. |
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