Com amigos, no hotel Oriente, em Curuguaty |
E aqui estou de novo, em mais uma viagem relâmpago, de puro trabalho. E curioso
que por razões diferentes voltei à cidade de Curuguaty, interior do Paraguai, onde já
estive no início de março. Naquela ocasião foi para trabalhar na IALA –
Guarany, e agora vim para um curso, convidado por CEDECO, uma ONG da Costa Rica,
para trabalhar com Cooperativas do interior do Paraguai e financiado por uma organização
Sueca, chamada Centro Cooperativo. Coisas da globalização!
O
curso pretende lançar as bases para um projeto que será proposto à Itaipu
Paraguai, onde Cooperativas de Agricultores familiares, muitos deles assentados
de reforma agrária, buscarão terem reconhecidos os serviços que prestam ao meio
ambiente. Este é um tema da moda, buscar mecanismos onde o cuidado que os
agricultores em geral e os familiares em particular têm com o meio ambiente
seja valorizado. E a Agricultura Ecológica vem junto com este tema, pois óbvio
que sua prática eleva o patamar deste cuidado com o meio-ambiente, já presente
em vários aspectos de uma unidade familiar de produção agrícola. Por isto estou
aqui, falando de Agricultura Ecológica, claro. Os que me conhecem sabem, sou
monotemático.
Sobre
a cidade, nada a acrescentar, mesmo porque cheguei ontem às sete da noite, vindo
por Foz do Iguaçu. São mais de três horas de viagem, e como havia saído de casa
às oito da manhã, fui direto para o quarto, preparar minha prosa e dormir. Hoje
fiquei o dia todo dando o curso e jantei no próprio hotel. Assim, nem vi a
cidade. Menos mal que tive aqui pouco tempo atrás e, como havia comentado, ela
não tem tantos atrativos.
Apesar
de meteórico, valeu. Fiz meu trabalho, comi mandioca frita, tomei tererê e ouvi
o povo falando guarani. Gosto do Paraguai e de sua gente, me sinto totalmente
em casa por aqui. De passagem ainda encontrei um velho amigo que agora é
Vice-Ministro da Agricultura do Paraguai. Vamos ver onde vai dar, existe muita
gente comprometida com a Agroecologia chegando a instancias de poder em vários
países latino-americanos. Sinal de mudança no ar? Não sei, veremos, torço por
isto.
Amanhã
já regresso. Saio às cinco da manhã, vou por Foz do Iguaçu, depois Porto
Alegre, estrada de novo e finalmente, casa, descansar um pouco. Esta semana foi
forte, passei cinco dias em Florianópolis ajudando a organizar o Encontro
Ampliado da Rede Ecovida de Agroecologia, onde reunimos mais de 1000 pessoas,
cheguei em casa sete da noite de quarta e quinta cedinho vim para cá. Pauleira. Mas não
me queixo, tenho o privilégio de só fazer o que gosto.
Vou
dormir, amanhã acordo cedinho. Post sem graça, né? Como diria Ortega y Gasset,
“yo soy yo y mis circunstancias”. As
circunstâncias aqui não favoreciam a escrita, mas resolvi fazer para manter o
acordo que fiz comigo, escrever em todas as viagens internacionais. Espero que
a próxima seja mais inspiradora!
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