Ana e o barco do Greenpeace, no Píer Mauá |
O dia começou com a
leitura do jornal e a má noticia do documento de consenso ao qual se chegou
para ser assinado pelos chefes de Estado aqui na Rio+20. E pior que bradado
pela diplomacia Brasileira como uma conquista, já que nunca antes uma
Conferencia de Cúpula havia começado com um documento já terminado. A
estratégia para se chegar ao consenso foi suprimir ou adiar a decisão sobre os
pontos polêmicos. Objetivos concretos para o Desenvolvimento Sustentável (sigla
ODS), mecanismos para chegar nestes objetivos e sistema de Governança que
promova e monitore esta busca, por exemplo, ficarão para próximos encontros,
com expectativa que em 2015 sejam anunciados. Lamentável.
Hoje passei por
diferentes mundos dos tantos que se encontram aqui na Rio+20. Comecei pelo Píer
Mauá, na zona portuária da cidade, onde existem atividades oficiais relativas à
Rio+20. Seminários e exposições. Mais um bom lugar para perceber os matizes que
considero existem entre as diferentes empresas que incorporam a dimensão
ambiental em seu processo de produção. Não dá para dividir apenas entre as de
DNA Ecosocial e o Grenwashing. Existe
uma estrada de diferentes gradações entre uma e outra, e ter indicadores claros
que coloquem cada uma em sua justa posição é uma tarefa ainda não cumprida.
Enfim, gosto deste tema, eu sei que tenho repetido ele nos meus relatos, mas de
fato é o grande tema da Conferência, a tal da Economia Verde, definida, diga-se
de passagem, de forma bastante vaga no documento final.
Mapa enorme do Brasil, no chão, sensacional |
Depois fui ao Museu
de Arte Moderna, o MAM, no Aterro do Flamengo, onde está ocorrendo uma
simpática feira de produtos da Sociobiodiversidade. Fiz minhas comprinhas,
encontrei alguns amigos, olhei ainda um pouco da Cúpula no Aterro e partimos
para a Marcha dos Povos. Como outras Marchas, com seus potentes carros de som,
umas 30 mil pessoas, fantasiadas, pintadas, carregando cartazes, juntando suas
vozes na expectativa de serem ouvidas ou apenas caminhando com seus grupos.
Pena que não tive tempo para ficar muito, porque deveria ir para um jantar do
outro lado da cidade.
O jantar era anunciado como chique, tinha nome e programação. Chamado Sabor de Mudança, era anunciado como “Um jantar sustentável na Rio+20: transformando agricultura e sistema alimentar para fazer nosso mundo mais sustentável”.
O jantar era anunciado como chique, tinha nome e programação. Chamado Sabor de Mudança, era anunciado como “Um jantar sustentável na Rio+20: transformando agricultura e sistema alimentar para fazer nosso mundo mais sustentável”.
Jantar Sabor de Mudança |
Era
longe, quase fora do Rio, em Vargem Pequena, cerca de uma hora e meia de casa. Depois
de comer e beber, me pareceu uma eternidade. Melhor ir dormir, amanhã tem mais.
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