Aspecto do Palácio, do Castelo de Évora Monte |
Casinhas, dentro do Castelo em Évora Monte |
Feira de Estremoz, aos sábados pela manhã. |
Em Estremóz
começamos por ir à feira que acontece lá aos sábados pela manhã. Mistura
alimentos e antiguidades. Uma boa variedade de produtos, mas o que chamou
atenção foram os queijos locais. Provamos alguns, mas a vontade é comprar
quilos e colocar na bagagem. Sei que vou sentir saudades deles na hora de
colocar uma mesa quando chegar em casa.
Mas ganhei mesmo meu dia foi quando
chegamos ao Castelo de Estremóz. O Palácio foi reformado por D.
Diniz para sua esposa, Isabel de Aragão, também conhecida como a Rainha Santa.
Isabel de Aragão é uma daquelas santas que foi canonizada pelo povo antes que a
Igreja o fizesse. Era muito generosa e muitos milagres lhe são atribuídos. No
mais famoso, diz-se que ela estava distribuindo pães, envoltos pelo seu
vestido, aos pobres, atividade que desagradava ao Rei, seu esposo. Quando ele a
encontra lhe pergunta o que ela tinha no vestido, em tom de leve reprimenda.
Ela responde que eram rosas, ao que ele fala: Rosas em Janeiro? Ela diz que sim
e solta a barra de seu vestido. Rosas caem no chão.
Dizem que a partir daí ele passa a ter mais respeito por sua esposa. Existem outros milagres atribuídos a ela. Mas talvez o maior deles tenha sido selar a paz entre D. Diniz e seu filho, D. Alfonso IV, que estavam na iminência de uma guerra. D. Alfonso IV é pai de D. Pedro I, que quando enviuvou se juntou com Inês de Castro. Após dez anos vivendo juntos, D. Alfonso manda decapitar Inês, sua nora bastarda, por não concordar com a provável oficialização deste matrimonio. D Pedro quase enlouquece sabendo que sua amada foi decapitada pelo seu pai.
Eu com Dona Isabel de Aragão, em Estremoz. |
Dizem que a partir daí ele passa a ter mais respeito por sua esposa. Existem outros milagres atribuídos a ela. Mas talvez o maior deles tenha sido selar a paz entre D. Diniz e seu filho, D. Alfonso IV, que estavam na iminência de uma guerra. D. Alfonso IV é pai de D. Pedro I, que quando enviuvou se juntou com Inês de Castro. Após dez anos vivendo juntos, D. Alfonso manda decapitar Inês, sua nora bastarda, por não concordar com a provável oficialização deste matrimonio. D Pedro quase enlouquece sabendo que sua amada foi decapitada pelo seu pai.
Como uma forma de honrar o nome dela,
D. Pedro I afirma que casou-se com Inês meses antes dela morrer, o que é
confirmado por um Padre. Por isto que em Os
Lusíadas, dela escreveu Camões: “Aquela
que depois de morta se fez Rainha”. O dito popular derivado desta história
e destes versos é: “Agora é tarde, Inês é
morta”
Para quem se interessar, existe um
ótimo livro intitulado Mensagens de Inês
de Castro, escrito pelo Caio
Ramacciotti e com mensagens de Inês
de Castro psicografadas por Chico
Xavier. Vale a leitura, eu já li duas vezes. Falando em Chico Xavier, existe uma linda história
de quando Isabel de Aragão apareceu
numa noite para ele pedindo ajuda na sua tarefa de repartir pão com os
necessitados. Mas esta eu não vou contar aqui. Fica a dica!
Ana, pelas ruelas de Elvas |
Viram porque disse que ganhei meu dia
ao visitar Estremóz? Até o quarto
onde a Rainha Santa faleceu e 300 anos depois foi transformado em Capela nós
visitamos.
E seguimos para Elvas. Tombada pela Unesco, em 2012, como Patrimônio Histórico Mundial,
é uma cidade de fato impressionante. De novo visitamos seu castelo, e andamos
pelas suas ruazinhas estreitas, entre suas casas brancas. Um luxo. Almoçamos em
Elvas, compramos algumas coisinhas locais e visitamos algumas partes dos seus
muros e dois dos vários Fortes que lá existem. Faltou tempo para ver mais. Já
era fim de tarde e resolvemos voltar para Évora, onde rolou um vinho com queijo
no quarto mesmo e fomos dormir. Só para constar: vinho com queijo aqui é uma
opção modesta. No quarto, comprados em feira, é mais barato que um cachorro
quente com coca-cola...
E este foi o dia, ou o que deu para
contar dele. Amanhã vamos para Marvão, mais ao centro do país. Pousada luxuosa, no palácio que D. Diniz mandou construir / reformar para sua esposa, Isabel de Aragão |
Eu e a Dona Eunice, a senhora que abriu a porta da Capela e nos contou tudo sobre a Rainha Santa |
Na Capela erguida no local onde foi seu quarto, alguns milagres atribuídos e ela estão retratados. Este é o das rosas. |
Neste quadro, a Rainha Santa entre seu esposo e seu filho, selando a paz. Os soldados, quando viram que era ela, levantaram as lanças. |
Visual de Elvas, a partir do forte de Santa Luzia. Outra das ruas de Elvas, dentro do Castelo. |
Estrremoz, vista do Castelo |
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