Eu sei que todos sabemos disto, mas ver assim, em quinze dias, em lugares tão diferentes me faz realizar mais claramente: o mundo será deles. Quando um estado, com o tamanho do chinês, com a organização, planejamento e paciência cultural que os caracteriza, participa do jogo do mercado livre, não tem como segurar... Esta é para mim e a grande sacada deles, eles não interveem no mercado, eles participam. O lojista chinês de Cuenca não chegou lá à toa. Foi beneficiado por uma política do governo chinês, de incentivo a este tipo de atividade. Subsídios, facilidade de importação, sabe-se lá mais o que. Se uma fabrica de carros chineses se instala no Brasil, com uma considerável rede de concessionárias, preços competitivos, etc., esta não é apenas uma ação da iniciativa privada, mas parte de uma decisão de estado. E que Estado! Minha frase de suposto efeito neste caso é: quando vier o imperialismo chinês, teremos saudade do Bush...
Voltando a Toronto, depois do bairro chinês vim aqui procurar o tal mercado da Kensigton. Ainda não achei, pois parei aqui em um café, precisava de um double expresso. A origem era colombiana e estava bom. Não excelente, mas bom. Enquanto escrevo aqui no café desfilam chineses pela calçada, entremeados com negros, indianos, brancos, e o que mais existir. Sim, definitivamente a mescla aqui é grande, Toronto de fato tem muitas caras. Vou procurar o tal mercado. Ah, sim, antes que me esqueça, acabei de achar uma loja de produtos orgânicos, bem legal. Comprei chocolates, claro, cookies, de chocolate, claro, suco e um macarrão instantâneo, para momentos de emergência no quarto...
Agora já estou no quarto, são quase dez da noite. Vou dormir. Caminhei muito hoje. Quando acima disse que não estava ainda no mercado, é porque eu não sabia o que estava procurando... na real não é um mercado é a tal rua Kensigton e seus arredores cheia de lojinhas, chiques e/ou alternativas, indianas, tibetanas, brechós. Vários restaurantes e cafés que servem desde um expresso até uma pupusa, de comida tibetana a tamales, de shushis a tacos!
Ah, e não era macarrão instantâneo, era arroz indiano...
Fui, amanhã tem aula.
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