Feira dos agricultores - Tegucigalpa |
Ontem e hoje foram um pouco repetitivos, por isto resolvi escreveu só um
post. Reuniões para tentar entender
em que pé anda a agricultura orgânica no país e buscar identificar o potencial
e caminho para se estabelecer um mercado interno para estes produtos. A pobreza
do país, com quase 70% da população vivendo com menos de um dólar por dia não me
estimula a pensar a agricultura orgânica por aqui como uma oportunidade de
mercado. Acho que o viés é mais da produção do próprio alimento com autonomia. Por
aí vai ser o meu relatório desta consultoria.
Às vezes tenho a sensação que os países centro-americanos copiam ou se
deixam influenciar pelo pior da sociedade norte-americana. Comidas rápidas, shoppings,
business at all, pick-ups e trucks. Mas o alternativo, em todos os
sentidos, o orgânico, o culto ao local, o sentido de vizinhança, o sentido de
cidadania, que existe nos EUA, ficam de fora. Sei lá, possivelmente estou
falando bobagem.
Bom, entre uma reunião e outra, nenhum entretenimento, exceto a comida.
Almoçamos os dois dias no restaurante Azulejos,
que fica no hotel Intercontinental. Cozinha internacional, correta, ambiente
agradável.
Feira de Villa Nueva, Tegucigalpa |
O diferente ficou por conta do fim da tarde de hoje, quando fomos a duas
feiras. Uma da Villa Nueva, onde
passamos rapidamente. E depois na feira dos agricultores, como chamam a maior
aqui de Tegucigalpa. Show de bola. Muito popular, cheia de gente, produtos de
toda ordem. Profusão de verduras, frutas, carne, peixe, cheiros, cores, formas,
sabores, caras. Realmente muito legal. Nunca vi uma feira tão grande, ainda
mais noturna. Funciona toda sexta de tardinha/noite e sábado o dia todo, muito
perto do Estádio Nacional. Ainda comi um tamal com recheio de frango muito, muito
saboroso. Valeu a passada por aqui, mais do que todas as reuniões que tive.
Definitivamente feiras populares são o meu nicho ecológico.
Alugamos um carro hoje e neste fim de semana viajaremos uns 500 km, do
sul ao norte do país, visitando fincas
orgânicas e se tudo der certo, a ruína Maia de Copan, uma espécie de Machu Pichu de Honduras. Imperdível, é o
que todos dizem.
Valeu ter conhecido Tegucigalpa, pelo menos agora não esqueço mais o
nome da capital de Honduras. Valeu, mas não recomendo para uma temporada de
férias. Não é tão atraente.
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