Restaurante Delfin, Puerto Cortez. Honduras |
Estou aqui em um confortável quarto de hotel, o Boutique La Cordillera, em San Pedro de Sula, cidade que responde
por mais de 50% do PIB do país. Honduras é um dos países mais pobres da América
Latina. Setenta e cinco por cento da sua população vive abaixo da linha de
pobreza. É também um dos pontos mais críticos do planeta no que tange às
mudanças climáticas, estando sujeito a fortes chuvas e ventos. Para completar o
quadro, o narcotráfico usa o país como corredor entre o norte e o sul do
continente. Difícil situação.
Agradável bar do Hotel Cordillera. Aí fiz meu relatório. Trabalhar pode ser agradável... |
Hoje o dia foi reservado para viajar para cá, onde pego o avião amanhã
cedo para Lima, e preparar o relatório desta consultoria. Sempre melhor deixar
pronto, depois que voltamos para casa normalmente entramos em outra energia,
fazer os relatórios fica muito mais complicado. Demorei uns 20 anos para
aprender isto... mas a vida é assim né? Sabemos mas não fazemos. Adoro uma cena
do excelente filme argentino Lugares
comuns, quando o personagem principal, se referindo à sua esposa, fala: “Lili diz que a gente sabe, mas se esquece
que sabe”.
Ainda arrumei tempo hoje para ir comer uns camarões deliciosos em Puerto Cortéz, cidade no extremo norte
do país, ou seja, no oceano atlântico. Segundo li, Puerto Cortez é o maior porto
da América Central. Como outras cidades portuárias, é muito movimentada,
transito intenso de carros e caminhões e uma praia nem tão bonita assim. Valeu
ter ido, não apenas pelo Restaurante Delfin, onde comemos, mas também pela
estrada, 60 km envoltos em uma típica paisagem caribenha, vegetação exuberante,
sol forte, calor úmido.
Típica comida campesina: arroz, feijão, carne de porco. |
Para fechar minha estadia aqui, fomos jantar em mais um restaurante
típico, o Casas Viejas. Comi leitão
assado. É que de noite não acho legal comida muito pesada. Falo muito em
comida, coloco fotos, mas ando comendo pouco. Devo ter emagrecido mais um pouco
nesta viagem, além dos dez que já havia perdido nos últimos meses.
Fico por aqui, me despedindo de Honduras. Gostei. Do lugar e das
pessoas. E do café. E vi pouco, parece que tem muito mais, quando a vida me der
uma chance, volto.
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