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quarta-feira, 6 de julho de 2011

Guatemala - 05 de julho de 2011.

Praça Central - centro da Cidade de Guatemala
       Não conhecia Guatemala. Bem, sigo sem conhecer, mas pelo menos agora estou aqui, em um quarto de hotel, situado no Paseo de la Sexta, na  Zona 1, que equivale ao centro histórico da Cidade de Guatemala, que é como se chama a capital do país.
          Estou aqui a trabalho. O fato de não conhecer uma país é quase decisivo na hora de aceitar um convite para determinado evento, consultoria, curso. Às vezes esqueço-me de outros fatores, como tipo de trabalho ou remuneração, pelo desejo de conhecer um lugar onde não estive antes. A avidez pelo novo está no sangue. Uma avidez conservadora, confesso, mas está aí.
      Entre amanhã e quinta-feira, portanto por três dias, participo de um evento, convidado por uma organização Alemã de cooperação internacional chamada EED. O Seminário reunirá membros da equipe e parceiros da EED para discutir um tema relativamente de moda: Territorialidade. Eu sei, para quem não é da área pode não parecer tão de moda assim... afinal, de moda mesmo está a Lady Gaga...
Lobby do Hotel Royal Palace
        Não tive tempo de ver muito. O hotel se chama Royal Palace, e é destes antigos, com um bonito lobby, à moda “colonial”, o que significa com uma arquitetura fortemente influenciada pelo colonialismo espanhol. Mas ao menos pude dar uma caminhada pelo centro, indo até a praça. Me contaram que ele vem sendo revitalizado. Achei legal, mais ou menos limpo, algumas casas e pequenos prédios bonitos. Claro, centro de uma cidade pobre, muita gente, com lojas que seja o que for que vendem estão em eterna liquidação, restaurantes com seus pratos executivos por preços acessíveis, cantores de rua (indígenas que cantavam “Have You Ever Seen The Rain?” - viva nosso continente), oradores de Bíblia na mão, pedintes. Não faltaram alguns cafés, que por sinal aqui da Guatemala podem ser de excelente qualidade.
      A praça central se chama “Plaza de Armas”, como em quase todas as cidades de colonização espanhola. Não dá para chamar de bonita, mas legal de ver, muita gente, comércio, Igreja e alguns prédios importantes cercando a praça.
         Mas o ponto alto do dia foi o jantar, ou melhor, a conversa ao redor do jantar. Um pequeno grupo, com três alemães, um austríaco, um Costa Riquenho e uma Guatemalteca. O cardápio de assuntos, variado: União Europeia, multiculturalismo, obrigações extraterritoriais e universalidade ou não da Declaração Universal dos Direitos Humanos foram alguns dos temas tocados. Aprendi muita coisa interessante, como por exemplo, que na Universidade de Viena, no curso de direito, já tem uma matéria sobre Direito Muçulmano. Vinte por cento das pessoas que moram na Áustria hoje são muçulmanos, e o direito que os rege não é o mesmo direito no qual a Europa se baseia. E aí? Deve o direito ser um só? Ou como pode ser a convivência entre diferentes “Direitos”. Legal né? Eu pelo menos achei.
       Bom, vou dormir. Amanhã de manhã, já que tenho livre, espero ir a Antígua, antiga capital do país, tombada como Patrimônio Mundial da UNESCO.

Sexta avenida, única Rua de Pedestre da cidade de Guatemala

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