Homem, controlador do Universo, Mural de Diogo Riveira |
Passamos
o fim de semana matando as saudades, caminhando e visitando alguns lugares. Viajar para o
México é o sonho de muita gente. Em apenas dois dias passeando pela capital é
fácil compreender por que. Não apenas pelo que vi, mas sabemos que uma
caminhada pela capital sempre te deixa pistas sobre o país, através da
arquitetura, das comidas, museus, conversas, ou mesmo folhetos, propagandas,
cartazes, leitura de jornal.
Centro da cidade, casa dos azulejos. |
Começamos
ontem com um delicioso café da manhã, que acabou sendo a refeição do dia. No
Café Tacuba, (cafedetacuba.com.mx)
que fica no centro da cidade, na rua do mesmo nome. Que lugar! O local é uma
casa, linda, onde os cômodos fazem o papel de salões do restaurante. Ficamos no
salão que leva o nome de Sala da Virgem. Nas paredes, esculturas em tamanho
quase real de umas oito imagens de diferentes aparições da Virgem Maria,
adornadas com pinturas de rosas vermelhas nas paredes. Desayunamos Chilaquiles con frijoles e Molletes con frijoles y queso. Tomamos água de hibiscus, aquí chamado
Jamaica. Pensa... Muito bom! Terminamos com um expresso para ocidentalizar
um pouco o menu.
Café da manhã luxuoso... um almoço! |
No
canto da sala, na parede, encontramos um desenho de uma Santa e ao lado escrito:
Hermana Clarisa, nuestro querido fantasma
protector. Cuenta la leyenda
que ella atendió y cuidó a las mujeres que permanecían internadas en el primer
hospital para enfermas mentales durante la época colonial. Dicho inmueble ocupó
parte del predio donde actualmente se encuentra el Café de Tacuba. Su
alma “convive” con nosotros… Acho que além da comida, também pela presença desta protetora
gostei tanto do Café Tacuba. Pedi a
minha anfitriã para me levar lá amanhã de novo.
Depois
do café, praticamente um almoço, fomos na Casa Azul (museofridakahlo.org.mx),
lugar onde nasceu e viveu esta artista que se tornou uma espécie de símbolo do
país. Um dos seus quadros se tornou famoso por ser considerado uma exaltação à
vida, mesmo com todas as dificuldades pelas quais ela passou na sua existência.
Viva la vida virou até título de hit
musical e rodou o mundo! A obra joga com verdes e vermelhos de melancias, inteiras
e cortadas sobre a mesa, onde em uma
delas está escrito o nome do quadro, datado e assinado.
Praça de Coyoacán, sábado pela tarde. |
Depois
de me emocionar com a Frida, fomos passear no próprio bairro onde ela nasceu, Coyoacán, onde a seguimos vendo por
quadros, citações e artesanatos. De Coyoacán
fomos para a Zona Rosa, já no centro da cidade, e de lá caminhando até o hotel.
Hoje
fomos ao bosque de Chapultepec. Passamos
o dia lá. Achei a maior viagem, acho que não vimos 20% do que tem para ver.
Lugar realmente encantador. Nos concentramos em ver, parcialmente, o MAM, o
Castelo e o Museu de Antropologia. E de quebra passear pelo parque, ver a feira
repleta de artesanatos de gosto duvidoso, máscaras de lutadores de luta livre,
bancas vendendo mágicas e comidas, muitas comidas. Comemos apenas Esquites, milho cozido ou assado,
servido em um copo plástico, com limão, maionese ou um molho local, sal, queijo
e claro, pimenta. Aqui tudo tem pimenta. Pode ser batata frita, amendoins, milho
ou sorvete, não importa, tudo tem pimenta.
As Duas Fridas. |
No
Museu de Arte Moderna me emocionei ao ver um dos quadros mais famosos de Frida Kahlo, As duas Fridas, além de dezenas de outras obras de artistas como Diego Rivera, Orozco e Siqueiros.
No Castelo de Chapultepec funciona o Museu
de História Nacional. Tive uma bela aula de história Mexicana pós Colombo, a
invasão espanhola, os seus impérios, suas guerras, repúblicas e revoluções.
E o
Museu de Antropologia foi o melhor do dia de hoje. Que impressionante! Segundo
Helena, foi eleito este ano o melhor museu do mundo, pelo tripadvisor. Um passeio didático e envolvente por estas incontáveis
culturas que são a base da cultura e história deste país. Sai de lá com a
sensação de haver visto um caleidoscópio de culturas que se entrecruzaram nesta
parte do mundo, concomitante e sucessivamente. Mexicas, Teotihuacan, Maias, Oltecas, Tarascos, Hohokam, Mogollón, Itzáes, Anasazi, etc, etc. Um tremendo sabor de
quero mais, de realmente poder usar dois dias para poder desfrutar de todas as
informações, peças originais, maquetes e réplicas de cidades, templos e
estátuas.
Terminamos
o findi com chave de ouro, em um excelente restaurante espanhol que se chama Gaudi, e fica no Hotel Imperial, perto do Sevilla Palace, onde nos hospedamos. Comemos bem, muito bem.
Eu e Helena na Casa Azul. |
Jardins do Castelo de Chapultepec |
Réplica de um lugar cerimonial Mexica |
Réplica do mercado de Tlatelolco, Cidade Mexica que chegava a reunir 30 mil pessoas. |
Doces na Feira do Bosque de Chapultepec |
Oi Laercio,
ResponderExcluirMuito bom ler seu relato - tão vivo e recheado de detalhes que me senti de volta à Cidade do México, quando fui visitar Helena!
Infelizmente não fui a Chapultepec e ao Museu de Antropologia, pois estavam fechados devido ao feriado!
Mas quem sabe vamos juntos e ainda levamos o Dani, para rever e ver o que ficou faltando?
Que sua viagem continue seguindo bem, mesmo agora com o coração apertado sem Helena!
Bj
Acho que a Ana está com toda razão! Vcs tem que voltar ano que vem! Ou quem sabe não visitamos juntos outro lugar pra ter mais assunto pro blog? Beijos
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