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Um visual da reunião, com uma panorâmica - detalhe das mangueiras!!! |
Ontem
fomos novamente ao campo, onde vistamos algumas machambas e participamos de uma reunião feita por um extensionista
local sobre a elaboração e uso de bio-inseticidas. Neste caso feito a base de piripiri
(pimenta).
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Paixão 1 - mulheres rurais e Maputo e suas capulanas |
Foi
a maior reunião da qual eu participei até o momento. Teve musica e dança de boas
vindas, oração no início e no fim da reunião, rápidas intervenções por parte de
alguns extensionistas. Ainda foi feito e aplicado o bio-inseticida e dois
agricultores com experiência na produção saudável de hortaliças (como eles tem
chamado aqui) deram seus depoimentos, na melhor expressão da metodologia campesino-campesino. Eu mesmo só fiz
observar e falar 5 minutos sobre nossa experiência, mais para os interessados
nesta tal produção saudável. Ou seja, ganhei muito mais do que eventualmente
dei...
Um
dos detalhes legais desta reunião era o local. Uma área que formava tipo um
pátio, embaixo de umas vinte mangueiras, entre umas muito grandes e outras nem
tanto. Que sombra, que ambiente legal.
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Paixão 2 - mulheres rurais e Maputo e suas capulanas |
De
tarde, depois de um tempo de escritório fui com a coordenadora do projeto com o
qual estou trabalhando aqui, Emmanuelle, à casa de um casal, ele alemão, ela
brasileira, que queriam conversar um pouco sobre agroecologia. Como a casa era
ao lado do Jardim dos Cronistas,
fomos jantar no Campo de Fiori,
segundo alguns o melhor restaurante Italiano de Maputo. Bem agradável.
E
hoje foi o dia todo no escritório, já finalizando minha missão por aqui, elaborando
relatórios e preparando as duas apresentações que devo fazer amanhã, no
Seminário que eles prepararam como o ponto alto da minha estada aqui. É o
momento onde eu deverei fazer sugestões para o avanço do trabalho de produção, comercialização
e certificação dos produtos orgânicos, ou algo similar a isto, que vem sendo
desenvolvido aqui na área rural de Maputo.
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Reunião sobre produção saudável |
Ainda
tive tempo para de novo ir andar no centro da cidade (na baixa), e ver o comércio popular. Muitos, muitos ambulantes. Aliás,
nunca vi um lugar com tanto comércio informal, e olha que já estive na Bolívia
e no Marrocos... Boa parte destes ambulantes vendendo roupas e sapatos, tanto novos
como usados. Pelo que entendi doações humanitárias se transformam em
mercadorias de comércio, às vezes dentro, às vezes fora do previsto. Mas não
tenho certeza, mesmo os locais não me explicaram isto bem.
Fim
do dia, com uma bela lua, fui de novo ao Assador Típico,
restaurante, já comentei aqui, onde comi um belo camarão com alho e óleo. Repeti a dose
hoje. O bom foi que sentei numa mesa para seis pessoas, e como o restaurante é
pequeno, logo pediram licença e sentaram comigo três homens, dois pretos e um
branco. Um médico sanitarista, um advogado assessor do ministro da educação e o
outro, o branco, estava bêbado demais para falar algo que não fosse a expansão
do universo e a falsa idéia que ele é redondo, quando na verdade
é plano. Mas este encontro foi uma sorte, tivemos um bom papo, pude me inteirar
mais um pouco sobre coisas desta terra que cada dia me encanta mais. Reforço a idéia
que estou fazendo de Maputo como, surpreendentemente, ao menos para mim,
cosmopolita.
E
o camarão alhinho estava outra vez delicioso.
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Um produtor dando seu depoimento sobre produção saudável |
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outra panorâmica da reunião |
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Paixão 3 - mulheres rurais e Maputo e suas capulanas |
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O extensionista demostrando o uso de bio inseticida |
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Paixão 4 - mulheres rurais e Maputo e suas capulanas |
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Paixão 5 - mulheres rurais e Maputo e suas capulanas |
Fantástico!
ResponderExcluirQue cobiça ... ou inveja boa, como equivocadamente dizem sobre o desejo de TAMBÉM ter aquilo que o outro tem!
Siga bem!
Ana Luiza
O que são as capulanas? Tecidos coloridos? São caros?
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