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domingo, 23 de junho de 2024

Nampula e Maputo, 20 a 22 de junho de 2024

 

Jantar de despedida, equipe da Abioedes e Essor

E termina minha estada no continente mãe. Fiz as contas, é a décima primeira vez que venho trabalhar aqui. Sou encantado com essa parte do planeta. Paisagem, pessoas, culturas, ritmos, cores. Um espetáculo! Sou da tese que a humanidade tem uma dívida com esse continente, ao menos boa parte dela. 

Eu e a Piedade!
Os brancos, principalmente europeus, e seu colonialismo nefasto, produziram pobreza financeira onde existia e existe tanta riqueza natural. Mas as coisas têm seu tempo e a história sua dinâmica. Tenho lido, e minha intuição tende a concordar, que o século XXII será da África. Pela explosão demográfica, enquanto outras partes do mundo estão envelhecendo, o continente africano está rejuvenescendo. Só andar por aqui e ver a quantidade de crianças podemos perceber que assim será! A baixa expectativa de vida, um problema que chega a ter caráter humanitário, joga a favor da juventude do continente. Tem outras razões que são apontadas para essa supremacia africana em um futuro de médio prazo. Acho ainda que os tempos ambientais, difíceis, privilegiarão os que conhecem dificuldades.

Vir a Maputo 4 vezes em dez anos e ver como mudou, para melhor, reforça a ideia de uma outra realidade em futuro já nem tão distante.

Sobre esses meus últimos doze dias, foi muito bom rever aqueles com quem já havia trabalhado em Maputo e conhecer as pessoas e organizações de Nampula. Um Seminário sobre SPG, onde falamos muito de agroecologia, foi uma bela oportunidade para ter uma visão do que anda acontecendo por aqui!

Capulanas 

Comi muito bem. No Restaurante Zambi e no Galaxy em Maputo e no Hotel Millenium em Nampula. Comida local (destaque para a Matapa), indiana e portuguesa.

Hoje de manhã a Coline, da Essor, minha contratante aqui, me levou para comprar capulanas. Uma viagem… de diferentes qualidades, cores, texturas, sempre muito vivas. São centenas e centenas, só entrar nas lojas já é uma aventura, me sinto numa espécie de museu dos tecidos ou em algum outro tipo de ponto turístico. Ver as mulheres comprando também é muita onda, a forma como escolhem, as fotos que tiram, como discutem usos e possibilidades. As lojas onde fomos são uma espécie de atacado, as pessoas também compram para revender nas ruas da cidade ou em outras localidades.

Depois destas compras, na hora do almoço vim para Maputo. Durmo aqui hoje no excelente Hotel Avenida, uma espécie de prêmio que me dei por tudo ter corrido tão bem, e amanhã embarco rumo a casa, passando por Johanesburgo.

Esse ano não tenho nenhuma outra viagem internacional programada. Veremos se assim será! Se rolar, conto por aqui!

Ponto de vendas em Nampula

Reunião com uma cooperativa agroecológica

Legal ver um texto meu assim!

Eu e o Jordan!



Seminário sobre SPG e Agroecologia

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