Fim de tarde, Praça Central, em frente ao Mercado 9 de outubro, Cuenca |
Ontem, domingo, trabalhei até às 13h30min, quando então terminei minhas
aulas com o Mestrado. Aí, com a agradável sensação de dever cumprido, fomos
almoçar juntos, alguns alunos e eu, em um lugar popularmente chamado de
cuchilandia. Cuchi vem de porco, este lugar está portanto cheio de restaurantes
muito simples, que vendem carne de porco, preparada de diferentes maneiras. A
casca do porco é retirada com ele ainda inteiro, recém-assado. Também se vende
carne de porco assada, frita e chouriço. Tem para todos os gostos:
Com alunos do mestrado, na Cuchilandia! |
Os pratos vêm acompanhados de milho cozido, tortilla de batatas, milho torrado e salgado. A pimenta vem à parte, para ser colocada à gosto. Bem popular, são vários lugares que vendem
isto durante todo o dia, todos os dias. Se pode optar tanto por comer ali quanto por levar para casa. Gostei muito de ter ido, ê difícil eu me cansar de comida
local.
O domingo terminou entre uma breve caminhada pelo centro, descanso e
preparar minha palestra de hoje. Estava cansado. Na real ainda estou, o evento
esta manhã foi longo, falei por duas horas entre palestra e debates, sobre os
desafios da Agroecologia na América Latina. Os títulos vão mudando, mas a prosa
é sempre parecida. Falar mal do modo de produção no campo que é baseado em agrotóxicos
e transgênicos e vender as vantagens da produção com base na Agroecologia.
Depois do trabalho e de algumas conversas, às quatro da tarde eu estava
livre e comemorei com um crepe com sorvete, chantilly, banana e morango. Não se
assustem, tá tudo bem, depois tomei um expresso sem açúcar, ficou tudo
zerado. Este postrezito foi num
café muito charmoso que fica numa das esquinas da Praça das Catedrais, chamado Frutillado. Ainda tive tempo para fazer
o que mais gosto: caminhar a esmo! Acabei
indo a um centro de artesanato perto do Mercado 9 de outubro onde estive no
primeiro dia. Claro que não resisti e voltei ao mercado para tomar um suco de coco. Espetacular!
Palo Santo sendo queimado |
Deixa-me contar algo. Nos lugares de comércio mais popular, como por
exemplo ao redor deste mercado, é comum vermos no chão uma lata com um pedaço
de uma madeira chamada palo santo
queimando e exalando um odor característico, parecido com um incenso. É para
proteger o local, trazer boa sorte e atrair clientes. Assim me explicou o
vendedor de uma barraca que usa esta estratégia de marketing. Achei curioso e
encontrei na net que palo santo
significa madeira sagrada, assim
denominada pelos Incas. Era muito usada para limpeza dos ambientes e pelos seus
Xamãs em rituais, como forma de facilitar o contato com seus Deuses. A presença
dos Incas ainda é muito palpável em boa parte dos Andes.
Claro que comprei palo santo
para levar para casa... Eu que não sou louco de duvidar do que diziam os Xamãs
Incas...
No início da noite voltei à Calle Larga, o point da cidade, para relaxar e passear um pouco. Agora ainda tenho que corrigir prova e dormir.
Amanhã rola um evento de manhã com jovens campesinos,
de tarde uma saída a campo e no final do dia está programado viajar umas quatro horas até Riobamba. Vai ser pauleira, ainda bem
que sou garoto...
Uma IPA bem tirada na "La compañia" cervejaria artesanal em frente a Igrela La Merced |
Muito show!
ResponderExcluirAdorei a parte vegetariana do seu almoço - pra que o "cuchi"?
Sigo com vontade de ir a Cuenca!
Saludos,
Ana