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Parlamento de Budapeste, visto, à noite, do Danúbio |
Para
sair de Cracóvia para Budapest a melhor solução que encontramos foi ônibus. Da
FlickBus, uma companhia que tem, de certa forma, cumprido o papel que os trens
já tiveram por aqui, de conectar o continente. Sim, ainda tem muito trem na
Europa, mas em várias partes a FlickBus funciona melhor e, principalmente, mais
barato. Foi o caso desta viagem de Cracóvia para Budapeste. Legal viajar um
pouco pelo interior da Polônia, cruzar quase toda a Eslovênia e ainda pegar um
trecho do interior da Hungria. Foram sete horas e meia no total e, apesar de
não ser um ônibus muito confortável, é bom o suficiente e a viagem correu muito
bem!
Memorial 'sapato às maergens do
Danúbio, lembrando os juedes
que foram mortos ali.
Em
Budapeste, fomos da estação direto para o hotel, de Bolt. O Pullman Budapeste é
super bem localizado, desses hotéis com um bar legal no lobby, bom restaurante
e muitos restaurantes interessantes por perto. Por ali mesmo bebemos e comemos
algo, julgamos que era tarde para sair.
No
dia seguinte, segunda-feira, uma super caminhada. Começamos com um passeio da
Civitatis, gratuito, mas com gorjeta obrigatória. Portanto, nem tão gratuito
assim. Mas é sim, barato, costuma se dar de dez a quinze euros por pessoa.
Andamos por alguns pontos importantes do lado Peste da cidade, ouvimos algo da
longa história do país e colocações sobre alguns monumentos. Acho interessantes
essas visitas, acrescentam, mas são informações demais, me deixam meio zonzo!
Budapeste
é a última escala do nosso roteiro. Passamos por Milão, Veneza, Helsink,
Tallinn, Riga, Cracovia e Budapeste. Lugares muito legais, intermediados por
passeios no interior de alguns países, nos trechos que cruzamos de trem, ferry
ou ônibus. Detalhes estão nas crônicas anteriores, mas ao final deste post vou
colocar a minha lista das cidades preferidas desta trip.
O
que falar sobre Budapeste? Acho que não vou descrever tudo que ouvi sobre os
lugares que fomos. Vou só citar alguns, brevemente. Dos pontos considerados
obrigatórios, do lado Buda passeamos no Castelo de Buda, no Bastião dos
Pescadores, na Igreja de Matias, no meio, ou seja, no rio, passados pela Ponte
das Correntes e fizemos o passeio noturno de barco pelo icônico Danúbio (muito
legal). Do lado Peste, mais concorrido, vimos, por fora, o Parlamento,
visitamos a Igreja de São Estêvão (linda, mas, para minha decepção, dedicada a
um rei guerreiro, não o santo que aparece no ato dos apóstolos), fomos ver a
estátua da Imperatriz Sissi, visitamos a praça da liberdade, que já foi uma
prisão, e caminhamos pelo bairro judeu. Tudo muito bacana. Dos locais menos conhecidos,
adorei visitar a Igreja de Santa Isabel de Hungria. Ela é tia da Rainha Santa
de Portugal e também lhe é atribuído o “milagre das rosas”. Não conhece? Pois
dizem que, apesar de admoestada pelo Rei, que a proibiu de levar pães para
serem distribuídos aos pobres, ela continuou fazendo e afirmou, quando pega em
ato flagrante, que não eram pães e sim rosas. Ante o descrédito do rei,
desdobrou a barra do vestido e caíram rosas, surpreendendo ao seu séquito que
sabia que ali ela levava pães. Adoro essa história!
O lado 'simples' de
Budapeste.
Mas
o mais legal em Budapeste foi caminhar um pouco fora dos pontos mais
movimentados. Que cidade linda! Vê-la nesses lugares onde os turistas têm menos
interesse em ir é ver a cidade no seu estado mais puro, como que sem maquiagem,
em alguns locais com um ar de certa decadência que lhe confere um ar, por assim
dizer, mais humano. Sim, a Budapeste Imperial e a Budapeste das pessoas comuns
são igualmente bonitas, cada uma do seu jeito, vale muito a pena ver as duas.
Para vocês terem uma ideia, caminhamos 20 quilômetros por dia, nos três dias
que passamos inteiros na cidade.
A
culinária é diversa e come-se bem, muito bem. Além da cozinha húngara,
restaurantes de todas as partes do mundo, afinal Budapeste está entre as dez
maiores cidades europeias. Nos perdemos um pouco no meio da oferta de comidas,
nos enganamos em alguns horários e opções, então no fim só provamos a sopa
goulash e a sopa de pescados, além de detalhes locais no café da manhã. Aliás,
eu tenho que aprender a não tomar mais café da manhã em hotel, por sinal
delicioso, pois me limita para provar comidas locais ao longo do dia. Comemos
duas noites no próprio hotel, uma por opção e outra porque o restaurante
húngaro que havíamos focado fechou mais cedo do que imaginávamos.
Agora, quero comentar sobre outros dois lugares que fomos: o mercado central, lugar típico e quase obrigatório para os turistas. Achamos muito interessante, vale bem a visita.
E o
mercado Lehel. Um pouco fora de mão, mas se justifica porque é muito
interessante. Menos souvenires, mais comidas, preços mais baratos, adoramos ver
um pouco do funcionamento e ofertas de um mercado frequentado pelas donas de
casa. Ah, é em uma estação do metrô, então fácil de ir, caso não te convenha ir
caminhando.
Acho
que não vou contar mais detalhes de Budapeste. Para compensar vou pôr mais
fotos abaixo deste post.
Por último, não quero deixar de dizer que, na igreja de São Estêvão tem um pequeno relicário onde está exposta, à vista de todos, a mão incorrupta do Rei Estevão, tão importante na história da cidade e para a qual foi erguida sua basílica mais monumental. Esse é um dos milagres atribuídos a ele, ter sido seu corpo encontrado incorrupto séculos depois do sepultamento.
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Mão incorrupta do Rei Estevão. |
Muito interessante de ver, vou por uma foto aqui ao lado.
Para terminar, quero dizer que foram 21 dias de uma excelente viagem.
Viajei a vida
toda, muito, à trabalho, sinto que estou aprendendo a viajar por puro passeio.
É bem diferente. Uma das minhas tentativas é fugir um pouco das armadilhas que,
naturalmente são feitas para aproveitar esse negócio altamente lucrativo que se
tornou o setor de turismo. Me incomoda a tentativa de transformar tudo em uma
espécie de parque temático, com um colorido e uma vibração que me soam
artificiais. É como se a Disneylândia fosse a referência para tornar-se
atrativo e ser visitado. Às vezes é até meio triste de ver a multidão visitando
os lugares quase só pela foto, dando check em atrações como quem cumpre uma
obrigação.
Não
foi por outra razão que incluímos Helsinque e duas capitais de países bálticos
neste roteiro, para fugir do turismo de massa. Deu certo, adoramos esses
lugares, mas gostamos também de ver pontos clássicos, que tampouco são
clássicos por nada!
Finalizando,
vou colocar o que prometi, a lista com as cidades que visitei, em ordem da
minha preferência. Bem subjetivo: Laércio, você pode passar uma semana,
passeando, aonde você iria?
1.
Tallinn
2.
Riga
3.
Helsinki
4.
Budapeste
5.
Veneza
6.
Milão
7.
Cracóvia
Por
quê? Lendo meus blogs de cada uma destas cidades você perceberá por quê.
Bem,
quase em casa! Daqui a pouco, partimos para Malpensa, dormimos em um hotel ali
mesmo, perto do aeroporto, o Tribe, amanhã regressamos para São Paulo, dormimos
em Porto Alegre e seguimos para Torres. Qual será a próxima? Não sei…, mas, de
onde for, conto algo!
Sebo, em Budapeste. Ponde das correntes, sobre o Danúbio Sorvete servido em ãor e a Basílica de São
EstevãoBasílica de São Estevão
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Uma das minis estátuas de Budapeste Ficou curioso? Busca na net! |
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Ópera.Linda demais! |
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Festival de vinho na Praça da Liberdade. |
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Ruas de Budapeste! |
Cafézinho na rua - um tiramisú... |
Igreja de Santa Isabel. |
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Danúbio e o lado Peste, visto do lado Buda. |
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Paradinha no lado Buda. |
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Mercado Central |
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