| Musikverein |
Vou começar o relato do dia pelo fim do dia, onde estamos agora. No Wein Co. (Companhia do vinho), um
mercado especializado em vinhos. Vinhos de todos os lugares do mundo. O legal é
que se pode comprar, pagar uma pequena taxa e tomá-lo no próprio local, em um
ambiente bastante agradável, descolado.
| Wein Co. |
E com algo para comer, se você quiser
companhia para o vinho. Estamos aqui, Ana e eu, de boa, entre conversas,
leituras e escritos. São dez da noite e acabamos de assistir um concerto de música
clássica. Estamos na capital da música clássica, não podíamos perder a
oportunidade. Numa das principais salas de música de Viena, da Musikverein. Quatro violinos, um
violoncelo e no segundo ato um piano. Acústica perfeita, obviamente nada de
microfones ou caixa de som. De fato, a música clássica nos leva a outra
dimensão.
Este concerto foi outra escolha da Bárbara, a
amiga da Ana que ontem mencionei que vive aqui há dez anos. Ela é musicista
profissional e claro que escolheu um concerto de primeira para irmos. Venho de
um país onde quem está fazendo sucesso é Wesley Safadão e que tem como boa as
canções do Luan Santana. Claro que temos ótima musica também, mas pouca tradição em musica clássica, ao menos até onde sei. E segundo meus filhos, meu gosto musical é duvidoso... Assim, preciso de uma dica profissional para saber o que é
boa música.
| Casa da Ópera |
Falando em arte, Ana hoje me trouxe uma
reflexão interessante. Ontem fomos ao Museu. Hoje a um concerto. Ao ver um
quadro de Monet, ou uma escultura de Rodin, tomamos contato direto com o
artista. Com o que ele tentou nos dizer, ainda que será nossa interpretação que
irá definir a obra. No caso da música, o gênio de Mozart, por exemplo, precisa
de um intérprete para que eu o acesse. O que isto significa? Talvez que o
artista plástico tenha uma conversa mais direta com seu público do que o gênio
da música? Realmente não sei, deve ter gente que já refletiu longamente sobre
isto. Mas posso dizer que, mesmo reconhecendo minha ignorância musical, os intérpretes de
hoje estavam excelentes.
| Igreja de São Estevão |
E durante o dia fomos conhecer alguns dos
pontos que não se pode deixar de ver por aqui. O primeiro foi a Igreja de São
Estêvão. Para quem não se lembra, ele é cultuado como o primeiro mártir do
Cristianismo. Foi condenado à morte por apedrejamento por Saulo de Tarso, o São
Paulo da Igreja Católica. Esta história está retratada de maneira inesquecível
no livro Paulo e Estêvão, de Chico Xavier. Impossível não se impressionar com
sua vida e com o caráter de Estevão e, em função deste livro, e de a partir
da sua leitura ter me tornado fã de Estêvão, gostei muito de conhecer esta
Igreja. Acho que nunca tinha entrado em uma Igreja dedicada a ele. Bom, fora o
fato de ser uma das Igrejas mais famosas do continente e de ser belíssima, por
dentro e por fora. Li que é uma das primeiras Igrejas em estilo Gótico da Europa.
E teve mais hoje. Fomos ao mercado de rua mais
conhecido de Viena. O Naschmarkt. Obviamente um luxo, muito produto legal, de diferentes lugares do mundo. Do Naschmarkt passamos pela praça Carlos
(Karlsplatz), onde tem a Igreja de São Carlos. Não conheço este santo e ele, ou
algum dos seus prepostos, estava cobrando oito euros a entrada, então não
entrei na sua Igreja. Simples.
| Hundertwasserhaus |
Muito legal foi caminhar pelos bairros ao redor
do centro histórico, que são lindíssimos, com prédios sóbrios e imponentes.
Numa breve olhada, achei Viena mais bonita fora do seu centro histórico. Nesta caminhada passamos pela casa de Hundertwasser, uns prédios do
multi-artista vienense Friedensreich Hundertwasser, na fase que ele se dedicou
à arquitetura.
E para fechar o relato do dia, começamos com um
farto café da manhã no hotel, cheio de comidinha boa.
Amanhã pode ser que optemos por conhecer
Bratislava, que está a uma hora daqui. Se formos, conto aqui.
| Hundertwasserhaus |
| Naschmarkt |
| Igreja de São Carlos |
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