O porto, em El tigre |
Pois então, ontem e hoje caminhamos e fomos
conhecer alguns dos lugares que os blogs e sites de oquefazerembuenosaires recomendam. Eu nao estou muito acostumado a
viajar a passeio. E, loucura, acho que nem gosto tanto. Pensando no motivo,
acho que é porque gosto muito do que faço, quase sempre mais me diverte do que
me enfada, e também porque viajando a trabalho consigo andar nas bordas dos
passeios obrigatórios, até faço alguns, mas sempre com algum apoio local, uma
visão de quem vive o cotidiano do país ou da cidade.
Enfim, ontem passeamos por Palermo. Eu tinha
uma recordação muito boa, de vinte anos atrás. Pois não estava enganado,
Palermo é recool. Agora com alguns
nomes específicos, que definem características assumidas por determinadas zonas
do bairro, como Palermo Soho, Palermo
Holywwod, Palermo Viejo. Pode-se passar horas caminhando
ali, parando para um café, sorvete ou almoço. Uma estética muito particular, um
cult que beira mas não entra na
esfera do kitch, um velho que se
renova, um forever young no melhor
sentido do termo. Acho que por isto e pelos grafites na parede, me lembrou
Berlin. Minha mente às vezes associa lugares e eu mesmo não sei a razão.
Exemplo do cool quase kitch, tronco de árvore, com rendas de crochê e um leão no alto |
E vale falar também do Zoológico, do Jardim Japonês e dos Bosques
de Palermo, no meio da cidade, um luxo. Bom, toda Buenos Aires se caracteriza
por esta presença do verde, o que lhe da uma atmosfera única.
Daniel com medo do urso... |
Hoje fomos a El Tigre, uma cidade à beira do
Rio que faz parte do Delta do Paraná, o segundo maior delta do mundo. Delta é
quando a foz de um rio se espalha por inúmeros canais, rios e riachos, formando
um conjunto de ilhas. El Tigre é uma cidade que serve como porto, ponto de partida
para idas e vindas ao Delta do Rio Paraná.
A cidade é interessante, com muitos afazeres de
lazer, pertinho de Buenos Aires, o que faz com que seja uma opção para os
sábados e domingos. Quem quiser pode fazer um passeio de barco, por diferentes
rios do Delta. Os barcos vão te deixando pelas casas, hotéis e restaurantes que
existem na beira dos rios. E possuem linhas, como ônibus. As ilhas são bem
povoadas, os terrenos são relativamente estreitos, 50 ou 100 metros, com casas
e piers. Se você quer pegar um barco, fica no píer, faz sinal como se fosse
ônibus, ele para. No meio de um dos rios, vimos um barco-mercado, imagino que as
pessoas fazem sinal ou ligam para ele, ele aporta. Nós fomos a um restaurante,
o Gato Blanco. Comida razoável,
ambiente do tipo melhor impossível, mesa em um deck, barcos passando, sol
escondido por lindas arvores.
Pier do restaurante El Gato Blanco |
Chegamos na estação retiro, onde se pega o trem
para El Tigre e ainda tivemos disposição para caminhar pela Av Libertador até a
Plaza Francia, na Recoleta, onde rola uma feirinha de artesanato nos
fins-de-semana. A Feira é legal, para quem gosta, mas o visual de fim-de-tarde,
os músicos locais na Praça e o clima agradável compuseram um cenário dez.
Voltamos também caminhando, umas quinze quadras até o hotel, pela Av Quintana,
ótimo programa.
Chegamos cansados hoje, vamos dormir sem nem sair
para jantar.
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