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| Tomate, banana, árvores, vamos que vamos! |
É a quarta vez que venho a São Tomé e Príncipe, esse pequeno país insular do continente africano, localizado a 300 km da costa, bem na linha do equador. Estou aqui a convite da Oikos, ONG portuguesa que atua também neste país. Vim colaborar com o trabalho que eles desenvolvem com Agricultura Biológica (orgânica) e SPG (Sistemas Participativos de Garantia).
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| Rua Augusta e o Natal! |
Saí
do Brasil na segunda-feira, dia 24/11, e cheguei aqui na quarta-feira, dia 26.
Fui obrigado a dormir uma noite em Lisboa, no excelente hotel Sofitel. Pensa se
achei ruim… deu para dar uma volta pela Augusta, comer um bacalhau à minhota na
pequena tasca “A Merendinha do Arco”, ver a decoração de Natal da cidade e, de
brinde, encontrei minha sobrinha, Ana Clara, que estava passeando por Lisboa. Dia
muito agradável.
Mas
Lisboa era só uma parada, na manhã seguinte sai cedo do hotel, de Uber. Viajei
de Lisboa a São Tomé na quarta durante o dia, o voo atrasou e ainda fez uma
escala em Acra, chegando em São Tomé às sete da noite.
Meu amigo Rogério, coordenador da Oikos, foi me buscar e levar para jantar.
Fomos ao restaurante Jasmim, e obvio que pedi peixe. Estamos em uma ilha no
meio do Atlântico, o que mais vou comer? Veio com arroz e banana frita, o que é
muito comum por aqui. Detalhe sobre o peixe: todos aqui comentam que já não tem
mais peixe como antigamente… que tal e qual espécie já não existe mais, que os
peixes estão menores, que pescar se tornou tarefa mais difícil.
Ainda falando sobre ontem, quero contar algo: depois do trabalho, fui cedo para o hotel. O Sweet Guest House. Eram cinco da tarde, na rua estava quente, afinal estamos nos trópicos. Quando abri o quarto, um bafo, quase uma sauna. Fui ligar o ar condicionado, não estava funcionando. O país está com um super problema de abastecimento de energia elétrica, há meses. Falei com a moça do hotel, ela disse que só ligariam o gerador mais tarde… impedido, pelo calor, de ficar no quarto, tomei um banho e fui para uma área de convivência/jantar que tem no hotel. Ali estava fresco, ao menos melhor que no quarto. Vi o dia se fazer noite nesta varanda, no terceiro andar. Uma intensa chuva começou a cair, a vigorosa vegetação no terreno ao lado me recordando onde eu estava. Uma casa de madeira, velha, decadente, que parece já ter sido de algum comerciante abastado, no fundo do terreno. De frente para mim, uma fruta pão, árvore generosa, que produz um fruto rico em amido e que é muito importante na cultura alimentar desta ilha. Aliás, essa situação de abundância de peixes e frutas é que sempre fez esse país, financeiramente pobre, ter uma população que não enfrenta problemas de desnutrição. Agora, menos peixes, menos frutas… sim, menos frutas também, o clima mudou e algumas fruteiras nativas produzem menos ou simplesmente passam um ano sem produzir.
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| Dona Antônia, vendendo em frente à sua propriedade |
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| Vista deste o terceito andar do Sweet Guest House |
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| Cena Urbana - Cruzeiro |






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