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terça-feira, 11 de outubro de 2011

Pequim, 10 de outubro de 2011

Templo dos Lamas
Estou no aeroporto de Pequim, me preparando para a viagem de volta. Passo por Londres e de lá vou subir o que escrevi sobre meus dias de Pequim ao Blog. Tentei outras vezes Facebook, Blogspot e Twitter. Nada. Não terei saudade disto. Mas terei de Pequim, entra na lista das preferidas.
Claro, não podia ir embora sem antes uma atolação de despedida. Como sou quase local, dispensei o taxi do hotel e fui para a rua pedir um, três vezes mais baratos. Entrei no taxi e disse que queria ir para o aeroporto, repetindo airport e fazendo gestos de avião decolando. Ele me perguntou algo e eu respondi: yáyáyá. Me levou para o terminal dois, meu voo era no três, o que só descobri quase uma hora depois de procurar e perguntar. Na real é outro aeroporto, ainda que com o mesmo nome. Peguei um ônibus, do próprio aeroporto e fui para o tal terminal três, não é longe, levei cerca de doze minutos.
Verduras sendo vendidas em um Hutong
Apesar de ter perdido um pouco de tempo e de ter que levar malas, que em fim de viagem sempre ficam mais pesadas, valeu a pena, pude ver a diferença entre os dois, este tal do terminal três é majestoso, como muito do que se vê por aqui, tenha um ano, um século ou um milênio de construído.
No caminho ao aeroporto pude outra vez ver áreas da cidade com edifícios novos, grandes, muitos prédios sendo levantados. Por exemplo, um conjunto de seis ou oito edifícios enormes, interligados por túneis de vidro na altura do decimo quinto andar mais ou menos. O dia que fui para a muralha, vi o estádio construído para a olimpíada de 2008, o tal Ninho de Pássaro, o complexo aquático, chamado de cubo D’água e o Hotel Pangu, que eles dizem ser sete estrelas. Construções destacadas, mas longe de estarem isoladas, ao redor e no caminho varias outras, se não do mesmo porte, ao menos não perdem por muito.
Carrinhos típicos da China
Resumindo a Pequim que vi muito brevemente, a imagem que fica é ao mesmo tempo intrigante e instigante. Muita gente, boa comida, lindos e suntuosos lugares antigos para serem vistos, feios mas agradáveis bairros antigos -os hutongs- para se passear a pé ou de bicicleta. Podem acreditar, não são exatamente bonitos, mas possuem seu charme, alguns foram levemente modernizados, mas todos mantém uma atmosfera de cidade do interior. Nossa, fiz quase um auto-retrato nesta ultima frase. Acho que sou um Hutong! A Pequim moderna eu vi pouco, mas o suficiente para dizer que de fato impressiona muito, ainda que não seja meu estilo. Como disse, sou do interior... E por falar em interior, isto sim, visitar as partes menos conhecidas deste país, suas tradições, etnias, comidas, templos e culturas deve ser uma verdadeira viagem, em todos os sentidos da palavra. Na mente, no espaço, no tempo. 
Saio daqui achando que vale muito a pena voltar, ou, melhor dizendo, que voltar não seria uma pena. Mas acho difícil que isto aconteça. Existe ainda muito por ver no mundo, e a China não está em meu roteiro de trabalho. Deve ser porque meu mandarim não é muito bom.

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