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quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Equador, 25 de outubro de 2011

La Ronda, centro histórico de Quito
           Pouco para contar do dia de hoje. Na maior parte do dia reuniões infrutíferas, o que não é incomum seja onde for que trabalhemos. Por sorte inventaram esta tal de internet. Usar a desculpa que precisamos olhar os e-mails porque algo muito importante nos aguarda é um ótimo mecanismo para fugir de reuniões chatas.
O melhor da reunião foi a comida, de novo bem local, baseada em milho cozido, batatas, fava e carne de porco. Antes, nos serviram Colada Morada. É uma bebida, feita a base de milho negro, amora, com pedaços de abacaxi e morango, cravo, canela e açúcar. E mais algumas coisas que não saquei. É quase uma sobremesa, e é típico desta época, de finados. Eles vão ao cemitério, visitar os mortos e levam colada morada e um tipo de pão, chamado guacas de pan. A ideia das culturas indígenas locais ao ir aos cemitérios é de se congratular com mortos, é um dia mais de festa do que de choro, onde todos comem juntos, vivos e mortos! Assim como Bolívia ou Peru, não dá para tentar entender o Equador sem tentar entender um pouco da cultura dos povos originais daqui. A influencia ainda é muito forte e visível.
            De noite fui, com um pequeno grupo de vários países, jantar em um bairro chamado La Ronda, que é parte do Centro Histórico e foi recentemente restaurado. Casas coloniais, de origem espanhola, separadas por ruas estreitas quase sem calçada, com seus pátios internos, agora transformadas em bares, restaurantes e lojinhas de artesanato. Sempre gosto de passear nestes bairros, e ainda que se repitam em todas estas cidades de colonização espanhola, sempre curto as janelas, as portas, os balcões floridos. Acho que gosto mesmo é do astral, mas não saberia explicar por que. 

Passeando de carro ontem e hoje, encontrei uma cidade mais bonita e organizada do que havia visto de outras vezes que estive por aqui. Não é uma cidade enorme, são dois milhões de habitantes, mas com aquele caos característico da maioria das cidades latinoamericanas. Mas o fato de estar localizada em plena Cordilheira dos Andes, em uma altitude de 2800, rodeada de montanhas ainda mais altas, lhe dá um charme. Eu gosto.

         Amanhã começa o encontro, e ainda tenho que terminar minha palestra. Fui.

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