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segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Pequim, 06 de outubro de 2011.

Torre do Sino, Pequim

Estou em Pequim. Estava tão cansado que dormi a tarde toda no simpático hotel que cheguei, chamado Gomolangma, perto de um Hutong ao lado das Torres do Tambor e do sino, dois locais muito visitados por aqui. Hutong são os bairros tradicionais, antigos, de Pequim. São ruelas apertadas, que serpenteiam por uma determinada área, com casas apertadas, roupas secando na rua e vizinhos na calçada. Uma curiosidade é que muitas destas casas não tem banheiro, e nestes bairros existem banheiros públicos, não tão limpos, que são usados tanto pelos transeuntes quanto pelos moradores. Muitos Hutongs vêm se transformando em área comercial, meio chique/alternativas, com algumas atrações mais ou menos turísticas como restaurantes, lojinhas, artesanatos, casas de chá, cafés com internet. De noite fui passear lá e havia gente, muita gente, gente por todos os lados.
Não pude ver muito ainda, pouco para contar. De interessante posso dizer que estou em Pequim. Só isto basta, né? Mas tem mais. Ainda que tenha chegado há poucas horas, podemos ver as diferenças para Seul. No caminho do aeroporto ao hotel, vi avenidas largas com prédios imponentes, alguns gigantescos. Nas ruas por onde caminhei notadamente um país mais popular, pobre, cheios de contrastes. Vi doentes na rua, possivelmente hanseníase, pedindo esmolas. Poucos, mas te dá uma indicação de algo, de subdesenvolvimento, de um Estado que não chega a todos.
No quarto do hotel, onde estou agora, a conexão é a cabo. Para se conectar, necessitas de uma senha. Qual é a senha? Teu número de passaporte. Sacou? Todos os lugares por onde você navegar serão reportados. Não consegui entrar no Facebook, no Twitter ou no Blog. Vou ter que postar quando sair daqui. Quando digito a palavra China, Tibet, Pequim, Budismo e várias outras no Google, ele se põe visivelmente mais lento. Menos mal que para ler as notícias do Botafogo não há censura.
Estou na China, país comunista, com suas vantagens e desvantagens, como quase tudo na vida. Não é um país conhecido pela liberdade de expressão, mas sentir isto na pele é sempre desagradável. Não estamos acostumados a isto e não gosto da ideia que não posso emitir minha opinião sobre este ou aquele assunto. Passamos por esta situação no Brasil, e sabemos ou podemos imaginar quão difícil foi. Todos os países passaram há mais ou menos tempo, por um período maior ou menor. É fácil pensar que a democracia ocidental é o caminho de todos os povos. Para um país como este, com 1,2 bilhões de habitantes, não me atrevo a dar nenhuma receita.
Enfim, seguramente amanhã verei coisas interessantes e contarei por aqui. Assim que puder...

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