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domingo, 12 de junho de 2011

TORONTO - domingo, 13 de junho/2011

Hoje foi meu last day. O comentário de sempre nestes momentos vale, por isto ele é feito em todos os momentos como este: o tempo voa. Parece que cheguei ontem, já estou voltando.
Para me despedir, optei por ir jogar bola. Último dia, sempre estamos arrumando coisas, a cabeça já voltando. Não quis fazer nada novo, apesar do muito que ainda ficou por ver de Toronto. Preferi simplesmente ir caminhando até a Universidade, passando pelo Queens Park, para ir ao mesmo campo que fomos da outra vez. A tentativa foi frustrada, o campo que conhecíamos estava fechado, ficamos apenas em três pessoas nos divertindo um pouco. Mas ainda assim valeu.
E deu. Acabou esta etapa. É assim, sempre estamos fechando e abrindo ciclos. Nesta viagem muita coisa legal, para relembrar, que vai ficar marcado. Um principal lamento: ilusão achar que três semanas ia melhorar significativamente meu inglês. Não existe mais a tal imersão, eu acho. As casas de família não são mais canadenses querendo receber estudantes estrangeiros para uma saudável troca de experiências entre culturas diferentes. São em sua maioria estrangeiros, Coreanos, Filipinos, Mexicanos, fazendo desta atividade, receber estudantes, uma forma de fechar o orçamento. No meu caso, na student house, somos todos estrangeiros, estudantes, e apesar dos frequentes encontros, a maior parte do tempo cada um no seu quarto, na net, na sua língua natal. Enfim, não rola a imersão.
É uma pena, quando o objetivo não é atingido, por mais que os adicionais sejam significativos, fica uma sensação de dever não cumprido, ou meta não atingida. Não dá nada, sou guerreiro, vou continuar correndo atrás e até meus setenta anos vou estar arrebentando no inglês. I swear.
Mas, claro muita coisa legal. Toronto é de fato surpreendente na sua diversidade, múltiplas caras e bairros que aglutinam diferentes etnias. Para mim, que moro em uma cidade de 35 mil habitantes, foi legal passar três semanas em uma cidade grande. Aliás, ficar três semanas em um mesmo lugar é coisa que eu não fazia há tempos. Só na minha casa, e ainda assim não é tão comum...
Hora dos agradecimentos finais, né? Então, tanto apoio para que tudo desse tão certo, não perdi carteira, óculos e nem celular, fico até sem saber como agradecer, Assim, que quero agradecer a Deus, ao Google e ao meu Mastercard. Não sei o que faria sem eles. A tentação de trocar esta ordem é grande, mas lembrei da minha mãe e vou deixar assim.
Bom, vou nessa, estão me chamando para o vôo. Quase dez horinhas. Para São Paulo, depois Porto Alegre e finalmente Torres. Long, long trip.
Daqui a quinze dias estou indo para Guatemala, desta vez, puro trabalho. Quem sabe não me animo e escrevo de lá? Veremos.
Fui, deu de mim, ao menos por enquanto.

TORONTO - sábado, 11 de junho de 2011

Achei que ia ser uma tarefa difícil fazer meu dia de hoje ser inesquecível, já que amanheceu meio frio e querendo chover. E eu não tinha claro o que fazer hoje. Mas, saí, caminhando. Esperando que surpresas Toronto poderia me reservar. E nestes países de estações tão marcadas, com inverno rigoroso e primavera colorida, o verão é sempre cheio de surpresas. Por motivos óbvios a galera quer sair de casa, ficar fora, pegar sol, passear.
Resolvi começar pela feira de produtores do St Lawrence Market que funciona apenas aos sábados, do outro lado da rua do mercado e que eu já havia ido duas semanas atrás. Muito legal. Tirei fotos, conversei com um produtor orgânico que tem uma banca lá e segui para o St. Lawrence Market propriamente dito, que, ao contrário da feira de produtores, funciona todos os dias. Aproveitei para tomar um bom café, importado da Colômbia.
Ao sair de lá, a primeira surpresa do dia: uma grande feira para cachorros, que fechou a Front, entre Jarvis e Yonge St. Uma feira enorme, não apenas vendendo rações e coleiras, mas com stands que tiravam fotos do seu cachorro com celebridades como Jonhy Deep e outros que faziam o exame de DNA nele. Digo no cachorro, não no Jonnhy Deep. Segundo a propaganda, para que você possa realmente conhecer seu cachorro. Tentei comprar um para mim, achei que seria um jeito fácil de me conhecer. Mas me explicaram que funciona apenas para cachorros.  Que pena. 
De lá, me juntei a uns amigos daqui e fomos a Chinatown. De novo me convenci que o mundo vai acabar inundado em produtos chineses. Da Chinatown fomos pela Dunas St. em direção à Kensigton St. Estou dando este detalhe para quem tenha a oportunidade de fazer este trajeto. Realmente acho que ele, o trajeto, explica Toronto. Em 40 metros, 20 m antes e depois da esquina da Dunas com Kensigton St. A mudança de um mundo a outro é surpreendente. Viajamos no tempo. Do século 21, que se avizinha dominado pela China aos anos 60, à geração beatnik. Mudam as pessoas, muda o estilo das lojas, muda a atmosfera. Tudo isto em 40 metros. Não vou entrar em mais detalhes, quem tiver a chance de viver isto vai me entender. A tentação de tentar dizer o que significa esta mudança ocorrida em 40 anos, plasmada por 40m nas ruas de Toronto é grande. Não vou me atrever, já que a possibilidade de falar bobagem também é grande. Aproveitei a passada por ali e comprei mais algumas coisas na que acabou sendo minha loja de produtos orgânicos por aqui. 
Passo seguinte, mais uma surpresa, e a melhor de todas: fomos comer no Sheba, restaurante especializado em comida da Etiópia que fica no 418 da College St. Muito, mas muito legal. Restaurante agradável, comida muito boa, acrescido da experiência de comer com a mão, compartilhando todos o mesmo prato.
Deixa eu explicar, principalmente para aqueles que já imaginam um certo asco em comer com a mão. É assim: os pedidos vem em um grande prato, o qual está coberto com o pão típico deles. Sobre este pão, o nosso pedido. Por exemplo uma carne picada e temperada ou um cozido de vegetais. Comemos com o pão, seja o que está no prato seja o que vem à parte, pegando à comida com o pão. Não sei se consegui me explicar.  
Para fechar um café, da Etiópia, preparado à moda ancestral deste país, que é o berço do Café. Torrado sobre uma chapa e moído na hora, ele é servido em um copinho, quase uma xícara pequena, sem asa. Acompanhado de um incenso local, de cheiro forte e agradável. Bem gostoso.
Nos divertimos, comendo todos juntos, uma comida diferente e gostosa, bem gostosa. Lo pasamos super bien
Depois disto, ainda tivemos força e determinação para ir à sorveteria Siciliana, na Little Italy, para mim pela terceira vez. Estou agradecido a Deus por ter permitido à invenção do sorvete, que segundo os Italianos surgiu no sul da Itália, feito a partir da neve do Vesúvio. Para mim comprova a existência de uma entidade superior, em inteligência e bom gosto. E, se os Italianos não estão certos, ao menos nós estamos certos que eles tem o melhor sorvete.
Agora, dormir. Amanhã, arrumar tudo e go back home. Já  é hora, tô afinzaço de voltar.

sábado, 11 de junho de 2011

TORONTO - sexta, 10 de junho de 2011



Como previsto um dia com certa dose de melancolia. Mesmo para os mais calejados. Mesmo no meu caso, uma espécie de coração portuário, acostumado a idas e vindas, chegadas e partidas. Afinal se acostumar a estes períodos de vida suspensa é fácil. Para mim, cheio de razões para voltar, fica tranquilo metabolizar o momento. Mas converso com alguns aqui, e vejo que sem trabalho, faculdade, namorada/o ou filhos esperando, a volta se torna um mergulho no vazio. Aí fica mais difícil, imagino.
Depois da aula e ainda neste espírito nostálgico fomos, em um pequeno grupo, ao mesmo restaurante indiano, da Churh com Gerrard St. que fui outro dia. Confirmei minha impressão, pelo preço, muito bom. Depois disto, uma breve caminhada, por lugares que já havia passado antes. Sigo achando Toronto uma cidade grande agradável. Sigo não me sentindo em casa em cidades grandes.
Mas nem só de nostalgia passei o dia. Fui começar a arrumar minha mala e vi que preciso de outra. Os preços das roupas são incrivelmente baratos se comparados com o Brasil. E pai de quatro filhos... preciso de outra mala, definitivamente. 
Depois, no cair da noite, fomos em um grupo de 8 para um Pub. Muito legal, o Madison Pub, que fica em frente à estação Spadina do metrô. Grande, com múltiplos espaços, cheio de gente bonita, um ambiente dez. E adivinha? Achei uma cerveja orgânica por lá. Tá, eu sei que sou meio monotemático com isto de produtos orgânicos, mas não posso evitar, tá no meu sangue. Saímos às onze da noite e a fila para entrar estava enorme. É um dos points da noite de Toronto e definitivamente estando aqui não dá para deixar de ir conhecer.
É, por mais que tenha dito que não me adapto mais a cidade grande, e é de verdade o que sinto, reconheço suas vantagens. Múltiplas opções do que fazer, gente diferente para ver, e confesso que adoro a possibilidade de comer ou compra algo que queremos ou precisamos em plena madrugada. Em Toronto têm dezenas de lojas e mesmo restaurantes 24 horas. Eu nunca havia ouvido falar em restaurante aberto 24 horas. 
Para o fim de semana programei apenas fazer algumas últimas compras e rever lugares e comidas. Vamos ver se executo o plano ou resolvo ir a Toronto Island, o único lugar do meu plano inicial em Toronto que ficou faltando. O problema é que agora, sexta à noite, quase verão, está frio e a previsão para amanhã é chuva. Não sei por que eu esperava mais da primavera de Toronto, ela é obviamente fria e chuvosa.
Hora de dormir. Aliás, passei da hora. Mas valeu


sexta-feira, 10 de junho de 2011

TORONTO - quinta, 10 de junho de 2011

Minha mãe sempre me dizia que eu ia chegar ao topo. Cheguei. Pelo caminho mais fácil. Trinta e seis dólares e subi no alto da CN Tower. Verdade que esta grana daria para três belos pratos no restaurante indiano que mais gostei aqui ou dois bons pratos de Sushi. Ou doze barras de chocolate orgânico. Ou algumas camisetas básicas da Banana Republic. Não importa, nada disto é páreo para estar a mais de 500 metros, altura do ponto de visitação mais alto da torre, podendo ver toda a cidade iluminada. Bom, sei lá, acho que não.
Não sou muito do turismo de massa, talvez porque me agrada pensar que sou diferente dos outros. Mas... se todo mundo quer ver é porque deve ser legal! E a CN Tower é muito legal. Ainda bem que aceitei o convite de uns amigos aqui da student house para irmos lá. Eu também entrei para o time dos que consideram a CN Tower ponto obrigatório de ser visitado em Toronto. Impressionante o visual lá de cima! O piso de vidro, a 350 metros de altura do chão, dá medo. Digo isto porque vi o pessoal com cara de medo, porque eu não senti medo nenhum. Fui de noite e estava lindo. Deve ser legal ir de dia também, mas acho que não vou voltar. Em vez disto, foi escolher outra opção para meus 36 dólares...

Mas hoje o dia não foi só CN Tower. Antes disto aceitei a sugestão de uma amiga e fui conhecer o Whole Foods Market, que fica na 87 Avenue Rd, em Yorkville, um bairro que eu já havia comentado aqui ser chique e agradável. Caminhei exatos 5 km, entre ir e voltar, em um agradável e quente fim de tarde em Toronto. Muito legal. Pena que estou indo embora, porque ainda não tinha visto uma concentração tão grande de bons produtos orgânicos por aqui. Estava de fato estranhando não ter visto. Vi muita coisa, comprei poucas. Apenas um suprimento básico para os três dias que ainda tenho por aqui e umas pimentas e chocolates para levar. Ah, sim, não saí de lá sem provar um bom expresso com um doce chamado Blueberry Danish. Delicioso.
E antes disto ainda, claro fui à aula. Já tinha um clima de despedida no ar, todos perguntam amanhã é teu último dia e tal. E sim, amanhã é meu último dia de aula. Rapidamente transitei entre a segunda da ansiosa chegada para a sexta da chorosa partida. No meu caso, confesso que não tão sentida, já estou a fim de voltar para o meu mundo. Mas posso entender que para quem é mais jovem e viveu menos despedidas é um momento com uma boa dose de melancolia.
Vou nessa dormir, amanhã será um dia movimentado.


quinta-feira, 9 de junho de 2011

TORONTO - quarta, 08 de junho de 2011


Contagem regressiva, tenho só mais três dias cheios aqui, bateu vontade de ir embora já. Mas nada desesperador, do tipo trocar passagem. Assim, depois das seis horas de aula, me vi às 4 da tarde estirado na cama, a fim de dormir, refugiado no ar condicionado, já que o sol forte elevou a temperatura para 34 graus.
Aí me lembrei de um Museu que ainda não tinha visto, sobre a cultura Inuit. Para simplificar, dá para dizer que são os Esquimós do Canadá. Queria muito ir, como sei que não dá para ficar adiando, porque o tempo voa, fui. Caminhando no sol, quase 4 km, só de raiva. O Museu fica na York St., em frente ao lago, no mesmo lugar se que se pega barcos para passeios até a Toronto Island
O museu é pequeno, mas legalzinho. Nada imperdível, mas ver as imagens de Polo Norte, algumas esculturas, ver um vídeo sobre a cultura Inuit, aprender que eles são nômades, caçadores, vivem no inverno apenas da pesca, sobre o gelo e sob uma temperatura de 34 negativos valeu o passeio. E de fato a teoria de que os asiáticos chegaram à América a partir do Estreito de Beringe faz mais sentido quando vemos a semelhança entre um indígena dos Andes Peruano, um Mongol ou um Inuit. Enfim, legal ter ido. De quebra, caminhar no sol e ver o lago com barcos indo e vindo naquela atmosfera de porto que me é sempre agradável. Tudo isto, junto e misturado, melhorou meu astral. 
Na volta, também caminhado (ida e volta são uns 8 km), fui comer em um restaurante indiano, que me chamou à atenção porque sempre tem muitos taxistas indianos comendo ali. É perto de onde estou, fica na Church com Gerrard St., e ao passar por ali várias vezes, fiz a relação de sempre: taxista indiano comendo em um restaurante indiano, deve ser bom. E barato. E era, bom e barato. Comi um frango na manteiga (butter chiken) com o Nan, o pão temperado típico da Índia. Delicioso. Voltando para casa, com missão comprida, entrei em um mercado bem legal, com uma gondola de queijo sensacional. Claro que não resisti a um queijinho, um Gouda Canadense, e ainda passei em uma Beer Store. Cerveja aqui só se pode comprar em lojas especializadas, comprei três latinhas, porque o calor tá grande e posso ter sede mais tarde, e pretendo não sair mais do quarto hoje.
E este foi meu dia. Simples, mas entra na categoria daqueles que vou demorar a esquecer! Agora vou ver o final da Copa do Brasil pela net, beliscando alguma coisa, na hora que o soninho vier, embarco nele!

quarta-feira, 8 de junho de 2011

TORONTO - terça, 07 de junho de 2011

Pouco para contar de hoje, escola até as três da tarde e depois ainda fui estudar um pouco de inglês.
      Como destaque do dia, o fato de ter ido ver a despedida do Ronaldo da seleção brasileira em um restaurante brasileiro em Toronto. Bom programa.
      Na real eu havia até esquecido da partida hoje, mas fui porque era a comemoração de aniversário de uma amiga da escola. Acabei gostando da coincidência de ter a oportunidade de ver o jogo em um ambiente como este. 
      Nos encontramos  em frente da student house e fomos em um grupo de quase vinte pessoas, como sempre dos mais diversos países. Bem legal. O Restaurante se chama Rio 40 graus, é muito conhecido pela comunidade tupiniquim aqui em Toronto e fica na 1256 Saint Clair Avenue West. Atendentes todas brasileiras, na TV jornal Nacional e novela das oito como aperitivos para o jogo, clientes falando português, cardápio brasileiro. Brasileiro? Ops... mais ou menos... é que realmente é difícil definir o que é comida brasileira... no cardápio tinha pizza e penne, Italianos, quibe, que vem do Oriente Médio e strogonoff, de origem Russa. Certo, também picanha com fritas e farofa, que ao menos é bem abrasileirado. E, como destaques genuinamente nossos, moquecas de camarão e peixe com direito a leite de coco e pirão, arroz com feijão, aipim frito e carne seca. Eu comi apenas uma salada, mas provei a picanha e estava super honesta. Os outros pratos que vi sobre a mesa estavam bonitos, e quem os provou, coreanos, espanhóis, alemãs, suíços, franceses, marroquinos e até brasileiros fizeram cara de felizes.
    Eu realmente não sou muito de procurar comunidade brasileira, comida ou música brasileira, e tudo o mais que nos faz sentir em casa, quando estamos viajando. Não sei se porque sou um estrangeiro profissional ou porque minhas ausências são normalmente curtas, o que me faz querer viver o alheio. Mas o fato é que gostei de ter vivido esta experiência hoje. Show!
       Acabou o jogo e voltamos. Alguns de ônibus, outros caminhando. Eu voltei caminhando, tenho gostado de andar de noite pelas ruas de uma cidade grande, viva e segura.
       Tenho que organizar meus últimos cinco dias por aqui. Tem várias coisas que ainda não vi e se eu vacilar, o tempo passa e fico na dívida. A quantidade de coisas para ver e fazer por aqui é realmente impressionante.
     Cheguei tarde, era meio longe o restaurante, estou cansado e amanhã tenho que levantar cedo. Melhor ir dormir.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Toronto - segunda, 06 de junho de 2011

Younge St, perto da Bloor St.
Comecei minha última semana por aqui fazendo faxina. Estou há duas semanas no mesmo lençol, mesma toalha, sem passar vassoura no chão e ainda com roupas para lavar. Mas agora está tudo um brinco, lençol com cheirinho de sabão barato, quarto arrumadinho. Só não lavei a toalha. Esqueci. E também só uso ela quando estou limpo, então não precisa tanto lavar, né?
E não limpei só meu quarto não... fui pra cozinha também! A rapaziada aqui, que mora no meu andar, somos quatro no total, não é muito chegada a lavar louça. Mas tudo bem, o vovô aqui não liga, às vezes dou uma geral, lavo pano de prato e tal. Chega a ser divertido ver como esta galera mais nova não se importa muito com a louça lavada. Pia cheia, eles lavam o prato e o copo que precisam, o resto nem é com eles. Não dá nada, deve ser fase, depois piora. De todos os modos, não me importo de eventualmente lavar a louça dos outros, não chega a ser um problema de fato, existem piores. Uma vez ouvi o Caetano dizer que ele gosta de lavar louça, que ele curte ver a passagem do sujo para o limpo.
Às seis da tarde eu saí com um pequeno grupo aqui da student house para jantar. Eu não havia almoçado, o que me fez aceitar de bom grado o convite para jantar tão cedo. Como sempre curto muito a diversidade de diversos países juntos. Hoje era França, Suíça, Espanha, Marrocos e Brasil, em um grupo de apenas oito pessoas. Comemos sushi, em um restaurante na Alexander St., ao lado da Younge St. Não foi o melhor que comi por aqui, mas tava de bom tamanho. Sentamos na parte de fora do restaurante, onde tinha sol, temperatura agradável, gente passando, carros indo e vindo, metrô por baixo de nossos pés. Pacote completo de centro de cidade grande. E não é queixa, estava legal.
No final do dia, depois do almoço/jantar fui dar uma volta. Acabei no Eaton Centre, um dos principais shoppings da cidade, bem no coração da downtown. Dei um rolé e reencontrei a loja da Victoria’s Secret. Acabei aproveitando a promoção do dia e comprei dez cremes/shampoos/sei-lá-mais-o-que. Imagino que minha turma em casa saberá dar destino certo para estas imprescindíveis aquisições. Tudo certo, tudo bem, a moça que me atendeu, com mais educação do que roupa, muito cordialmente colocou tudo em uma bolsa rosa, enfeitada com papel rosa. Na volta, andando tranquilo, passei pelo tal bairro amigável com os gays, que comentei aqui outro dia, que fica na Church St. Hoje não recebi olhares sedutores, de azaração. Eles pareciam mais de cumplicidade.
Fiquei abalado..., vou dormir!

Toronto, dowtown, ao fundo o Eaton Centre

segunda-feira, 6 de junho de 2011

TORONTO - domingo, 06 de junho/2011

Acabei indo às Cataratas do Niágara hoje. Realmente lindo. Quedas d’aguas são sempre lindas, e ainda mais estas de volumes estrondosos. Fiquei impressionado. Já ouvi muitas vezes que as Cataratas do Iguaçu são mais bonitas do que as do Niágara. Possivelmente seja verdade, mas isto não significa que estas últimas não sejam impressionantes. E, cá entre nós, estão entre o Canadá e os EUA, entre Nova York e Toronto.
Peguei o barco e fui ao passeio típico, que navega pelo lago e nos aproxima das cataratas. Impressionante a força das águas. Gosto de estar em contato com a natureza em sua forma mais exuberante, agressiva, seja vendo um vulcão, uma mata tropical fechada ou uma queda d’água como a de hoje. Parece que nos redimensiona perante a Natureza, e nos faz baixar a nossa bola, nos fazendo ver que não podemos tudo. Como é mesmo o ditado? “Chocolate orgânico e humildade nunca fizeram mal a ninguém”. Ou algo parecido? Não me lembro agora...
Esta exuberância sou eu, atras, Niágara Falls...
Um dos motivos de eu ter definido viajar para o interior ontem foi ver um pouco mais de Canadá. Não muito, eu sei, fui apenas 120 km ao norte, mas sim, lá já vi menos diversidade racial do que Toronto, vi restaurantes que falavam em comida Canadense e ouvi apenas Inglês. Apesar da multidiversidade cultural que vejo em Toronto, e com suas características que a fazem única, sinto que ela tem um tom mais de EUA do que de Canadá. Bom, basta olhar no mapa e ver onde ela se localiza. 
Hoje, viajando para o Sul, indo em direção aos EUA, parece que me distanciei mais ainda do Canadá. Niágara Falls, a cidade de 80 mil habitantes que se formou em torno das cataratas, me pareceu uma mistura, em miniatura, de Las Vegas e Miami.
a cidade
Não conheço muito os EUA, mas esta foi a sensação que tive. Divertido ver a capacidade deles em nos fazer gastar nosso dinheiro, mas sempre nos deixando a certeza que fizemos um bom negócio. Anúncios de preços especiais em tudo e mil folhetos na rua te oferendo descontos em lojas, restaurantes e atrações as mais diversas, como dar beijo em golfinhos, ver o museu dos recordes do Guinness Book ou andar de roda gigante.
Na volta, estacionei no mesmo lugar que ontem. Eram oito da noite, mas que aqui ainda é dia. Fui ao mercado fazer umas comprinhas básicas, queijo, salame, pão e chocolate e, na volta, adivinha? Tinha sido multado! Vi apenas a parte da placa que diz que aos domingos tem que pagar para estacionar das oito da manhã as seis da tarde, mas não vi a parte que dizia que fora deste horário só se pode estacionar com permissão. Impressionante minha capacidade de atrair multas. E sempre sou inocente! Sessenta dólares, que poderiam ser muito melhor aplicados em muitas outras coisas.
Vou dormir, amanhã tenho aula, começando minha última semana.

domingo, 5 de junho de 2011

TORONTO - sábado, 05 de junho/2011

Velas pintadas, concurso em Orillia, Canadá
Acho legal esta frase que podemos encontrar nos livros de auto-ajuda, ou que circula fácil pela internet, do tipo transforme cada dia da tua vida em um dia inesquecível. Parece com o carpe diem, ou com o viva cada dia como se fosse o último dia da tua vida. Acho legal, quando tomado em um sentido positivo.
Tornar nosso dia inesquecível não significa necessariamente fazer algo extraordinário, ir a uma superfesta ou visitar a Muralha da China. Pode ser fazer coisas simples como desligar a TV por um dia, ir jogar bola com um filho, visitar um amigo, ver um bom filme ou ler um livro marcante. Às vezes se envolver em uma atividade voluntária, fazer algo por alguém também marca o momento, que acaba ficando. Acho esta dica legal, tento usá-la sempre que posso, fazendo algo que faça o dia ficar marcado na minha memória. Bem, digamos que hoje não tive muito trabalho para deixar meu dia inesquecível. Aluguei um carro e fui sozinho viajando por uma Highway da América do Norte, quase um sonho de adolescente. Não faltaram motoqueiros do estilo easy rider, modernizados claro, nem enormes postos de gasolina com suas exageradas lojas de conveniência.
Orillia, Café
Fui conhecer Orillia, seguindo a sugestão de uma amiga, uma cidade que fica 120 km ao norte de Toronto, entre dois belos lagos. Pequena, menos de 30 mil habitantes, agradável, como eu gosto: uma rua principal, pequenos comércios, cafés, restaurantes. Como acontece por aqui nesta época tinha um festival lá. Tudo para aproveitar o verão, o calor e a luz. O de hoje era tipo uma competição de velas (para velejar) pintadas à mão. Mas eles deram o maior azar, pois hoje choveu a maior parte do dia. Bom, eles e eu, porque viajei com chuva na ida e nublado na volta, e lá não deu para praticar nenhum dos esportes náuticos que eu havia pensado, ainda que remotamente, na possibilidade de fazer. Mas de todos os modos valeu, e muito. Vou demorar a esquecer deste dia.
Centro de Orillia
Voltei ainda não era noite, e fui tentar ver o Festival de Blues (eu disse, nesta época tudo aqui é Festival), na praia de Woodbine, a mesma que fui outro dia. Mas foi adiado, por causa da chuva. Talvez role amanhã, deve ser legal, são várias bandas de blues ao ar livre, for free
Ah, e o seguinte, antes que me esqueça, comi peixe frito com batata-frita hoje. No Brasil sempre que vou pedir peixe frito com batata-frita tem alguém que fala, que estranho, não combina. Pois adivinha o nome do restaurante onde comi hoje em Orillia? Fish and Fried. Isto mesmo, peixe com batata-frita. Adorei Orillia, influenciada pelos ingleses, esta é uma comida típica por lá!
Restaurante em Orillia
Amanhã estava pensando em ir a Niágara Falls, mas não sei não... rodar em Toronto de carro e ver o que a pé não dá e de metrô cansa também é uma boa opção. Amanhã de manhã decido. Agora são dez e pouco e estou morto. Dirigir sozinho, por aqui, com meu parco inglês, não é tão relaxante. Sempre rola uma tensão. Vou dormir.

sábado, 4 de junho de 2011

TORONTO - sexta, 03 de junho/2011


Comecei meu dia hoje prejudicado pelo futebol de ontem... mancando e com dor muscular! Mas tudo bem, valeu.
Depois da aula fui com um grupo para o tal Festival Coreano, em Coreatown. Legal, porque além de várias outras nacionalidades havia alguns coreanos no grupo, e eles fizeram o papel de anfitriões. Qual a primeira coisa que vi quando cheguei ao festival coreano? Uma banca da Hyundai! Claro. Além disto, bancas vendendo roupas, bolsas, comida, jogos, estas coisas tipo feira do interior. Na real me decepcionou, esperava me sentir mais na Coréia. Provei algumas comidas coreanas, apimentadas, nada sensacional mas também não achei ruim.
Como por aí minha tarde não estava bombando, resolvi não acompanhar o grupo, que ia para um restaurante coreano e fui passear um pouco na Koreatown e de lá fui caminhando até a Little Italy, tomar de novo um sorvete, na sorveteria siciliana, porque realmente é “dusbom”. Hoje me servi de um crepe, recheado com castanhas, nutella e sorvete de bacio. Sem comentários.
Depois votei caminhando para casa, são uns 4 km, caminhada agradável. 
Chegando em casa, estava rolando uma “festinha”. Três amigos bebendo cerveja no quarto de um deles. Aliás, as regras aqui proíbem beber na student house. Difícil é achar quem respeite esta regra. Depois de bebermos um pouco fomos a um Karaokê, mais ou menos próximo. Acompanhei eles porque eu estava absolutamente curioso para conhecer o tal “karaokê oriental”. Eu nunca tinha entrado em um. São salas, pequenas, 5/6 m², hermeticamente fechadas, onde as pessoas ficam cantando/bebendo/dançando. Na que sala que fomos estavam estudantes da escola, uns 12 talvez. Achei muito doido, e meio sem graça, você canta só para seus amigos, sei lá, estranho. Como sou meio claustrofóbico, consegui ficar duas músicas. Saí, dizendo que ia pegar uma cerveja, e não voltei. Ou melhor, voltei sim, mas para casa. Minha experiência antropológica em um Karaokê tipo oriental durou exatos 9 minutos.
Voltei caminhando pelas ruas de Toronto, fervilhando de gente, luzes e sons. Temperatura agradável. Como é bom uma cidade grande segura, acho que no Brasil merecíamos isto também.
Vou dormir, aluguei um carro e amanhã viajo sozinho para uma cidadezinha ao norte, umas duas horas daqui. Quero ver ao menos um pouquinho do interior do país.



quinta-feira, 2 de junho de 2011

TORONTO - quinta, 02 de junho de 2011

mostrando minha habilidade no estrangeiro...


 O dia hoje foi bem light, pouco para contar. Resolvi participar de uma das atividades diárias que a escola programa com os alunos. Ontem, por exemplo, foram ao zoológico. Tenho participado de poucas, porque as opções aqui são muitas e tenho sempre ido by my own. É como me sinto melhor. Enfim, hoje fui. Futebol. A saudade de jogar uma bolinha me seduziu. É legal pensar no grupo que foi. Coreanos, Japoneses, dois turcos, um alemão, um suíço, um francês, alguns canadenses que estavam por lá. Isto é bem interessante, sempre. E o futebol, ou o esporte em geral,  integra e conecta todo mundo.
 Claro, dei meu show de bola habitual, mantendo a fama dos brasileiros.
 Antes disto tive tempo de ir de novo ao Queens Park, já que o jogo foi na Universidade de Toronto, outros dos prédios importantes que fica próximo ao Queens Park. Um monte de gente passeando,famílias,piqueniques. Esquilo para todo lado. Aliás, sempre estou vendo esquilo por aqui e não me canso de achar legal.
 Voltei cansadaço do futebol. Eu sei que não se escreve cansadaço, mas foi assim que voltei. Aí... adivinha? Perdi a chave do quarto! Aqui isto pode ser sério, já que devo fazer contato com o administrador, que mora longe e possivelmente só viria amanhã. Outro dia me contaram uma história, que me pareceu de terror, que uma menina deixou a chave dentro do quarto e teve que dormir o fim de semana no quarto da amiga, sem roupa nem nada, esperando a segunda-feira. Depois de dez minutos de pura aflição me lembrei do café que tomei aqui em frente, de pagar com moedas, de tirar a chave do bolso. Fui lá e antes de falar o cara do caixa me disse que eu havia deixado a minha chave no balcão. Ufa!
 Resolvi ir comer em um restaurante indiano, que estou vigiando desde o dia que cheguei e é próximo à student house. Realmente comida indiana é deliciosa. Comi bem, voltei direto para casa e nove horas já estava no quarto. Ou seja, de dia. Dia até as nove é show de bola. E, já comentei aqui, a cada dia vamos percebendo os dias se alongando. Ainda não vai ser desta vez, mas queria muito ir ao norte do Canadá ao redor do 22 de junho, ver um dia quase todo dia.
 Estou aqui, na net, tentando resolver o que fazer neste fim-de-semana. É como comprar tênis, muita opção às vezes mais atrapalha que ajuda. Estou com vontade de sair de Toronto, ver um pouco de paisagem, alguma cidade pequena. Possivelmente vou alugar um carro e conhecer algumas cidades próximas, talvez chegue à Niágara Falls.
        Vou dormir, o futebol me matou.

TORONTO - Quarta, 01 de junho de 2011

Café/Bar, em Bloor Yorkville
          
                Ontem e hoje fui ao cinema. Mais como uma estratégia de estudar inglês, tentando entender o filme. Consegui entender a metade, um pouco mais. Pelo menos é o que eu acho. Mas vai melhorar. Ontem vi uma produção Canadense, chamado The Collapsed. Um suspense apenas razoável, com um bom final, que me lembrou do Clube da Luta. No final da seção lá estavam o diretor e o ator principal, para conversar com o público. Rápido e informal, mas achei legal ter tido esta oportunidade. E ainda ganhei um cartaz do filme. Vou doar para O Cinéfilo.
        Hoje fui ver Hanna, sobre uma jovem que foi treinada pelo pai para ser uma assassina. Mais fraquinho, mas uma adolescente que ganha todas as lutas do filme, com assassinos profissionais, não deixa de se uma sacada boa. Este último eu acho que já estreou no Brasil também. Quero ver se vou outras vezes, é realmente legal para apurar o ouvido para o inglês.
        Depois do cinema, adivinha. Caminhei, claro. Não muito. Precisava achar um tênis para mim, vi milhares, não comprei nenhum. Difícil escolher tênis, que saudade do tempo que conga ou kichute eram praticamente as únicas possibilidades. Era menos estressante. Tá, concordo, exagero meu, bom ter opções e ainda mais de melhor qualidade. Mas que acho que não precisavam ser tantas, isto acho. Ao menos para tênis! Tênis com ano de fabricação! Aí já é demais para minha cabecinha. Tenho a impressão que dá para filosofar com isto também. Mas tá tarde hoje, deixamos para outro dia a divagação sobre em quais situações é melhor ter e em quais é melhor não ter escolhas.
           Sem achar o tênis, ou achando tênis demais, acabei parando em um bairro chamado Bloor Yorkville, que fica nas proximidades destas duas ruas. Com lojas, restaurantes e cafés. Lugar mais para chique, agradável, movimentado. Definitivamente, para ser uma metrópole, é uma das cidades mais aprazíveis que já conheci.
As charmosas plaquinhas de rua em Toronto
          Acabei deixando de ir na tal da Toronto Islands para ir ao cinema, vou ter que reprogramar este lugar na minha lista de prioridades. Hoje descobri que este fim de semana tem festival de primavera coreano, na Coreatown. Deve ser legal, se sentir um pouco na Coréia. Musica comida, apresentações, barraquinhas de artesanato, etc. Pretendo ir. Antes disto, ainda tenho aula, amanhã e depois. Vou lá, fazer meu homework

quarta-feira, 1 de junho de 2011

TORONTO - terça, 31 de maio/2011

Uma coisa que eu gosto na Europa é a noção de comedimento, deliberada ou não, que o povo europeu tem. Provavelmente fruto da sua história, de relativa escassez provocada pelo clima, pela guerra ou por ambos, esta noção está presente na vida cotidiana dos europeus. Quem já teve lá possivelmente reclamou ao pedir uma coca ou um suco e ver o garçom colocar sobre a mesa um copo ou uma garrafa de 200ml. Ou de pedir um prato e ver a comida isolada como uma pequena ilha em um mar de louça!
Em um supermercado europeu é possível comprar meia cebola. Os EUA tem exportado para o mundo uma cultura que vê o comedimento como defeito. Até como pouco patriótico. Faz mal para a economia do país. Compra-se o copo do refrigerante, toma-se quanto quiser. Os lanches são muito mais baratos se são em combo. Quem quer comer pouco é penalizado. As promoções são na base do compra um leva outro. Mas, e se eu só preciso de um? Pago por dois! Toronto tem este chip estadunidense, ou quase.
O comedimento é um valor muito legal. Faz bem para a saúde, nossa e da natureza, e ainda ajuda no bolso! E, possivelmente o argumento mais convincente de todos: emagrece!
Toda esta reflexão é porque hoje eu precisei comprar sabão para lavar roupa e só achei caixas enormes. Eu não precisava de 1 kg de sabão, muito menos de ganhar a segunda caixa ao comprar a primeira. Resolvi pegando emprestado com o meu vizinho Suíço, já que pretendo lavar roupa apenas uma vez. 
Aqui na student house, tem uma lavanderia usada por todo o prédio. As máquinas são acionadas por um cartão que compramos na escola e custa dois dólares cada vez que as usamos. Tudo bem. Separei a roupa que queria lavar, desci, coloquei na máquina e aí não vi o lugar de colocar sabão. Pensei: “ah, que legal, pagamos, mas o sabão já está incluído, ainda bem que não comprei, ele já está embutido na máquina. Primeiro mundo é outra coisa”. Liguei a máquina e subi. Ainda bem que sou um cara esperto, quem me conhece sabe disto. Depois de quinze minutos no meu quarto, de repente me assaltou um pensamento: será que não coloquei a roupa na máquina de secar? Desci e bingo! Tinha posto a roupa na máquina de secar! Acho que foi bom, porque a coloquei para lavar bem quentinha, deve ter ajudado a limpar, né? Claro, neste caso a ordem dos fatores altera o produto, tive que colocar de novo, e pagar de novo, na máquina de secar! Tudo bem estava já com saudade das minhas atolações...
Amanhã quero ver se vou à Toronto Island, depois da aula. Fui à tal Feira de Produtos Orgânicos hoje, na Old Carbegetown, mas achei meio fraquinha.