Pesquisar este blog

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Pequim, 09 de outubro de 2011.

Um dos vários pequenos Templos, dentro do Templo dos Lamas
Hoje foi dia de visitar Templos. De oração, reflexão e consumo. Gostei dos três.
Comecei meu último e solitário dia em Pequim em uma cafeteria mais estilo ocidental. Sentia falta de um bom expresso. Depois, segui a pé até o Templo dos Lamas, o maior Templo de Budismo Tibetano em Pequim. Segundo entendi do que li e ouvi, um Lama é um tipo de Sacerdote ou um Guru do Budismo Tibetano.
Ao rodar este Tambor, estamos orando.
Majestoso, com cerca de 30 mil metros quadrados, um eixo central com uma série de Templos intercalados por pátios, com templos e salas menores nos dois lados deste eixo. Em cada um destes espaços, Budas dos mais variados. Do Presente, do Passado, do Futuro, da Prosperidade, da Longevidade, da Saúde e muitos outros. Entre uma estátua majestosa de mais 18 metros de altura, esculpida em uma única tora de sândalo e Budas que cabem na palma de nossa mão, são milhares e milhares de representações que estão espalhados em todos os Templos. Estar aí me fez pensar em Buda, no que conheço de sua mensagem, na vontade pessoal de dedicar algo do meu tempo em conhecer um pouco mais do Budismo, no Tibet, na sua anexação autoritária pelo Estado Chinês. Vou passar a usar um plástico escrito Free Tibet no meu carro.
Do Templo dos Lamas fui para um surpreendente Templo de Confúcio. Surpreendente não só pela sua beleza, mas também por jamais ter imaginado um Templo para um personagem que se caracterizou pela sua luta pela educação. Tinha o entendimento dele como um filósofo. É como imaginar um Templo a Sócrates. Digo o filósofo, não o jogador de futebol. Interpreto que apesar do nome Templo e de suas características parecidas com outros Templos, é mais um tributo a um grande personagem da história chinesa do que propriamente um templo religioso.
Confucio
Depois fui para o Mercado das Sedas. Um tipo se shopping center, com cerca de seis andares, abarrotado de pequenas lojas, com tudo que sabemos que a China produz, de porta incensos a bolsas e tênis de marcas famosas, passando por conjuntos de chá, budas, roupas e bijuterias. Me diverti negociando preço com eles. Minha técnica foi mostrar um breve interesse e perguntar o preço, e depois falar que não queria. Eles se encarregam de ir baixando o preço. Praticamente não te deixam sair sem comprar, chegando mesmo a te segurar para você não sair. Uma carteira caiu de 200 para 50 yuan. Saí convencido que sou um excelente negociador. Na saída, já fora do mercado, uma mulher me ofereceu cinco carteiras por 100 yuan! Estou na China.
Esta foi minha peregrinação do dia. Provei de alguns dos remédios usualmente recomendados para depressão. Religião, filosofia e consumo. Foi um ótimo dia, parece que reagi bem à medicação proposta, me pareceu uma boa combinação!

Nenhum comentário:

Postar um comentário