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quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Assunção, 28 e 29 de novembro de 2011

Visual do Seminario que participei em assunção
Esta passagem aqui por Assunção foi puro trabalho. Cheguei ao hotel às duas da manhã de segunda feira e saio as três da manhã desta quarta. Ou seja, apenas 48 horas, com dois dias de trabalho intenso. Ou relativamente intenso. Dei apenas uma palestra de 45 minutos e coordenei um trabalho em grupo de uma hora. Olhando assim é pouco, mas o calor e a dinâmica cansativa e dispersa do trabalho é que geraram cansaço, não o trabalho em si.
Vim aqui para um Seminário sobre Soberania Alimentar e Direito à Alimentação, promovido pela CLOC, sigla de Coordenadora Latino-americana de Organizações do Campo e pela Via Campesina Paraguai. Eu falei sobre Agroecologia e Direito à Alimentação. O assunto é sempre relevante, são mais de um bilhão de pessoas passando fome no mundo, o que strictu sensus é uma ilegalidade, além de uma óbvia imoralidade. Infelizmente permitida e aceita pela sociedade. De alguma forma, por todos nós. Não deveríamos nos acostumar com isto, mas a impotência diante de um problema grave nos faz preferir ignorá-lo, sempre que seja possível. Como a fome atinge os que pouco podem fazer, e os que algo poderiam fazer usam desta estratégia de ignorar o problema, ele se torna crônico. Tudo isto foi discutido nestes dois dias. Por mais repetitiva que sejam estas prosas, não posso achar que sejam desnecessárias.
Já estive em Assunção outras vezes, mas não é uma cidade que entra na lista das minhas favoritas. Acho que o que mais gosto daqui é ver o povo falando Guarani. Mais de 90 por cento dos paraguaios falam Guarani, e uns 40%, a ampla maioria na zona rural, falam apenas guarani. Menos de 10% falam apenas castelhano, quase todos nas cidades maiores. É uma língua oficial aqui desde 1992 e há uns cinco anos é língua oficial também do Mercosul, junto com o português e o castelhano.
Ontem, quando terminou o trabalho, fim da tarde, me levaram para comer e tomar algo em um Bar/Restaurante bastante conhecido aqui chamado Lido. Em frente ao Panteão dos Heróis, no coração da cidade. Estilo tradicional, mesas na calçada, para aproveitar o clima caliente. O prato famoso da casa é um caldo de surubim, mas deixei passar, por causa do calor! Apesar dele, do calor, e de não ter ar condicionado, recomendo. Simpático.
Hoje precisei comprar um transformador para meu computador. Andei pelo centro, caminhei de lá para cá, e adivinha onde achei? Em um shopping de coreanos, que vendem produtos chineses... far cosa? É assim, para todos os lados que viajamos!
Agora arrumando minha mala, nove da noite, em poucas horas saio para o aeroporto. Ate chegar à minha casa, levo quase vinte horas... Que preguiça! A parte boa é ir para casa, depois de doze dias fora. Nem quero pensar que em dez dias tem mais... Saio para Bogotá, em outra viagem meteórica. Vamos ver se de lá tenho algo mais emocionante para contar. 

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