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quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Costa Rica, 01 de novembro de 2011.


Curso de Agroecologia, Hotel Cibeles, Heredia, Costa Rica
Hoje já é terça-feira e nem parece que cheguei à Costa Rica ainda no domingo pela noite, depois de uma viagem tranquila desde Quito. O tempo voou. Nem cheguei tão cansado pela semana que passei no Equador, mas um pouco preocupado pela semana que tinha e ainda terei pela frente. O bom é que o mais pesado do curso pelo qual estou aqui passou. Ontem e hoje era comigo todo o tempo, nove horas por dia, mas agora teremos quarta e quinta de visita a campo, onde mesmo que eu siga trabalhando é sempre menos tenso e mais agradável que dar aula durante todo o dia.
O grupo é grande e diverso, o que complica a vida do professor, mas torna o desafio mais estimulante. Muitas vezes sou obrigado a falar a mesma coisa de diferentes maneiras. São 54 pessoas, a maioria agrônomos e lideranças de movimentos sociais ou dirigentes de cooperativas e associações. Nicarágua, Guatemala, Honduras, El Salvador e Costa Rica. Chama a atenção serem mais mulheres do que homens, isto não é normal nos espaços onde circulo.
Momento de intercâmbio de experiências no curso
Estou aqui à convite de duas ONGs. CEDECO, aqui da Costa Rica, velha conhecida, e o Centro Cooperativo Sueco (CCS), ONG de Cooperação Internacional, com sede na Suécia. O CCS tem presença, ou seja, projetos executados com seus recursos, nestes cinco países da América Central e está fazendo da Agroecologia um dos seus eixos de atuação. Este curso é como uma etapa para “colocar o tema sobre a mesa”, como eles me disseram. Ontem e hoje trabalhei o que pode ser chamado do aspecto mais técnico da agroecologia, manejo de solo, proteção das plantas e tal, amanhã e depois vamos ver experiências práticas, sexta mudança climática pela manhã e comercialização de produtos ecológicos pela tarde. Terminamos sábado em uma Feira de Produtos Ecológicos. Tá tudo bem, não me queixo, eu gosto de fazer este tipo de trabalho.
Estou em Heredia, cidade vizinha à capital, San José. Em um hotel chamado Boungainvillea, que tem a minha medida. Boa cama, bom quarto, bom café da manhã, e principalmente, um jardim sensacional, com dezenas de espécies de orquídeas, bromélias, helicôneas, rãs, pássaros, borboletas. Possivelmente duendes e fadas, mas parecem que não querem aparecer para mim, devo estar me comportando mal com eles.
Já estou meio cansado de estar longe de casa, saudades dos meus. Esta viagem para cá emendou com Equador, que já tinha sido pouco tempo depois de Coréia e China. Ossos do ofício. Por outro lado, trabalho que gosto de fazer, bom hotel, revendo bons amigos, sendo bem tratado. Filés do ofício.
Amanhã saio às sete da manhã, melhor dormir.

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