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domingo, 22 de maio de 2016

Maputo, 22 de maio de 2016.

Capulanas, variações de panos e roupas na FEEMA.
Moçambique está no sudeste da África, na reta da Austrália, bem em frete a Madagascar pelo mapa plano que normalmente visualizamos. É um país economicamente pobre. Em renda por habitante está entre os quinze mais pobres do mundo, segundo a ONU. Todos estes quinze países são Africanos. É muito difícil entender este planeta e os seus habitantes.
Maputo e cidades vizinhas concentram cerca de 15% da população do país, hoje estimada em 25 milhões. Naturalmente, como capital, oferta produtos e serviços incomuns em outras partes do país. O que quero dizer é que Maputo, mesmo com visíveis problemas de infraestrutura e organização, não espelha a miséria do país. Infelizmente, acho que ainda não será desta vez que terei a oportunidade de conhecer além da capital. Lamento. Ver uma capital nunca é ver um país.
Índico a partir do Jardim ds Namorados!
Maputo é uma cidade interessante, ainda que eu não possa indicar como um bom roteiro de férias e nem entre no rol das mais bonitas que conheci. Mas tem mar, boas praias, alguns pequenos e bem cuidados parques municipais, relativamente segura, boa comida, bom clima (está a 26° de latitude Sul), população muito amigável.
Hoje, domingo, não tinha absolutamente nada para fazer. Passei o dia esperando o dia passar, o que não é necessariamente ruim. Caminhei por lugares por mim dantes caminhados e pude confirmar a sentença: o medo alarga distâncias. Desta vez, muito mais tranquilo e me sentindo em casa, tudo está mais perto. Fui ao Jardim dos Namorados, passeei pela orla e fui até a Feima, uma feira de artesanato. Minhas companhias foram meu iPhone (tenho que confessar, acho o consumismo um dos grandes problemas da humanidade, a Apple tem perversas práticas de obsolência precoce planejada, mas eu amo meu iPhone...) um croissant de chocolate, um doble expresso, uma Laurentina premium, meu almoço, uma água pedras. E um livro do Mia Couto, "Antes de nascer o mundo". Excelente leitura, como tudo que já li do Mia Couto.
Nhagama preparado com coco, amendoim e camarão. 
Almocei na Feima, em um quiosque/restaurante de cozinha moçambicana. A comida aqui é um caso à parte. A influência indiana na culinária local, aumenta a oferta de aromas e sabores. Amendoim e coco é muito usado, assim como folhas – couve, folha de bata-doce, folha de feijão, caruru e outras. E ainda tem vários restaurantes indianos e portugueses, aumentando as possibilidades por excelentes rumos. Hoje experimentei um prato local feito de nhagana (folha de feijão fradinho), que se prepara com amendoim. A receita que comi ainda levava leite de coco e camarão. Muito bom.
Cheguei no hotel e fiquei entre um pouco de trabalho, leituras, escrever, facebook, instagram e netflix. Tudo isto acompanhado de yogurte e chocolate... Depois de cinco horas nessa lama, resolvi dormir. Amanhã tem mais.

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