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quinta-feira, 19 de maio de 2016

Maputo, 19 de maio de 2016.

Visita ao campo da Comissão de Ética do SPG de Maputo
Hoje foi o dia um pouco diferente, ainda que a maior parte tenha sido no campo. Uma das minha tarefas aqui é colaborar com a implantação de um Sistema Participativo de Garantia para a produção orgânica que a ESSOR tem estimulado junto aos agricultores. Quando estive aqui em 2014 um dos produtos da minha consultoria era deixar um possível desenho de como este sistema poderia funcionar. De lá para cá eles trataram de colocar em operação um piloto deste sistema.
Minha amiga D. Elza
Um dos momentos previstos era uma reunião do que chamamos de Comissão de Ética, que deve gerir todo este processo e definir, a partir de documentos oriundos do campo e de eventuais visitas às machambas, quais agricultores devem/podem ou não serem certificados.  Foi o que fizemos hoje, a primeira reunião da Comissão de Ética do Sistema Participativo de Garantia (SPG) da Cadeia de Hortícolas Saudáveis de Maputo. Nome grande, e para mim cheio de significado. Eu me envolvo com este tema desde antes dele ser um tema e ter um nome ou um conceito. Há 25 anos era só uma intuição de que algo nesta linha deveria existir. Vê-lo hoje ser considerado um método válido por várias legislações, com o envolvimento real de, e beneficiando, milhares de produtores em dezenas de países deixa uma sensação agradável. Muito agradável.
No campo, fomos à mesma machamba que fui ontem, quando estava apenas a Dona Elza. Hoje a filha, Lisete, também estava. Éramos umas doze pessoas, representando diferentes setores envolvidos no trabalho, governo, ONGs, agricultoras e consumidoras. Muito agradável, visitamos, conversamos muito sobre o belo manejo que elas fazem e de tarde fomos para reunião de escritório, onde foi aprovada a certificação de 35 famílias. Que beleza!
Em uma saída lateral do mercado Janet. 
Hoje tive pouco tempo pra passear, mas acabei encontrando um mercado público, com muitas bancas. "Mercado Janet". Perto do meu modesto hotel, ao lado da Catedral, na Av. Mao Tse Tung. Uma viagem... nas suas dezenas de bancas tem absolutamente tudo. Podem acreditar, tudo. Churrasqueira, pimentas, produtos de limpeza, arroz, cosméticos, artesanatos de palha, salões de beleza, kiwi e costureiros. Camarão, ratoeira, maçã, botas, feijão, cabelos, adaptadores, carne, roupas, aguardentes. Tudo. Vou chamar a limpeza e organização de peculiar. Fica bom né? Peculiar.
De noite voltei pela terceira vez na semana no Galaxi, restaurante indiano aqui próximo de onde estou hospedado. Não é ótimo, mas é honesto. Só para lembrar, Maputo é banhada pelo Oceano Índico, mais na reta da Austrália, mas ao longo dos séculos foi rota das chamadas grandes navegações, e recebeu muita influência da Índia.
delicioso...
Comi um frango ao curry (aqui aportuguesado para caril) muito bom. Com arroz e um naam, pão indiano, com queijo caseiro, alho e piri-piri.
Na TV ligada, o jornal repercute a declaração que o ministro da economia fez ontem no Congresso Nacional. País em crise, é o que se fala por aqui. 

Um comentário:

  1. Acompanhando pai. Me parece que a necessidade de um assistente (da área!!) é crescente.

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