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terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Portugal e Alemanha, 09 e 10 de fevereiro de 2015.

         
Feira em Valência de Alcântara, Espanha
       Já estamos em Nuremberg. Saímos ontem no final da manhã de Marvão. Na hora de pegar a estrada para Lisboa, vimos uma placa que apontava para a Espanha, e não resistimos. Em 15 minutos estávamos em Valencia de
  Alcântara, uma cidadezinha da Província de Extremadura. 

     
Queso y Jamón serrano... pensa...
E demos sorte porque a feira dos produtores locais acontece justamente às segundas pela manhã. Passeamos, tomamos café, compramos queijo e jamon serrano e seguimos viagem.  

       Um detalhe interessante, já quase velho, mas que não me cansa de surpreender: na hora de passar entre os dois países, o pórtico da alfândega virou peça de museu. Me lembro quando, no ginásio (sim, sou deste tempo), meu professor de geografia, o Albino, nos falava da Benelux, a comunidade formada no pós guerra por Bélgica, Holanda e Luxemburgo, na qual as fronteiras haviam sido eliminadas. Com muito planejamento esta experiência fluiu para a a CEE – Comunidade Econômica Européia e daí para a UE - União Européia, que hoje é composta por 28 países. 
Ex-fronteira entre Espanha e Portugal
        Sou fã da UE. Sei que quem está no cotidiano desta nova geografia política sente suas conseqüências negativas, que sempre existem em uma mudança deste porte. Muitos dos meus amigos europeus reclamam que o centro das tomadas de decisões vêm sendo continuamente drenada dos governos nacionais para Bruxelas, centro de poder da UE. E claro que os países mais fortes, como Alemanha, Inglaterra e França, ficam com uma fatia maior do poder, desagradando outros países com menos força econômica. 

     Mas vou ser sempre simpático a decisão de eliminar fronteiras. Deve ser inocência minha, ou influencia de John Lennon e seu “imagine there no countries...”, mas acho que a Europa com esta ousadia mais uma vez mostra um caminho possível para outros continentes. E tenta se mantém em paz, longe das guerras que sempre se fizeram presente na sua história. Espero que os problemas que a Europa vem enfrentando encontrem saída dentro da manutenção desta lúcida iniciativa. 

         Chegamos a Lisboa ao entardecer. Foi tempo de deixar as coisas no hotel e ir comer um bacalhau, já estávamos preocupados de sair de Portugal sem cumprir esta obrigação. Estava ótimo.

ana, animada com o Finnegans Wake...
        Hoje foi acordar, tomar café em uma padaria portuguesa e vir para a Alemanha, de avião até Frankfurt e de trem para Nuremberg. Viajar de trem é sempre uma experiência agradável, ainda mais com uma boa cerveja alemã no vagão-restaurante.

     Aqui ao lado do hotel que estamos, o Ibis altstadt, no centro histórico da cidade, tem um PUB Irlandês que se chama Finnegans Wake, nome quase mítico para um lugar assim, fazendo alusão ao famoso romance de James Joyce. Fomos obrigados a ir lá... Realmente a Europa é demais!


       Agora é dormir, amanhã tem feira, dia de trabalho. Trabalho? É dever ser...

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