Pesquisar este blog

terça-feira, 22 de setembro de 2015

Milão, 21 de setembro de 2015.

A Praça e a Catedral
Hoje meu dia começou com a esperança, logo frustrada, de ver a Santa Ceia, de Da Vinci. Fui até a Igreja de Santa Maria das Graças, onde ela está pintada e confirmei o que imaginava. Ingresso só para novembro. Far cosa?, iriam os italianos. Fazer o que?, digo eu. 
Aí dentro esta a Santa Ceia.
Cada vez mais há menos espaço para este turismo easy rider. Claro, estou exagerando, sempre haverá espaço para viajar sem reservas e compras antecipadas, mas aí você vai a Milão e não vê Da Vinci, vai a Cuzco e não vê Machu Picchu, vai a Nova York sem show na Broadway. Possível é, mas pode ser meio frustrante. Hoje foi. 
Segui caminhando, como uma lista internética das dez coisas que não se deve deixar de ver em Milão. Vi algumas delas. 
Comecei pela Catedral de Milão (em italiano, Duomo di Milano). Impressionante. Enorme. Pedras, muitas pedras. Esculturas, vitrais, pinturas, mármore. Muito mármore. 
Por todos os lados uma profusão de imagens de santos, mártires, bispos, papas. Fico imaginando que uma vida não é suficiente para estudar e entender tudo que os artistas que a construíram tentaram representar em todos seus espaços. Bom, sua construção começou em 1386 e terminou em 1813... foram mais de 400 anos!
Aprendi aqui que ela tem 157 m de comprimento e 109 m de largura. A altura chega a 45 m, O estilo da catedral é único, o gótico flamejante. Adorei gótico flamejante. Não sei o que significa, mas sei que conheço pessoas que mereceriam esta alcunha, são góticos flamejantes!
Em frente à Catedral, uma enorme praça. Nela e nas calçadas adjacentes muito movimento, turistas, guias, vendedores, artistas de rua. Um destes artistas tocava Teremin. Conhecem? Se não, deem uma busca na net. É um instrumento musical russo, que se toca sem contato físico. 
Mãos se movimentam e a musica saí... incrível o Teremin!
Duas antenas emitem sinais e as mãos entre elas controlam a freqüência e o volume. O visual são mãos flanando e a musica saindo. Demais!
Seguindo minha lista passeei pela Galeria Vittorio Emanuele II, e pela rua do mesmo nome. Entre a galeria e a rua, fechada para carros, podem ser vistas todas as marcas conhecidas e cultuadas do mundo. Principalmente roupas, mas  também relógios, jóias, bolsas, sapatos e outros acessórios. Também muitos cafés, restaurantes e gelaterias. Ai, as gelaterias... Muita gente comprando. De todos os lugares do mundo. Muitos brasileiros também, português é um idioma que se ouve fácil caminhando na rua. Vi muitas caras diferentes vendendo bobagens pelas calçadas e praças. Economia informal deixou de ser privilégio dos africanos, mesmo que ainda sejam a maioria.
Dentro da Galeria Vittorio Emanuele II
Como tomei um belo café da manhã, resolvi não almoçar. Sentei em uma gelateria e pedi uma água e um sorvete. Água sem gás. Sorvete de três sabores, todos deliciosos. Pedi a conta. Seis euros. 3,20 a água, 2,80 o sorvete. Decidi que não tomo mais água na Itália, só sorvete.
Desisti de minha lista de lugares para ver e passei o fim da tarde na praça, sentado em frente à Duomo. Vendo gentes, ouvindo sons, pensando pensamentos. Fim de verão, temperatura agradável, entardecer longo, deu para ver, ouvir e pensar bastante. Conclusão dos pensares? Nenhuma, só que amanhã tem mais.

Entardecer na Praça. Neste momento um artista de rua
cantava Caruso. 
Chão da Galeria Vittorio Emanuele II
São Bartolomeu, o apóstolo que dizem
ter ido para Índia pregar o Evangelho.
Nesta escultura, dentro da Catedral, ele é
retratado  vestindo-se à maneira
de um indiano.


Nenhum comentário:

Postar um comentário