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domingo, 27 de setembro de 2015

Recife e Lisboa, 26 e 27 de setembro de 2015.

Melhor do dia, vi isto em um bar chamado Velha Senhora
Se entendo o pouco que já li sobre física quântica, ela afirma que algo só existe depois de visto. É o observador que precipita a realidade. O indiano Amit Goswami usa uma história popular no seu país para tentar esclarecer esta afirmação. Um velho sábio saiu de casa e ao passar pela autoridade local esta lhe perguntou onde ele ia. O sábio disse que não sabia. A autoridade insistiu uma e outra vez, sempre ouvindo o velho dizer que não sabia. Irritado, deu voz de prisão, dizendo que por desacato o sábio iria passar a noite na cadeia. A resposta que a autoridade ouviu: viu? Te disse que eu não sabia...
Lisboa sempre linda - visual do Alto Chiado
Este meu fim de semana me lembrou esta história. Cheguei em Porto Alegre desde Milão às nove da manhã. Saí as três da tarde para Recife, via Guarulhos, onde deveria embarcar para Praia, capital de Cabo Verde. O que já parecia insano se transformou em surreal. Perdi a conexão em Recife, de fato ela era muito justa. Como este voo que perdi, da Cabo-verdiana airlines é semanal, e eu preciso estar em Praia amanhã, segunda-feira, a solução encontrada por quem me contrata em Cabo Verde foi emitir um bilhete via Lisboa. Sim, cheguei aqui em Lisboa hoje às onze da manhã e saio daqui a pouco, oito da noite.
Ontem passei o dia em Recife, a maior parte do tempo preparando minha atividade desta semana, mas encontrando tempo para uma boa caminhada no calçadão da sempre agradável praia de Boa Viagem.
Hoje eu tinha oito horas entre a aterrissagem em Lisboa e a decolagem para Praia.
Expresso e Pastel de Nata!
Resolvi sair do aeroporto, respirar um pouco de Lisboa. Quando cheguei na estação Alto Chiado era exatamente meio-dia. Dei de cara com o Café A Brasileira e com a estátua de Fernando Pessoa sentado, esperando companhia para um café. Sempre gosto de encontrá-lo. 

        Depois de ver o Poeta, passei a tarde caminhando e comendo. Tomei café com pastel de nata na famosa Rua Augusta. Parei numa mercearia de um indiano para comprar uma Pedras, a famosa água mineral daqui, levemente salgada. Depois tomei  um chopp local no Museu da Cerveja, no Terreiro do Paço, vendo o Tejo ao fundo e o Arco da Augusta ao lado. Muito agradável.
O almoço foi bacalhau à lagareira, no restaurante São Ciro, ao lado da Praça D. Pedro IV, no Rossio. Escolhi mal. digo o restaurante, não o prato. Para compensar o almoço apenas razoável fui buscar a sobremesa na Confeitaria Nacional, que fica na Praça da Figueira e se diz a mais antiga e tradicional de Lisboa. Fundada em 1829. Terminei meu passeio ali, outra vez com um expresso e um pastel de nata.
Tô muito bom na selfie... este é o
Arco da Augusta
Ruim passar seis horas flanando por Lisboa? Não! Mas um domingo, já fora de casa a dez dias, sozinho... É, o lobo solitário, depois de velho, virou um ser gregário. Interessante, acho que isto é uma evolução da espécie.
A história do sábio indiano me volta aos pensamentos. Sexta- Feira de noite se tivessem me perguntado onde eu iria passar o fim de semana, eu teria respondido: Praia, Cabo Verde. Erraria feio. Passei entre Recife e Lisboa. O certo seria responder não sei. Nós nunca sabemos!
Espero amanhã estar em Praia. A realidade a ser precipitada lá é um curso de cinco dias para quarenta técnicos do governo federal. Tá bom, to a fim mesmo de trabalhar.

Visual do Terreiro do Paço e do Arco da Augusta

Da minha mesa, no Museu da Cerveja.

Da minha mesa, no Museu da Cerveja, outro ângulo.

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