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quarta-feira, 11 de outubro de 2017

Satipo e Huancayo, 10 e 11 de outubro de 2017

Lindo... altiplano Peruano, região de Jurin
Hoje acordei cedo e fui visitar o mercado de frutas, verduras e carnes de Satipo. Além de roupas, tênis, brinquedos e tudo mais que se pode imaginar. Viva a China! Bom para ver o movimento da cidade na primeira hora do dia. Depois um café da manhã com suco de mamão e sanduíche de ovo com queijo e por volta das oito da manhã saímos de Satipo para Huancayo, capital da Região de Jurin, aventura que durou o dia todo.
Rio Satipo, hoje cedo, ponte que liga uma
comunidade à cidade
Viajamos em um tipo de táxi, carros que fazem estas viagens intermunicipais e Van. Serviço interessante, mais prático que horários fixos de ônibus. Lota-se um carro e pronto, começa a viagem
Estrada entre Satipo e La Merced, 
região amazônica
Vou descrever a minha interessante odisseia do dia por partes: de Satipo para La Merced fomos em um sedan, mais para velho que para novo. Esta primeira parte da viagem foi toda em selva alta, como eles denominam está região amazônica de relativa altura. Neste caso entre 600 e 800msnm. Éramos cinco no carro, além do motorista, e estou feliz que me deram o banco da frente.
Estrada estreita, sem acostamento, com o rio Perené de um lado e montanhas de outro. Bonita, mas não especialmente bonita. Sol forte, que depois da metade da manhã entrou no carro sem pedir licença. Janelas abertas não impediram o forte calor. 

Em La Merced foi só tempo de trocarmos de cara para irmos a Tarma. Aliás um carro bem melhor, para seis pessoas. Em poucos quilômetros começamos a subir drasticamente. A temperatura diminuiu e a paisagem se despiu de bosque e se vestiu de montanhas altas, pedras e vegetação baixa. O rio saiu do nosso lado e foi para o fundo do vale. Esta é uma característica dos países andinos. Mudanças bruscas de paisagem em função das alterações na altitude. O que acontece e aconteceu em todos os lugares ao longo da história, troca de mercadorias em função do que é produzido em diferentes ecossistemas, nos Andes ocorre em distâncias muito mais curtas. Da mandioca à batata andina, mal denominado inglesa, se passa em poucos quilômetros.
Almoçamos em Tarna, já há 3000
Igreja de Tarma
metros de altitude, tomamos um café e agora de Van seguimos pela Cordilheira por mais duas horas, entre subidas e descidas, até chegar a Huancayo, 3300msnm. Uma parte da viagem foi no altiplano, cerca de 4000msnm, visual mais calmo, subidas breves e paisagem com ondulação mais leve, solos cobertos por pedras e vegetação baixa e amarelada, sinal de uma paisagem geologicamente jovem e com pouca precipitação.
Visual de uma vila do altiplano, entre Tarma e Huancayo
Nas partes relativamente mais baixas vi muita agricultura, principalmente aveia e alfafa para o gado e fava, muito consumida, tanto verde quanto seca, na culinária andina.
Chegamos em Huancayo pouco antes das seis da tarde, aqui já noite. Tempo de rever amigos, e fazer uma breve reunião preparatória ao dia de amanhã enquanto jantávamos.
Para não passar em branco o relato de ontem, vou contar que tivemos duas reuniões onde minha tarefa foi falar da nossa experiência em desenvolvimento dos mercados locais para produtos ecológicos e os sistemas participativos de garantia. Em Pangoa pela manhã e em Satipo do almoço até às 17:00 porque a partida de futebol decisiva entre Peru e Colômbia parou o país, com o Governo decretando feriado a partir das quatro da tarde. 
Almoço / reunião. Restaurante turístico de uma 
comunidade indígena da amazônia peruana
Durante o dia todos os apresentadores de jornais televisivos com a camisa da seleção Peruana. Funcionários de lojas e até bancos, da mesma forma. Na hora do jogo todos os restaurantes e lanchonetes cheios com suas TVs ligadas. E na praça central telão e até arquibancada improvisada. No fim do jogo todos felizes porque Peru vai disputar a repescagem.
Voltando ao hoje, poucas vezes fiz uma viagem de carro tão bonita / interessante quanto está de Tarna para Huancayo. Justificou o dia. Amanhã tem trabalho, palestra no Encontro Nacional de Produtores Ecológicos. Vou dormir para estar bem e melhor adaptado à altitude.

Banana diferente, deliciosa, vi muito por aqui

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