Pesquisar este blog

sábado, 14 de outubro de 2017

Huancayo e Lima, 13 e 14 de outubro de 2017

Foto tirada de dentro do ônibus. Viagem entre montanhas. 
Ontem foi o segundo e último dia do Encontro Nacional de Produtores Ecológicos. Sobre isto vou apenas mencionar que a Associação Nacional de Produtores Ecológicos do Peru achou por bem dar uma medalha a algumas pessoas que eles julgam vem contribuindo com o desenvolvimento da Agricultura Ecológica no país. Ganhei uma e curti. Segundo minhas anotações é a 18 vez que venho ao Peru, e todas elas a trabalho. Bom saber que as pessoas com quem trabalhei valorizam o feito!
Encontro terminado resolvi antecipar minha vinda para Lima e viajei a noite toda. São trezentos quilômetros, sete a oito horas de viagem. Subidas, descidas e curvas diminuem muito a velocidade média. Deveria chegar às seis da manhã e cheguei às doze. Não pude visitar as Feiras Ecológicas do sábado de manhã. Porque? Não sei se acidente ou um deslizamento de barreira. Coisa dos Deuses. As mais altas montanhas aqui são tratadas como Divindades. "Apu" é a denominação utilizada, tenho a impressão que vem do Quéchua, uma das duas principais etnias dos Andes, junto com os Aymaras. Elas cuidam do território que está sob sua guarda, sob seu olhar. Então, um destes Apu definiu por causar este inconveniente para quem estava na estrada esta noite. Deve ter tido suas razões. Estou falando assim porque eu era o único irritado dentro do ônibus, os outros só davam de ombros... deve ser porque não sou de montanha...
Estes dias quase não falei de comida. Vou postar fotos aqui do que comi durante esta semana. Para quem não se lembra, o tema alimentação no Peru é um caso à parte. Se fala muito de comida, se come muito, o peruano tem profundo orgulho da sua culinária. Dos países que eu conheço considero que México e Itália são algo parecido, mas considero que aqui o tema abarca outras dimensões. Vou dar um exemplo. A pessoa mais conhecida e popular do país é um cozinheiro. Gaston Acúrio. Seu restaurante Gaston y Astrid está sempre na lista dos melhores do mundo. Até onde eu sei, tem um aqui em Lima e outro em Madrid. 
que cena... sábado à tarde, rapaziada da terceira idade
dançando
salsa na praça central de Miraflores!
Os partidos políticos vivem tentando seduzi-lo para que ele concorra à presidência do país. Seria como uma eleição certa. Gaston se recusa e faz sua militância social através da APEGA, Associação Peruana de Gastronomia.  A gastronomia Peruana é reconhecida como uma das melhores do mundo, atrai ao país turistas e é a principal fonte de autoestima do povo peruano. Enfim, não vou me alongar mais sobre este importante aspecto da cultura deste país, aqui mesmo no blog já escrevi sobre isto. Como disse, vou colocar algumas fotos, até porque não é possível passar aqui e não mencionar este assunto!
De resto, passei a tarde caminhando pela agradável Lima.
Visual do Larcomar, Miraflôres.
Eu gosto muito daqui e lamentei ter tido só meio dia desta vez. Aproveitei para almoçar no Punto Azul, um dos meus preferidos e tomar um café no Larcomar, o centro comercial que fica quase incrustado na falésia que beira o Pacífico. Dois programas que sempre que posso, repito. 
Passeei sozinho toda a tarde até o início da noite. Caminhava com certo ar de certa nostalgia até tomar dois cafés, um americano e um expresso duplo. Pronto, fiquei com a poesia e despachei a nostalgia. Não posso me dar ao luxo de baixar o astral, amanhã começa nova jornada.

Emendar viagens sempre me conduz a este tipo de emoção. Termino uma lida e tenho a sensação que devo voltar para casa. Mas preciso manter a guarda alta, amanhã vou para Ibarra, serra equatoriana, me aguarda uma semana intensa de trabalho no Equador!


Pescado al Jerez, do restaurante Punto Azul.
Bom demais, molho branco com camarão,
lula, polvo e mexilão. 

Bebida muito comum no país, a Chicha Morada é da 
região andina do Peru, pré-hispânica, 
feita a base de milho roxo. 

Ceviche, peixes ou outros frutos do mar "cozidos" no limão,
com pimentas e outros pimenta. Sevido sempre com
milho, batata doce ou abóbora cozida, 

Chicharones, neste caso de peixe. No Brasil seriam
iscas de peixe à milanesa. 

Lomo Saltado. Muito comum aqui. Carne cozida com
tomate, cebola, servida com batatas fritas e arroz.
Por vezes a batata vem misturada na carne,
junto com a cebola e o tomate.

Sempre antes das refeições, eles colocam "cancha" sobre a
mesa. Milho torrado e salgado. Pimenta também
é muito comum aqui.

Nenhum comentário:

Postar um comentário