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terça-feira, 17 de outubro de 2017

Lima, Quito, Ibarra e Puyo, 15 e 16 de outubro de 2017.

Esta montanha está ao lado do vulcão Imbabura,
o Apu (seres tutelares) que cuida desta região. 
Saí de Lima ontem, domingo, pela manhã, em direção à Quito. Estavam me esperando Eduar e Elisa, que trabalham com Agroecologia no Equador e Dana, colombiana que trabalhou muitos anos no Brasil e está aqui também na condição de convidada. 
Pacho Gangotena conversando com seus consumidores
Almoçamos e fomos à propriedade de Pacho e Maritza, um casal que conheço há anos e que conduzem um trabalho muito reconhecido aqui no Equador. Sempre um prazer rever amigos que há tempos trabalham na mesma onda. Desta vez foi uma visita rápida, pois eles estavam em um dia de casa aberta, quando os consumidores vem conhecer, conversar, comer e comprar algo.  
A viagem para Ibarra¸ capital da província de Imbabura, foi de dia, com a estrada serpenteando entre as altas montanhas da Cordilheira dos Andes. Sempre bonito, mas aqui no Equador com o diferencial em relação ao Peru de termos cobertura verde em quase todo o trajeto. Uma parte com uma forte agricultura, outras pastagens e ainda parte em cobertura florestal.
Região com lindos lagos e montanahas
Chegamos por volta das sete da noite. Tive tempo para dar uma voltinha pela cidade voltei cedo ao quarto, para preparar minha palestra e dormir.
Estou esta semana no Equador para participar da IV edição das suas Jornadas Agroecológicas. Uma série de eventos, ao mesmo tempo coordenados e independentes, sobre Agroecologia, que se realizam em diferentes regiões do país. Farei palestras em quatro dessas regiões. Para isto viajarei a semana toda.
Cerimônia à Pachamama
Hoje o seminário começou com uma cerimônia. No Brasil costumamos chamar de mística. Um momento inicial que tem como objetivo sintonizar os participantes com o que virá, vinculando-os com a temática por uma via mais emotiva e menos racional. Aqui foi uma cerimônia à Madre Tierra, Pachamama em Quéchua. Palo santo queimado odorizava o ambiente, todo decorado carinhosamente com flores, sementes, raízes e panos coloridos. Bonito momento. E me pareceu genuíno.
Fiz a palestra sobre Agroecologia e a Construção Social de Mercados. Logo depois retornei a Quito, desta vez de táxi, duas horas de viagem, para uma reunião no Ministério da Agricultura. Terminamos e fomos para um café chamado Tienda Solidária Tierra Adentro. Muito agradável. Às seis da tarde chegou o carro do Ministério que nos trouxe para Puyo, região Amazônica do Equador. Chegamos depois das dez da noite.
Ruas de Ibarra
Uma pena viajar de noite. São 250 quilômetros e levamos 4 horas neste trajeto. Descemos quase 1400 metros, dos 2300 msnm de Quito para os pouco mais de 900 de Puyo. Puyo é capital da Provincia de Pastaza, região de entrada da floresta amazônica. Mesmo sendo de noite pude ir venda a diferença na vegetação à margem da estrada, mais exuberante à medida que a silhueta negra das altas montanhas iam se fazendo menos visíveis.
Como podem ver a semana é agitada, amanhã mesmo volto para Quito, onde quarta-feira de manhã pego avião para Cuenca, linda cidade da Serra e onde já estive várias vezes. São uma da manhã e ainda estou aqui escrevendo. Este movimento todo deveria me cansar, mas o efeito é outro, fico ligado. Vou colocar o cérebro em modo avião para ver se descanso...

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