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segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Viena, 13 de fevereiro de 2017

Musikverein
Vou começar o relato do dia pelo fim do dia, onde estamos agora. No Wein Co. (Companhia do vinho), um mercado especializado em vinhos. Vinhos de todos os lugares do mundo. O legal é que se pode comprar, pagar uma pequena taxa e tomá-lo no próprio local, em um ambiente bastante agradável, descolado. 
Wein Co.
E com algo para comer, se você quiser companhia para o vinho. Estamos aqui, Ana e eu, de boa, entre conversas, leituras e escritos. São dez da noite e acabamos de assistir um concerto de música clássica. Estamos na capital da música clássica, não podíamos perder a oportunidade. Numa das principais salas de música de Viena, da Musikverein. Quatro violinos, um violoncelo e no segundo ato um piano. Acústica perfeita, obviamente nada de microfones ou caixa de som. De fato, a música clássica nos leva a outra dimensão. 
Este concerto foi outra escolha da Bárbara, a amiga da Ana que ontem mencionei que vive aqui há dez anos. Ela é musicista profissional e claro que escolheu um concerto de primeira para irmos. Venho de um país onde quem está fazendo sucesso é Wesley Safadão e que tem como boa as canções do Luan Santana. Claro que temos ótima musica também, mas pouca tradição em musica clássica, ao menos até onde sei. E segundo meus filhos, meu gosto musical é duvidoso... Assim, preciso de uma dica profissional para saber o que é boa música.
Casa da Ópera
Falando em arte, Ana hoje me trouxe uma reflexão interessante. Ontem fomos ao Museu. Hoje a um concerto. Ao ver um quadro de Monet, ou uma escultura de Rodin, tomamos contato direto com o artista. Com o que ele tentou nos dizer, ainda que será nossa interpretação que irá definir a obra. No caso da música, o gênio de Mozart, por exemplo, precisa de um intérprete para que eu o acesse. O que isto significa? Talvez que o artista plástico tenha uma conversa mais direta com seu público do que o gênio da música? Realmente não sei, deve ter gente que já refletiu longamente sobre isto. Mas posso dizer que, mesmo reconhecendo  minha ignorância musical, os intérpretes de hoje estavam excelentes.
Igreja de São Estevão
E durante o dia fomos conhecer alguns dos pontos que não se pode deixar de ver por aqui. O primeiro foi a Igreja de São Estêvão. Para quem não se lembra, ele é cultuado como o primeiro mártir do Cristianismo. Foi condenado à morte por apedrejamento por Saulo de Tarso, o São Paulo da Igreja Católica. Esta história está retratada de maneira inesquecível no livro Paulo e Estêvão, de Chico Xavier. Impossível não se impressionar com sua vida e com o caráter de Estevão e, em função deste livro, e de a partir da sua leitura ter me tornado fã de Estêvão, gostei muito de conhecer esta Igreja. Acho que nunca tinha entrado em uma Igreja dedicada a ele. Bom, fora o fato de ser uma das Igrejas mais famosas do continente e de ser belíssima, por dentro e por fora. Li que é uma das primeiras Igrejas em estilo Gótico da Europa.
E teve mais hoje. Fomos ao mercado de rua mais conhecido de Viena. O Naschmarkt. Obviamente um luxo, muito produto legal, de diferentes lugares do mundo. Do Naschmarkt passamos pela praça Carlos (Karlsplatz), onde tem a Igreja de São Carlos. Não conheço este santo e ele, ou algum dos seus prepostos, estava cobrando oito euros a entrada, então não entrei na sua Igreja. Simples.
Hundertwasserhaus
Muito legal foi caminhar pelos bairros ao redor do centro histórico, que são lindíssimos, com prédios sóbrios e imponentes. Numa breve olhada, achei Viena mais bonita fora do seu centro histórico.  Nesta caminhada passamos pela casa de Hundertwasser, uns prédios do multi-artista vienense Friedensreich Hundertwasser, na fase que ele se dedicou à arquitetura.
E para fechar o relato do dia, começamos com um farto café da manhã no hotel, cheio de comidinha boa.
Amanhã pode ser que optemos por conhecer Bratislava, que está a uma hora daqui. Se formos, conto aqui.

Hundertwasserhaus

Naschmarkt

Igreja de São Carlos

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