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domingo, 1 de novembro de 2015

Cuzco, 31 de outubro de 2015.


Visual do Vale Sagrado dos Incas, município de Calca.
Com este visual, 
ficamos conversando sobre AO.
Hoje foi um dia de trabalho intenso. Acordei cedo, antes das seis estava pronto. Sete e meia estava no taxi que me levaria a Calca, local do curso. Taxi coletivo, em uma esquina eles se concentram, cobram por passageiro, quando está cheio ou quase, partem.

A turma do curso
O curso foi na comunidade de Urco, município de Calca. Em um local onde jovens agricultores desenvolvem um trabalho de horticultura orgânica, biojoias e propagam a ideia da Agroecologia. Ficamos por três horas no sol, conversando sobre manejo do solo, adubação orgânica, fazendo biofertilizantes e caldas fitoprotetoras.

 Sol forte, literalmente me queimei. Para mim foi muito agradável e espero tenha sido proveitoso para eles. Em cada lugar que chego busco identificar, através de conversas prévias e da apresentação inicial, qual o déficit de informação que devo procurar minimizar. Minha tarefa aqui foi mostrar que fazer Agricultura Orgânica não pode ser uma atividade pesada, quase uma penitência pelo bem do próximo ou do planeta. Pelo contrário, ela deve ser prazerosa, trabalho menos penoso e com retorno econômico e simbólico. Espero ter deixado esta mensagem! 
Legal né?

Apesar de intenso, o trabalho acabou cedo, comemos no campo mesmo, houve entrega de certificados, alguns discursos e fotos, muitas fotos. 

Quatro da tarde já estava no hotel e fui de novo caminhar por Cuzco. Passei por San Blas que é o bairro dos artistas, principalmente com sua arte Cusquenha, que ficou marcada pela mescla entre o barroco trazido pelos espanhóis e a arte indígena. A maioria das obras guarda relação com o sincretismo religioso entre as crenças locais e o catolicismo, Muito interessante de ver.

Igreja e pracinha de San Blas, com uma feira. 
San Blas é um bairro alto, que na altitude de Cuzco se torna um desafio para subir suas ruas ou escadarias. Lá de cima existe uma linda vista. Desci para o centro e me deparei com a praça lotada. Eu que não estou acostumado com esta festa no 31 de outubro achei que estava no carnaval. Muitas crianças fantasiadas pelo halloween, adultos também. Músicos nas esquinas, teatro em frente à Igreja, feira na praça. E repito muita gente, me chamou a atenção o fato da grande maioria ser de locais.

Fiquei caminhando bem devagar como manda a altitude, apreciando as gentes e seu movimento, pensando na viagem que é a história deste lugar. Vi o entardecer na Plaza de Armas, o umbigo do mundo. Amanhã tenho o dia só para relaxar e passear, aí conto porque Cuzco e mais especificamente sua praça central são o umbigo do mundo. 
A Praça e a Catedral.

A Praça e o Povo.
As mochilas dos alunos num canto.

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