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sábado, 15 de fevereiro de 2014

Nuremberg e Praga, 15 de fevereiro de 2014.



Praga e sua arquitetura... este
 é apenas um prédio dentre tantos
Viajar pelas estradas da Europa é sempre um enlevo. Bom, viajar é sempre um momento de enlevo. Claro que um caminho nunca feito tem um encanto diferente. Hoje fomos de Nuremberg para Praga de ônibus, uns 280 km de distância. Na primeira parte da viagem, ainda pelo sul da Alemanha, paisagem calma, levemente ondulada, alguns poucos cultivos de inverno, muitos bosques homogêneos de coníferas, fardos de fenos espalhados pelos campos, grandes cata-ventos, pequenas cidades. 
De longe vemos a arquitetura característica destas cidades, casas altas, quase monolíticas, com pequenas janelas e cores sóbrias. Algumas vezes só divisamos os telhados inclinados das casas e a torre da Igreja. No trajeto também vimos algo de neve, pouco, mas ainda não a havia visto nesta breve temporada no inverno Europeu. Os bosques e as cidades guardam uma relação em suas arquiteturas. Altos, inclinados, uniformes, sóbrios.
Visual de dentro do ônibus Nuremberg - Praga.
Quando entramos na República Tcheka notei que os horizontes se alargaram e as casas empobreceram, ou pelo menos a pintura não estava tão em dia. A língua das placas de sinalização também mudou, nos fazendo lembrar que entrávamos em um país da ex-cortina de ferro.
Na viagem, dentro do ônibus, o rapaz sentado na minha frente pediu, muito educadamente, para eu abaixar o volume da música que eu estava ouvindo com o fone de ouvido. Estava um pouco alto, e ele ouvia. O Europeu é muito consciencioso de seus direitos individuais. O convívio coletivo é sempre mediado pela noção de respeito total aos mundos individuais. Não sou obrigado a conviver com fezes do teu cachorro na rua, com a fumaça do teu cigarro, com tua conversa no celular ou com o alto volume da tua música. Os latinos convivem melhor com interseções entre os mundos individuais, ainda que elas, as interseções, nos tirem do ponto de máximo conforto individual. Vejo vantagem em ambos os comportamentos e tenho dificuldade em pensar que pode haver uma mescla perfeita entre eles.
Sabia que ia ver o Kafka
Chegamos a Praga e até achar o hotel e estar pronto para sair já estava quase escurecendo. Mas caminhamos bastante, começando pela cidade nova. Bem, nova é um modo de dizer, ela foi fundada em 1348. Fomos até a Praça Venceslau, movimentada, cheia de artistas de rua e lojas cheias. 
Depois fomos só caminhar pela cidade antiga, vimos sua praça central, lindíssima, vimos a torre da cidade e seu relógio astronômico. Praça lotada, colorida, luzes acesas, performances de toda ordem. Aqui se respira cultura. E passeamos, sob lua cheia, pela Ponte Carlos, um dos postais da cidade. Não vou ficar descrevendo Praga, existem vários sites que fazem isto muito bem, é um dos principais destinos turísticos do mundo. Justificável. Como bem definiu um grande amigo, é realmente deslumbrante, “quase uma Paris”. 

Ana e eu jantando na noite de Praga

Levitação pelas ruas de Praga

Músicla clássica fazendo sua ronda noturna.

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