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sábado, 22 de outubro de 2016

Guadalajara, 20 e 21 de outubro de 2016.

Helena conversando com  Frida!
Vim a Guadalajara para um programão. Ver minha filha, Helena, que vive aqui desde março de 2014. Achou a oportunidade de trabalhar na fábrica da Hersheys pela internet. Veio para ficar seis meses, já se vão mais de três anos. Mora sozinha, em um simpático apartamento no charmoso bairro Providencia. Não tem TV em casa, porque netflix e redes sociais é suficiente. Não tem empregada e sua casa tem pouquíssimos móveis. Tem como objetivo cozinhar em casa três vezes por semana. Os restos dos dias, come fora. Nascida em 1989, não sei se ela é cool, descolada, tendência ou hipster. Ou uma legítima representante da geração y. Ou uma típica milenium. Sei lá, não sei as diferenças.
Vista interna do Hospício Cabañas
Guadalajara é uma cidade grande, mas guarda um certo ar interiorano, o que a torna agradável. Tem 1,5 milhões de habitantes, mas sua região metropolitana chega a quase 5 milhões, sendo a segunda mais populosa do pais.
Hoje fomos passear no centro histórico. É a parte antiga da cidade, que tem quase 500 anos de fundação. Começamos pelo mais interessante que vi hoje, o Hospício Cabañas. Hospício significa orfanato. Em 1997 este lugar foi declarado Patrimônio da Humanidade pela Unesco.
A casa é enorme, imponente, neoclássica, com um belo pátio interno e mais de 100 quartos que hospedaram órfãos até 1980, relativamente pouco tempo atrás. Mas o que realmente impressiona e faz do Hospício Cabañas uma visita obrigatória são os murais que José Clemente Orozco pintou na grande sala situada à sua entrada, que em seu momento foi uma Capela (Capilla Tolsá). Ao todo foram pintados, no fim da década de 30 do século passado, 57 murais de diferentes tamanhos. 
Este mural retrata a mescla de culturas
Orozco, para quem não se lembra, é um dos grandes Muralistas Mexicanos, que surgiram após a revolução mexicana e tinham como objetivo fazer arte popular, acessível a todos. Outro grande nome desta escola é Diego Rivera, o esposo da por todos amada Frida Khalo.
Lindos os murais, cheio de histórias e significâncias que nos foram contadas pelo guia do Hospício. Bom, o tempo era curto e deixamos Orozco e seguimos passeando. Passamos pelo Mercado San Juan de Dios, com artesanatos locais como toalhas de mesa coloridas, sombreiros, copinhos para tomar tequila e calçados de couro. Do mercado fomos para a Plaza de Armas.
A Plaza de Armas não é muito grande, nem tão cuidada. Tampouco muito turística, o que vi foram pessoas locais, passando, passeando, alguns dando comida aos pombos. Ela guarda semelhanças com tantas outras que existem pelo continente. Os poderes medievais como de costume se encontram ali representados.
Catedral Metropolitana de Guadalajara.
A Catedral Metropolitana, poder eclesial tem história, começou a ser feita em 1558. Achei ela mais bonita por fora do que por dentro. Destaque para suas duas torres, construídas no século XIX, depois de um terremoto que destruiu as originais. São consideradas símbolos da cidade.
Visual da Av. Chapultepec.
Do outro lado da rua, o poder político, representado pelo Palácio Municipal e o Palácio do Governo do Estado. O terceiro poder, o comércio, se faz representar por lojas, bares e restaurantes. Não deu vontade de parar e seguimos caminhando até a Av. Chapultepec. De caminho, passamos por ruas interessantes, com algumas casas coloniais e bares convidativos. A Av. Chapultepec é larga, com um calçadão no meio, arborizada e com uma certa elegância.  
Em um determinado ponto, saímos por uma perpendicular, caminhamos três quadras e fomos ao Mercado MéxicoÉ um destes que está na moda agora, com a proposta de revitalizar espaços para quer sirvam de encontro de pequenos pontos gourmet, com variedade de comidas locais e de diferentes lugares do mundo, com aparência descolada. Não comemos ali, mas é fácil ver que é um bom lugar.
Este foi o passeio do dia. O aplicativo nos disse que caminhamos dez km, em treze mil passos. Sou garoto. O melhor de tudo, curtindo minha filhota. Quer mais? Não precisa de mais nada... 
Felipe II segurando uma cruz manchada de sangue... 

No teto da Capela, uma obra impressionante. Se chama
"El Hombre de Fuego".

Dois murais e Helena admirando. Orozco é bom, mas minha obra
é mais bonita...

Um comentário:

  1. Andarilho continuas mesmo quando é por puro lazer e visita a filha....eu estou desacelerando, ficando com medo dos vôos, querendo ficar mais na terra, quiça o longo desemprego me faça afinal mudar de rumo....quando vier ao Rio pode me encontrar numa loja de sapatos do shopping tijuca rsrsrsr

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