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terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Santa Cruz de la Sierra, 14 de janeiro de 2013

Catedral de Santa Cruz de la Sierra
Aqui estou na minha primeira viagem de 2013, em Santa Cruz de la Sierra, Bolívia. A minha geração ouviu muito, lá pelos anos 70, Diana Pequeno decantar esta cidade: "Enquanto este velho trem, atravessa o pantanal, rumo à Santa Cruz de la Sierra...". Na real é a quarta vez que venho por aqui, mas sempre me sinto enganado. Não sei se por esta música, ou por estar na Bolívia, ou talvez pelo nome, "de la Sierra", mas sei que ela engana. Não se trata de uma simpática e charmosa cidadezinha dos Andes Bolivianos, mas sim de uma cidade grande, a maior do país com seus quase dois milhões de habitantes e economia vigorosa, baseada principalmente no gás natural, madeira e pecuária. E nem é tão serra assim, esta a apenas 400 msnm.
Cheguei hoje de tarde e vim aqui para fazer um trabalho parecido com o que fiz em Honduras, na minha última viagem. Identificar o potencial e as estratégias para desenvolver um mercado local de produtos orgânicos. Passo esta semana entre seminários, entrevistas, visitas de campo. Sempre relacionado com a Agricultura Orgânica, ou seja, estou em casa. Este não chega nem a ser meu tema favorito, é na real o meu único tema. Ao menos em termos profissionais. 
Ao redor da praça, suas calçadas em arco
Como disse, não é a primeira vez que venho a Santa Cruz, mas mesmo assim fui dar uma caminhada pelo centro da cidade, ver sua Plaza de Armas e sua Catedral. Acompanhado do Sol, ao meu lado todo o tempo. Santa Cruz é muito quente. Hoje chegou a 36°. Acho que por isto que eu pingava de suor e sentia saudades do meu quarto de hotel e seus 18°. Mas valeu, ao menos vi a praça, o que sempre gosto. É que chego nestas praças e absolutamente não sei onde estou, por tantas e tantas outras a que este desenho de lugar me transporta. A praça arborizada, seus caminhos diagonais unindo suas esquinas, a estátua de um conquistador no centro, do outro lado calçadas quase sempre protegidas do sol com suas coberturas em arcos. Em frente à Igreja vendedoras de velas, na praça vendedores de comidinhas e fotógrafos, lambe-lambes modernos, com câmara digital e impressora, mas com o mesmo modus operandi e senso estético. Tudo isto envolvido pela presença do comércio, da Igreja e prédios do Estado. E de gente. Bastante gente.
Jantei no próprio hotel, o Cortez, nada especial, mas um lugar agradável, já que o hotel tem uma piscina, cercada de vegetação e mesas, um agradável calor pela noite, dando a ele um visual e um ar tropical, quase caribenho! Acho melhor dormir, porque parece que já comecei a delirar, estou em Santa Cruz de la Sierra, não em Santo Domingos ou Aruba.

Um comentário:

  1. Laercio,
    Sempre concordamos que voltar aos lugares já visitados pode ser tão bom quanto conhecer lugares novos!E, que possamos então conhecer um poudo de Santa Cruz!
    Saludos
    Ana

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