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sábado, 2 de junho de 2012

Paraguay, 01 a 03 de junho de 2012


Com amigos, no hotel Oriente, em Curuguaty
E aqui estou de novo, em mais uma viagem relâmpago, de puro trabalho. E curioso que por razões diferentes voltei à cidade de Curuguaty, interior do Paraguai, onde já estive no início de março. Naquela ocasião foi para trabalhar na IALA – Guarany, e agora vim para um curso, convidado por CEDECO, uma ONG da Costa Rica, para trabalhar com Cooperativas do interior do Paraguai e financiado por uma organização Sueca, chamada Centro Cooperativo. Coisas da globalização!
O curso pretende lançar as bases para um projeto que será proposto à Itaipu Paraguai, onde Cooperativas de Agricultores familiares, muitos deles assentados de reforma agrária, buscarão terem reconhecidos os serviços que prestam ao meio ambiente. Este é um tema da moda, buscar mecanismos onde o cuidado que os agricultores em geral e os familiares em particular têm com o meio ambiente seja valorizado. E a Agricultura Ecológica vem junto com este tema, pois óbvio que sua prática eleva o patamar deste cuidado com o meio-ambiente, já presente em vários aspectos de uma unidade familiar de produção agrícola. Por isto estou aqui, falando de Agricultura Ecológica, claro. Os que me conhecem sabem, sou monotemático.
Sobre a cidade, nada a acrescentar, mesmo porque cheguei ontem às sete da noite, vindo por Foz do Iguaçu. São mais de três horas de viagem, e como havia saído de casa às oito da manhã, fui direto para o quarto, preparar minha prosa e dormir. Hoje fiquei o dia todo dando o curso e jantei no próprio hotel. Assim, nem vi a cidade. Menos mal que tive aqui pouco tempo atrás e, como havia comentado, ela não tem tantos atrativos.
Apesar de meteórico, valeu. Fiz meu trabalho, comi mandioca frita, tomei tererê e ouvi o povo falando guarani. Gosto do Paraguai e de sua gente, me sinto totalmente em casa por aqui. De passagem ainda encontrei um velho amigo que agora é Vice-Ministro da Agricultura do Paraguai. Vamos ver onde vai dar, existe muita gente comprometida com a Agroecologia chegando a instancias de poder em vários países latino-americanos. Sinal de mudança no ar? Não sei, veremos, torço por isto. 
Amanhã já regresso. Saio às cinco da manhã, vou por Foz do Iguaçu, depois Porto Alegre, estrada de novo e finalmente, casa, descansar um pouco. Esta semana foi forte, passei cinco dias em Florianópolis ajudando a organizar o Encontro Ampliado da Rede Ecovida de Agroecologia, onde reunimos mais de 1000 pessoas, cheguei em casa sete da noite de quarta e quinta cedinho vim para cá. Pauleira. Mas não me queixo, tenho o privilégio de só fazer o que gosto.
Vou dormir, amanhã acordo cedinho. Post sem graça, né? Como diria Ortega y Gasset, “yo soy yo y mis circunstancias”. As circunstâncias aqui não favoreciam a escrita, mas resolvi fazer para manter o acordo que fiz comigo, escrever em todas as viagens internacionais. Espero que a próxima seja mais inspiradora!

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