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sexta-feira, 23 de fevereiro de 2024

Sevilha, Salamanca, Frías e Bilbao, 20 , 21 e 22 de fevereiro de 2024

 

Bilbao - Visual à margem do rio Nervión

Terça-feira, 20, decidimos passear por Sevilha antes de sair em direção ao Norte. Como o dia só amanhece depois das oito da manhã, e as lojas começam a abrir às dez, nove e meia saímos do hotel. O programa foi andar pelo “casco viejo”, distraindo os olhos pela beleza das ruas e casas. Demos um check no lindo Arquivo das Índias e fomos rever “La Giralda”, como é conhecida a Catedral de Sevilha, nome que na verdade se refere à sua torre. La Giralda, a torre, até pouco tempo era a construção mais alta da cidade, por imposição de uma lei municipal. Agora, já não… conseguiram alterar essa norma e um, apenas um, prédio de dezenas de andares foi construído. De longe, nota-se o mal gosto do prédio envidraçado em meio à beleza horizontal da cidade. 

Plaza Mayor, em Salamanca

Pouco depois do meio-dia, colocamos as malas no carro e partimos para Salamanca. Viagem tranquila, por uma autopista, portanto menos bucólica, e chegamos quatro horas depois, ainda de dia, o que nos permitiu passear pela cidade. Por sinal, belíssima! Igrejas lindas, ruas muito gradáveis, e não apenas no centro histórico, Igrejas imponentes, que só observamos por fora, e uma bela “plaza mayor”, que não aproveitamos como seria indicado, o cansaço bateu e fomos cedo para o quarto.

Ontem, quarta-feira, por volta das dez, saímos de Salamanca para Bilbao. Desta vez, mesclamos a autovia com estradas secundárias, que deixam a viagem mais longa, mas muito mais interessante. 

"Casas colgadas", em Frías.

A estrada secundária nos levou a Frías, que eu havia mapeado na preparação da viagem. E as dicas que ouvi para visitar Frías estavam certíssimas. A cidade é algo à parte… um dos lugares mais interessantes que já fui. É um povoado medieval, pequeno, que preserva sua originalidade, com seu casario e ruas de pedras e um conjunto de casas que foram construídas quase penduradas nas montanhas. Compõe a arquitetura um imponente castelo, cujos muros protegiam o burgo, naquelas épocas em que as disputas eram intensas por cada território. Acho que hoje é meio igual, ainda que meio diferente…

Almoçamos maravilhosamente em Frias. Como gostamos: primeiro prato, segundo prato, pão, água, vinho da casa, sobremesa. Tudo incluído no preço, que está à vista na porta de entrada. Neste caso, 15 euros! Tomamos uma sopa castellana, que caiu muito bem no frio, eu pedi jijas, feito à base de embutido ibérico, refogado com pimentão doce, pimenta, alho, sal. Muito típico em toda Espanha, com diferentes nomes. Em Castilla, se chama Jijas! Veio acompanhado com fritas e ovo! Comida totalmente camponesa, pergunta se eu gosto… Ana, de origem mais nobre, comeu truta assada. Depois de almoçar e flanar pela idade média, em Frías, viemos para a contemporânea Bilbao. Quando saímos de Leon y Castilla e entramos no País Basco notamos a mudança no visual, nas arquitetura das casas, na língua das placas e letreiros. Na chegada, foi tempo apenas de dar uma breve volta pelo centro histórico. Cansados, compramos alguma coisa para comer no próprio quarto: suco, kefir, granola. Estava indo bem, naturalzinho, e me surge um lindo sanduíche de jamón ibérico… não resisti! 

Centro histórico de Bilbao

Hoje, quinta-feira, dia 22, fizemos nosso programa favorito: voltamos ao centro histórico e caminhamos Iara lá e para cá. A cidade é toda muito bonita, e não falo apenas da parte mais antiga, um beleza diferente, mais próxima ao norte do que ao sul da Europa. Eu gosto muito, prédios mais herméticos, com fachada de cores sóbrias e nem por isso menos bonitas. A variedade no desenho arquitetônico também me chama atenção. Caminhamos pelas “sete calles”, fomos ao mercado da ribeira, onde comemos pintxos e bebemos algo. Comemos pintxos também pelas ruas, que é o que mais se faz por aqui. Os bares e restaurantes são um espetáculo à parte. O que são pintxos? São comidinhas, boa parte delas servidas sobre um pedaço de pão, com uma imensa variedade de opções: queijo, presunto, pastas de bacalhau ou camarão, azeitonas, ovos, mini sanduíches, e mais, muito mais. Faz parte da cultura local e é uma viagem à parte por Bilbao, beber algo e comer pintxos.

No meio da tarde, começou a chover, mas ainda achamos tempo para ir à Gran Via, artéria principal da cidade, com muitas lojas de grifes famosas. Passeamos, compramos algo, comemos em um restaurante indiano (na emoção, depois até nos arrependemos, rsrsrs) e voltamos ao bom hotel Mercure Jardins de Albia. Amanhã, seguimos em Bilbao, sábado vamos para San Sebastian! À medida que caminhamos, vou contando por aqui!

Pintxo de jamon e uma tortilla!


Centro histórico de Bilbao

A incrível cidade mediaval de Frías

Castelo de Frías

Jijas!!!

Igreja de São Estevão em Salamanca

 

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