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sábado, 16 de setembro de 2023

Cuenca, 15 e 16 de setembro de 2023

Cuenca, vista desde o Mirador Turi
Chegamos em Cuenca, que tem o muy simpático nome oficial “Santana de los Cuatro Rios de Cuenca”. Ainda na quinta-feira à noite, depois de 28 horas e 5 trechos de viagem. Estamos aqui para um intercâmbio que reúne pessoas do Brasil, Peru e Equador. Os três países serão visitados, trocando ideias e experiências relativas a comercialização de produtos agroecológicos, sistemas participativos de garantia e sistemas agroflorestais. Parece legal, não parece? E é mesmo, muito legal! 

Chica morada, refresco de 
milhi roxo. Um luxo - La Chicheria
Aqui no Equador estamos 12 pessoas que vieram do Brasil e 19 do Peru. Cuenca é parte das visitas que serão feitas durante uma semana. A sexta-feira foi mais de aclimatação, com um pouco de descanso e caminhadas pelo centro histórico. Para mim, foi legal rever uma cidade na qual já estive algumas vezes, sempre à trabalho. E pude ver que Cuenca continua linda, com sua arquitetura colonial, flores colorindo a cidade desde os charmosos balcões das casas e uma atmosfera cultural que se respira pelas ruas. Mas o ponto alto do dia foi o almoço e o jantar no restaurante “La Chicheria”, gastronomia de alta qualidade com uma pegada política super contemporânea. Pensa se eu gosto… de noite, ainda sobrou tempo para um drink na famosa “calle larga”, ponto boêmio da cidade. Vou mencionar ainda nossa visita na ponte “vivas nos queremos”. Forte. Símbolo da luta feminista na cidade, a ponte foi “tomada” pelas mulheres e hoje nela estão pintadas os nomes daquelas que foram vítimas de feminicídio no município.

Cerimônia Cañari - Feira Agroecológica do Cristo Rey

Hoje, sábado, já demos início à intensa programação de visitas durante toda a semana. Começamos pela feira agroecológica de Cristo Rey, onde conhecemos algo do que fazem as famílias campesinas (agricultoras) e participamos de uma cerimônia conduzida por um maestro da cultura Cañari. Uma das tantas culturas da região andina, com uma interessante história de luta entre dois povos fortes que os tentavam conquistar: Os Incas, desde o sul, e os Quíchuas, desde o norte. Pela época do ano, a cerimônia de hoje se chama “Festa da Lua”. Mas se fosse mais ao Sul, em Cuzco, se chamaria “Festa da Princesa”. Essas diferentes denominações podem guardar relação com o fato dos Cañaris reverenciarem mais a Lua, enquanto os Incas, como sabemos , tem o Sol como seu Deus máximo. Voltando ao sentido do ritual de hoje, é um momento de reverenciar os quatro elementos da natureza e seus espíritos, cerimônias que ocorrem de uma ou outra forma em todos os povos, cada um à sua maneira. 
Ana e campesinas na feira

Ainda pela manhã visitamos outra feira agroecológica (El Vergel). Mais troca de informações, mais comida, algumas apresentações com danças típicas e festa na praça.De tarde fomos ao Mirador Turi, um local alto, com muitas lojinhas, cafés e restaurantes, onde podemos ter uma visão de toda a cidade. Aliás, longe de ser pequena, Cuenca tem cerca de 300.000 habitantes.


E terminamos o dia no Parque de la Madre, visitando uma pequena feira de artesanatos e comidinhas antes de jantar outra vez no “La Chicheria”.

Essa foi a passada por Cuenca. E aí? Conhece Cuenca? Gostou de saber algo da cidade?
Amanhã saímos, todo o grupo, de ônibus, em direção à região amazônica do Equador. Passamos dois dias em Gualaquiza. De lá, conto mais!

Ana, minha amiga Bélgica e eu!

Anelise, Daniela e Ana na 
ponte "Vivas nos Queremos"

Ponte "Vivas nos Queremos"

Prato luxuoso na La Chichería

Visual da praça principal de Cuenca


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