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quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Cabo Verde, 30 de setembro e 01 de outubro de 2015.


A pequena praia, na Cidade Velha.
Que interessante estar em Cabo Verde. Devo esta ao meu amigo Alberto Bracagioli, que assumiu este compromisso e me chamou para colaborar com uma parte da formação. Semana que vem ele estará por aqui, iremos nos cruzar no ar.

Estou aqui há apenas quatro dias e tenho trabalhado o dia todo, a maior parte do tempo em sala de aula. Mas, apesar de ter visto quase nada, tenho conversado, lido algo, passeado um pouquinho.
Conversando sobre agricultura

No curso, em conversa com os participantes, tenho aprendido que a agricultura aqui está naquela fase de inicio da revolução verde, onde ainda não entraram com força os adubos químicos, os agrotóxicos, as sementes modificadas geneticamente. Pouco capital, pouco interesse das empresas. Mas elas chegam, para elas a expansão do mercado é inercial, chegam a todos os cantos, usando o fetiche da tecnologia como a cunha onde entram com seus produtos.

Ontem de tardinha consegui passear um pouco, levado pelos meus anfitriões do Ministério. Fui à Cidade Velha, a primeira cidade européia / portuguesa em terras Africanas. Surgiu em 1462. Antes portanto do Botafogo ser campeão pela primeira vez, o que só aconteceu em 1910. 
Casinhas na Cidade Velha.

Me disseram que estava meio abandonada e desde 2009, quando foi considerada uma das Sete Maravilhas de Origem Portuguesa no Mundo e classificada pela UNESCO como Patrimônio Mundial da Humanidade, começou um processo de restauração. Um pequeno povoado, vila de pescadores com astral caribenho, casinhas lindas, incrustada no vale apertado, circundado por altas montanhas. Estou colocando algumas fotos para ilustrar. Acho que os títulos que ostenta têm a ver com o visual natural, uma pequena praia entre dois morros, a arquitetura das casas remanescentes e, principalmente com sua história. Para citar apenas mais uma curiosidade, Vasco da Gama, Cristóvão Colombo e eu passamos por aqui. Não é pouco!

Ao redor das estradas tem muitos hotéis e pousadas, segundo entendi usadas pelo povo de Praia para fins de semana de lazer.

Estrada entre Praia e a Cidade Velha.
Todas as ilhas aqui são vulcânicas, ainda que apenas uma tenha um vulcão ativo, não por acaso chamada de Ilha do Fogo. Ilhas vulcânicas têm este tipo de paisagem jovem, nervosa, com montanhas altas e vales encaixados, nas estradas visíveis desmoronamentos de pedras ou mesmo terra. Andei apenas vinte quilômetros para fora de Praia, e a estrada entre o mar e altas montanhas, verdes nesta época, me lembraram a Nova Zelândia.

Ando comendo bem por aqui. Comi camarões grandes, servidos com casca, ao alho e óleo no restaurante Copacabana, de um casal, ela Brasileira, ele Caboverdiano. No Quintal da Musica, comi atum ao molho carril e no outro dia camarões enormes também ao molho carril, como aqui eles chamam o curry. Nos dois dias acompanhados de musica, boa musica. Cabo Verde é tipo uma Cuba, ilha, pequena (bem menor que Cuba) e com uma produção musical impressionante.
Gambas, que são camarões grandes! Ao curry!

É, a brincadeira poderia durar mais tempo. Ver mais, ouvir mais, comer mais... mas a vida segue, amanhã vou embora, passando por Lisboa e chegando em casa apenas no domingo de manhã. Tá de bom tamanho, nem só de caminhar vive o homem!






Musica, no quintal da musica!

De onde escrevi hoje, ao pé do Atlântico,
no Shopping Praia.

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