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quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Nuremberg, 14 de fevereiro de 2013.



Biofach 2013, visão de um dos seus corredores
A Biofach cumpre o papel de ser a Disneylandia da Agricultura Orgânica. Aqui não existem dilemas. Só notícia boa. Natural, para alcançar seus objetivos a Feira deve girar em torno do sucesso, do boom do mercado, do encontro entre uma oferta crescente e uma demanda incansável. Não vejo nisto um problema, mas é conveniente não se deixar levar apenas pelo que se vê e ouve por aqui para compreender o momento da Agricultura Orgânica no mundo.
É verdade que a produção não para de crescer. Mas sempre aquém das expectativas ou projeções. As causas? Difícil afirmar, mas seguramente mercado muito localizado, normas rígidas e burocráticas e certificações policialescas são algumas delas. Do outro lado existe sim uma demanda crescente por produtos orgânicos. Mas ela é mais perceptível em regiões ricas do Planeta. Sul da Alemanha, Norte da Itália, Califórnia, Inglaterra, Suíça. Oferta limitada, logística de distribuição ainda sendo arquitetada e sobre-preço exagerado justificam este enichamento. Nos países do Sul este mercado quando existe está quase sempre confinado em suas cidades ou bairros de maior poder aquisitivo. Mas, como disse antes, para alcançar seus objetivos estas indagações não são feitas nesta feira. O oxigênio por aqui vem dos negócios, e não das análises e reflexões. É um espaço de construção do Mercado e não de um Movimento. Se poderíamos juntar um e outro? Em tese sim, na vida real, complicado, muito complicado.
Joce e eu vendo os novos produtos.
Mas, a despeito destes comentários, a Feira hoje continuava linda. E continuamos rodando por seus pavilhões e estandes. Me detive um pouco mais em uma área do hall de entrada destinada a produtos novos. São centenas deles, expostos separadamente neste hall, onde participam de uma espécie de concurso, no qual o voto do publico escolhe as melhores novidades em diferentes áreas. Eu escolhi o sabão líquido orgânico para máquina de lavar roupa.
Mas, nem só de trabalho vive o homem... Sempre no segundo dia de feira, após seu horário de encerramento, seis da tarde,  alguns estandes se preparam para uma espécie de festa coletiva, onde cada um apresenta suas armas... Orgânicas, claro! Vinhos, cervejas, sucos, queijos, bebidas e comidas típicas de cada pais ou oferecidas por empresas. Ficamos por ali até as oito da noite.
linda banca com produtos frescos
Anda tivemos tempo para ir ao Barfuber, o mesmo onde estivemos na noite que chegamos e que tradicionalmente recebe os participantes também no segundo dia da Biofach para uma festa. Sempre animada, cheia de gente, música ao vivo, dança. Mas hoje estava vazia, a festa pela primeira vez micou. Acho que tem a ver com os novos tempos, esta festa vem de outra era, onde ainda os velhos hippies orgânicos se faziam presentes.
Menos mal que saímos cedo e fomos a um Pub Irlandês, André, Ana e eu, no porão de um pequeno prédio. Chegamos e uma jovem cantava Janis Joplin acompanhada de um violão. Seguiu com U2, The Police, Adele e outros. Genial. Tomei uma Guiness, em homenagem ao local. A Europa sempre nos reserva boas surpresas, em um café, uma chocolateria, uma padaria ou em um bar. Impagável. 
André e eu no Pub Finnegans

5 comentários:

  1. belo texto laercio
    tu notaste alguma referencia a teores de minerais, brix densidade, cromatogramas...
    Abração

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  2. gostei da foto tua e do andré!! / Gabi

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  3. Achei o Dedé meio volumoso.......

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  4. que legal! quero saber se trouxeram um vinho? ahahahahah! abraço!

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  5. Claro que trouxemos Christian! Mas já tomamos... abçs!

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