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quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Bogotá, 13 de dezembro de 2011

Abertura - Absalón Machado, Luzmila María, Eliseo Alvarado, eu.
Hoje foi trabalho quase todo o dia. Participei de um Encontro Internacional sobre Diversidade e Alimentação. Fui convidado pelo Instituto Humboldt, órgão vinculado ao Ministério do Meio Ambiente da Colômbia. Passamos o dia entre palestras e trabalhos em grupo buscando entender o tema, as ameaças que pairam tanto sobre a Biodiversidade quanto sobre o Direito à Alimentação, visualizar experiências exitosas vinculando estes dois temas e ver como se pode avançar, no sentido de aliar preservação da Biodiversidade com o objetivo de todos, de sempre, acabar com a fome. Na Colômbia e no mundo. Minha prosa foi sobre o aporte da Agroecologia a estes dois temas.
Ajíaco
No almoço comi Ajiaco, uma sopa feita com vários tipos de batata, frango, milho e temperos. Bem típico daqui, achei gostosa, sem ser sensacional. De entrada ainda teve arepas com queijo. Arepa é como uma tortinha feita a base de farinha de milho. Gostosinho.
O evento terminou às cinco e ainda tive tempo ir passear um pouco. Comecei pela Praça Bolívar, que tem este nome em homenagem a Simon Bolívar, o libertador da Colômbia. Bom, na real ele libertou metade da América Espanhola, e é um ícone também na Bolívia, Peru, Equador, Venezuela e Panamá, que era parte da Colombia e depois se se tornou independente. É a praça principal aqui, a Plaza Mayor, como dizem nos países que falam castelhano, e ao redor dela fica a Catedral, a Prefeitura, o Palácio da Justiça e o Congresso Nacional. Sentiram falta do Comércio na praça? Existiam galerias comerciais, mas no início do século passado pegaram fogo e depois disto não retornaram. Mas ele, o Comércio, está bem próximo, em todas as ruas adjacentes.
No fim da tarde os pombos, centenas deles, resolveram ir dormir e as luzes dos enfeites de Natal da praça se acenderam. Não sei se teve relação um evento com outro ou foi apenas a coincidência de horário. O fato é que gostei da troca. Não sou muito fã de luzes de Natal, mas sou menos fã ainda dos pombos nas praças centrais atraídos pelas comidas oferecidas por transeuntes e compradas de ambulantes. Sou chato, né? Eu sei, minha mulher sempre me fala isto... A praça estava cheia, famílias com crianças, vendedores de tudo, fotógrafos, que agora trocaram o método lambe-lambe por máquinas digitais e impressoras portáteis. Assim avança o mundo, mudando, mas tudo permanecendo igual. Show de bola. 
Praça Bolivar e sua decoração natalina
Depois desta festa natalina fui tentar achar o mercado de pulgas, mas não rolou. Caminhei uns 2 km, pela carreira 7, da calle 10 até a 30. Como não achei o tal mercado, dei uma volta e regressei pela carreira 13. Aí achei um bar legal, na verdade um Clube de Bilhar, com mais de 20 mesas, das boas, e ainda algumas mesas para jogar xadrez. Visual totalmente retrô, alguns dos jogadores com cabelo engomado e bigode ralo, a musica vindo de uma máquina alimentada por fichas, balcão de madeira. Muito legal. Fiquei só uns vinte minutos, tomei uma Club Colômbia, uma das cervejas daqui, curti o visual e o som e fui continuar meu passeio.
Amanhã, passo o dia aqui e de noite volto pra casa. Ainda vai dar tempo de ver alguma coisa, mas não tenho nada programado. Veremos.

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