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quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Seul, 28 de setembro de 2011

Visual da janela do meu quarto, arredores de Seul

Sempre fui um cara de visão, à frente do meu tempo. E para provar isto, estou agora doze horas na frente dos meus conterrâneos. Em Seul, ou mais exatamente em um hotel campestre, pretenso a Resort, nos arredores de Seul. Só não vale perguntar exatamente onde, porque meu Coreano ainda não está muito bom. Me confundo com a sopa de letrinhas deles.
Quando minha família esta acordando eu já vivi todo o dia que eles ainda vão viver! Um homem do futuro! Eu sei que isto do fuso-horário é só uma convenção, mas que é legal brincar de túnel do tempo, isto é. Daniel, meu filho de oito anos, me entende. Quando expliquei para ele aonde vinha e as doze horas de fuso, ele me respondeu com cara de quem está lendo um livro de Júlio Verne: “pai, então você vai viajar numa máquina do tempo!”
Cheguei ao hotel hoje à tarde, depois de um total de quatro horas de carro, vinte e quatro de avião e treze de aeroporto. Recheado com doze do tal fuso-horário. Moral, saí de casa meio dia de segunda, cheguei aqui no hotel as cinco da tarde de quarta-feira. Ainda não pude ver nada, penas um pouco da paisagem, bonita, montanhas altas cobertas de um verde intenso. Nos próximos dias vou dando mais detalhes, ainda que já tenha sacado qual vai ser o drama por aqui. Vim para o Congresso Mundial de Agricultura Orgânica, que é organizado por IFOAM a cada três anos. Estou neste hotel fora de Seul e sei que o congresso é a mais de uma hora de ônibus daqui. E o ônibus sai às sete da manhã e volta às oito da noite! Ou seja, vai ser uma ginástica conhecer alguma coisa da cidade e do país. Veremos.
Cama coreana - um edredom no chão
Antes de eu ir dormir, deixa eu contar é que para vocês não precisarem pagar o mesmo mico quando vierem para este lado de cá. Cheguei, fiz o check-in e, antes de entrar no quarto, encontrei uma Peruana amiga minha reclamando que no quarto dela não tinha cama. Fui para o meu, já meio injuriado porque o hotel é meio caído e encontro meu companheiro de quarto reclamando que estava desarrumado, inclusive sem cama. Desci muito macho, que eu sou, para tomar as devidas providencias. Perguntei à moça se ela tinha certeza quanto ao quarto, porque nem estava arrumado, não tinha nem cama. Ela, sorrindo um pouco mais da medida, mas ainda educadamente, me explicou que é cama coreana, que é só abrir o armário e pegar a cama (na real uma espécie de edredom). Aí eu falei: “ahhmmm, yes, I’m sorry, thanks!”. É isto aí, vou dormir numa “cama coreana” oito noites. Adoro conhecer novas culturas...
Era só isto, breves notícias da viagem que ainda nem começou a acontecer. Consegui ficar acordado até agora, quase nove, para tentar me acostumar mais rápido com o fuso. Estou morto, duas noites de avião é meio passado do ponto. 

Um comentário:

  1. "Adoro conhecer novas culturas" ok, mas dormir 8 noites em uma caminha de montar não me parece um ótimo programa. hahaha
    To louca pra saber das comidas.

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